*Capítulo 8*

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* Só pra avisar que eu mudei a personagem da Júlia

Júlia

Júlia: Você sabe onde ele está? - Perguntei mas não tive resposta. - Hein moço?

RK: Hm? - Tirou a atenção do dinheiro e olhou pela primeira vez pra mim. - O que tu falou?

Júlia: Cadê meu pai?

RK: Sei não. - Deu de ombros e voltou a contar o dinheiro. - Pergunta os cara lá fora.

Odiava ficar conversando com aqueles homens que ficavam naquele beco. Preferia nem perguntar nada pra eles. Não é por medo nem nada assim, só não gosto mesmo.

Fui pra mesa que ficava no outro canto da sala e me sentei lá começando a jogar meu joguinho no celular, e ignorando a existência daquele homem ali. Ia esperar só o meu pai aparecer e pedir o dinheiro pra ele, mas depois ia embora.

Tava concentradissíma no meu jogo mas ele me chamou e eu tirei minha atenção do celular. Bufei vendo que o carinha me matou no.jogo.

Júlia: Quié?

RK: Mas tu vai ficar aqui mermo?

Júlia: Vou sim, algum problema?

RK: Claro pô, eu tô tentando contar o dinheiro e esse barulho do teu jogo tá me desconcentrando aqui.

Júlia: Foda. - Comecei outra partida e escutei ele respirando fundo.

RK: Eu passo o papo pro MT que tu quer trocar uma idéia com ele. Tem como sair agora, parceira? - Tirei a atenção do meu jogo e olhei pra ele.

Júlia: Me dá um dinheiro aí. - Pedi na cara mesmo.

RK: Que?

Júlia: Eu vim aqui pedir dinheiro pro meu pai. - Dei de ombros e me levantei indo na direção dele. - Você tá cheio de dinheiro aí, me dá vinte reais?

RK: Tu é toda folgada, né?! - Olhou bem pra minha cara e eu ri fraco. - Vou te dar nada não.

Júlia: Então eu vou me sentar e jogar meu joguinho até meu pai chegar. - Voltei pra mesa e liguei meu celular.

Fiz questão de aumentar o som do meu jogo só pra irritar aquele cara. Nem eu queria ficar aqui com ele, mas eu tô morrendo de fome e não tenho um real no bolso.

RK: Precisa de quanto, garota? - Olhei pra ele de novo e sorri.

Júlia: Duzentos. - Ele levantou a sobrancelha pra mim. - Mentira, me dá dez reais aí.

RK: Porra, tu ia ficar aqui mermo só por dez reais? - Tirou uma nota e colocou em cima da mesa dele. Me levantei e fui lá pegar.

Júlia; Sim, mas se você quiser pode me dar os duzentos. - Ele negou com a cabeça. - Poxa.

Peguei os 10 reais e coloquei no bolso. Me virei e fui até a porta, tentei abrir mas não consegui.

Júlia: Não tô conseguindo abrir. - Coloquei mais força mas ela ainda não abria.

RK: Foda. - Falou cínico pra mim e eu bufei. - Tu é toda fraquinha hein.

Júlia: Você pode tentar abrir, por favor? - Ele respirou fundo e se levantou.

O Henrique colocou força na porta e tentou puxar ela pra ela abrir, mas também não conseguiu.

Júlia: Tu é todo fraquinho hein. - Debochei do que ele tinha falado e ele me olhou todo cínico.

RK: E pelo visto você vai continuar com fome por que a porta emperrou. - Ele passou o olhar por todo o meu rosto e parou na minha boca. Logo em seguida ele riu.

Não entendi legal ele não, mas tava amando ver ele tentando me provocar. Felizmente ele não conseguiu, ninguém consegue.

RK: Tu tá parecendo uma palhaça, tá ligada né? - Encarei ele confusa mas logo desviei minha atenção.

No mesmo instante ouvimos um barulho e em seguida a porta foi aberta com tudo. Meu pai e o Victor apareceram ali. Os dois olharam pra mim e depois pro Henrique que tava com uma expressão neutra.

VH: Qual foi? - Cruzou os braços e encarou o RK.

RK: Qual foi o que?

MT: Cês tavam se pegando na minha sala mermo? - Arregalei os olhos e neguei com a cabeça.

Júlia: Claro que não, tá maluco?

VH: Esse teu batom todo borrado na tua cara tá dizendo ao contrário, parceira.

Peguei meu celular e abri na câmera vendo que a minha boca tava toda manchada de batom ao redor. Filho da puta do Felipe nem pra me avisar.

Júlia: É que eu passei a mão, aí borrou e eu nem vi. - Menti mas ninguém botou fé na minha desculpa.

MT: Era pra acreditar?

Júlia: Mas é verdade. - Desviei o olhar.

MT: Qual o papo RK? - Encarou o Henrique.

RK: Nem conheço essa menina aí. - Falou sem dar importância e eu me senti super ofendida. - E se eu tivesse pegando ela, não era pra minha boca estar cheia de batom também? Cês viaja.

Júlia: Eu queria dinheiro pra ir almoçar mas ninguém me atendia. Então eu vim aqui pra procurar você... - Apontei pro meu pai. - Só que você não tava, então eu só esperei. Mas eu já tava indo embora.

VH: Hum. - Me olhou desconfiado.

Júlia: Hum nada. - Bati de leve na cabeça dele. - Bom, já consegui meu dinheiro. Então licença que eu vou ir comer.

Passei pelos três e deixei eles falando sozinhos entre si.

Fui em direção a lanchonete da tiazinha pra comer aquela coxinha que eu tanto queria.

...

Por Nós [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora