2.4 - Arrependido? Talvez ainda não ✈

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Olá pessoal,

Olha quem voltou mais cedo do que previsto. Eu mesma, nosso casal e suas confusões.

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Boa leitura 💜

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Jimin

Eu havia acabado de acordar, ainda não havia aberto os olhos direito, tentando me acostumar com a claridade da cortina entreaberta, olhei a janela e notei o sol que ainda se fazia tímido lá fora, me espreguiçei por fim para tentar afastar a preguiça de mim, levei minhas mãos aos meus olhos, retirando qualquer resquício da sujeira que a noite trouxe e, então, olhei para o lado.

E o observei.

Deitado de bruços com o braço tatuado depositado sobre o travesseiro, os fios do seu cabelo grande caídos sobre o rosto ainda adormecido, a boca entreaberta, as costas nuas, adornadas com suas pintas e o seu tigre pintado na pele para fora do lençol que devia estar nos cobrindo.

Suspirei.

Jungkook era lindo, de fato era, não posso negar, mas não era ele.

Então, minha cabeça, lotada de lembranças um pouco atordoadas, começou a me pregar uma peça, a maldita peça que quase sempre me fazia perder a sanidade, quando esta me trazia as imagens que deviam já estar esquecidas, ou pelo menos guardadas numa caixa imaginária, enterrada dentro de mim, as malditas imagens de nós dois rolando nesses exatos lençóis, imagens que ecoavam os gemidos sufocados em ambas as peles, que me mostravam os olhos revirados dele, que gritavam as palavras chulas que ele me dizia e que me arrepiavam por inteiro, as imagens que exavalam o cheiro do suor misturado ao sexo que fazíamos nesses mesmos lençóis.

E quando tudo acabava, apenas uma imagem restava no fim, a maldita imagem de Yoongi sorrindo satisfeito e caindo de braços abertos nessa maldita cama, me aconchegando entre seus braços, beijando o topo suado da minha cabeça, fazendo com que ficássemos presos na nossa bolha que jurávamos ser impenetrável.

E com ela, com essa imagem tão fresca quanto o ar que entrava pela janela em minha cabeça, as impiedosas lembranças voltavam com força, igual uma avalanche e me entorpeciam, a cada dia mais, só que estas também começaram a me fazer cair numa realidade que, talvez, tentei negar para mim mesmo ao longo desses anos, eu passei a ter a cruel sapiência de que Yoongi, de fato, nunca saiu de mim, entendi que ele nunca deixou de dominar cada pequena célula dentro de mim, conclui que ele, mesmo longe, ainda conseguia causar efeitos que, no fundo, eu não sabia se podia desejar voltar a sentir, mas que estavam voltando a se fazer cada vez mais presentes, a cada encontro quando ele vinha buscar as crianças, a cada momento que nossos olhos se encontravam, a cada mísero sorriso que ele emanava.

Mas, a minha realidade, agora, era outra e eu tinha que me conformar com isso.

Afinal, eu a havia escolhido, então passei a mão pelo rosto novamente, olhando breve para aquele que estava ao meu lado, tentando conter o efeito que minha cabeça e lembranças causaram por todo meu corpo. Sentia ele quente, meu coração batia em ebulição e descompassado, minha respiração estava pesada e sufocada.

E esse ainda era o efeito de Yoongi em mim.

Então, sem demoras, levantei com cuidado e me atentei que ainda me encontrava nu, me trazendo a verdade dos resquícios da noite passada, a realidade continuava batendo em mim, sem piedade, me fazendo ver que, na verdade, eu havia rolado com Jungkook nesses lençóis.

Acima das nuvens - YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora