Christopher Uckermann
Aquela noite tinha sido a mais caótica de todas. Nos arriscamos e acabamos em sites de fofoca. Sinceramente, eu dizia para Dulce que era algo normal, mas estava exausto de toda aquela situação.
Acordei na manhã seguinte com os cabelos de Dulce batendo em meu rosto, e sinceramente eu adorava aquilo. A apertei mais em meus braços e a ouvi grunhir, arrancando um sorriso do meu rosto, o que aquela mulher fazia comigo não estava escrito.
— Bom dia, Chris. — ela disse dando um beijo em meu peito desnudo.
— Bom dia, Dul. Como está? — ela suspirou fundo e se acomodou para olhar para mim.
— Acho que bem, toda ação tem uma reação e agora a gente tem que lidar com isso, além de... — Dulce é interrompida pelo toque de seu celular, que insiste em não parar, mas ela desliga sem dar muita importância.
— Não vai atender?
— Não quero falar com essa mulher, não hoje, não agora.
— Posso saber quem é?
—É a Blanca, minha mãe. Não temos um bom relacionamento, aliás, não temos relacionamento nenhum graças a ela.
— Dul, ela deve estar querendo saber como você tá com essas notícias todas.
— Blanca? Se importando comigo? Acho que não. Ela não se importou nem quando eu p... — as palavras morreram dentro de sua boca, e seu olhar ficou significativamente triste. — Deixa quieto, fato é que ela não está nem aí, provavelmente quer dinheiro de novo.
— Já tentou resolver as coisas com ela?
— Não e nem quero, de gente igual à ela eu quero distância.
— Tudo bem, são suas escolhas... Falando em mãe, vou buscar a minha hoje no aeroporto, quer ir comigo? — Não acredito que havia a convidado para ir junto, meu Deus e agora?
— Não, valeu. Esse é um momento de vocês dois, imagina explicar pra sua mãe o relacionamento estranho que temos.
— Mas por que estranho? Anahi disse isso ontem e agora você...Não é estranho, só é assim. — ela gargalhou quando meu tom de voz diminuiu no fim da frase, me deixando levemente sem graça.
— Porque nosso relacionamento é casual, não temos exclusividade um com o outro mas você tem ciúmes de mim.
— Ei, a culpa não é minha que você foi pra uma boate com um vestido minúsculo e sem calcinha.
— Você não sabia que eu estava sem calcinha.
— Ok, não importa, aquele cara não prestava pra passar uma noite com você. — Eu disse em um tom mais alto do que deveria e Dulce permaneceu com a mesma expressão serena.
— Ah sim, e algum outro que não seja você é bom o suficiente para mim?
— Não será tão bom quanto eu, né gata.
— Entendi....
— Esse não é o ponto, Dulce.
— É sim, você se comportou como se fossemos exclusivos um do outro. Se quer exclusividade, você terá, mas eu já te disse o quanto prezo pela sinceridade, você precisa me dizer. — suspirei fundo e olhei para ela, sim, era isso que eu queria, mas não queria dar a esperança de um relacionamento futuro, eu não quero e nem vou me envolver com ninguém.
— Tudo bem, quero exclusividade, não tenho interesse em ficar com mais ninguém.
— Ok, então.
— Mas, Dul, eu... — ela me interrompeu revirando os olhos.
— Uckermann, você é um babaca quando quer, sabia? Não, eu não vou criar esperança de um relacionamento, relaxe, eu nem quero isso.
— Tudo bem. — e aquilo não me aliviou da forma em que pensei.
Dulce se levantou e foi para o banheiro, me deixando sozinho com meus pensamentos. Eu me sentia confuso, talvez realmente precisava de um tempo com minha mãe para entender as coisas, afinal, ela era a melhor pessoa do mundo quando o assunto era conselhos. Assim que ela saiu, fui fazer minhas higiene matinal e me arrumei rapidamente para sair, Dulce também estava se aprontando para um evento, aquela mulher era impecável. A puxei pela cintura e dei um beijo calmo em seus lábios, ela sorriu e me deu mais um selinho, e logo eu saí em direção ao aeroporto.
Fiz questão de ir buscar dona Alexandra hoje, além de sentir saudade dela, seus conselhos seriam valiosos nesse momento. Minha mãe era muito sábia quando se tratava de relacionamentos, e eu realmente precisava dela.
— Oi, mamãe, como está? — eu disse assim que ela se aproximou, dando um abraço apertado em dona Alexandra.
— Meu filho, que saudade de você. Está bonito, encontrou o amor?
— Mamãe, pelo amor de Deus, não viaja.
— Estou bem antenada nas notícias, meu bem. Me conte mais sobre essa Dulce! — entramos no carro e eu suspirei longamente, realmente era difícil definir o que tínhamos, Dulce estava certa.
— Ela é...uma modelo da agência. Nós estamos tendo algo casual.
— Mas...?
— A imprensa está em cima de nós o tempo todo, estou esgotado, confuso, não sei o que fazer!
— Christopher, se acalma. Você já pensou que pode nutrir sentimentos por ela? Vi fotos de vocês dois e pareciam um casal apaixonado.
— Mãe, não tenho sentimentos por ela, e nem ela por mim, foi só uma foto.
— Uma foto? Christopher, foram várias e vocês pareciam estar em um mundo a parte.
— Isso já aconteceu várias vezes... — Eu disse sendo vencido. — Mas eu não posso ter sentimentos por ela, não quero um relacionamento e Dulce também não, ela corre de relações assim como eu.
— Talvez vocês estejam conectados e negam isso um ao outro, precisam estar com um semelhante para verem o que estão perdendo.
— Acho que desta vez, a senhora está errada, mamãe.
— Ok, logo você vai descobrir que não estou, principalmente quando perder ela. — Aquele pensamento me trouxe um aperto no peito fora do comum, não queria perdê-la de forma alguma.
Resolvi mudar de assunto enquanto não chegávamos no hotel em que ela ficaria, aquela conversa estava me deixando desconfortável e a última coisa que eu precisava era ter sentimentos por alguém.
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Out Of Style
Fanfic+18 | Finalizada | Dulce Maria é uma jovem modelo fotográfica, que transferida para a Casillas Agency. Linda e determinada, Dulce sempre foi fechada em relação à seus sentimentos, mas isso durou apenas até se encontrar com Christopher Uckermann, don...