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RK
Tive que esperar dois meses pra chegar a hora de matar essa mulher. Fiquei ansioso pra um caralho por isso. Ajudei o MT e o VH num plano pra não dar nada errado hoje.
O MT arrumou uma reunião com uns aliados dele, e isso incluí o Barão. Essas reuniões acontecem fora dos morros, então todos que vão estar presentes, levam proteção máxima. A chance de rolar trocação entre eles, ou até a polícia descobrir sobre a reunião é grande. Todo mundo já vai preparado pro pior.
Já era esperado que o Barão levasse a maioria dos soldado dele, então facilitou um pouco pra eu entrar na favela. Não deu pra trazer ninguém comigo, seria arriscado. Ele levou a maioria dos cara, mas os que ficaram aqui tão fazendo a proteção da entrada do morro e dentro. Eles iam ver a movimentação diferente e iam acionar o Barão rapidinho. Não ia rolar.
Se alguma coisa acontecer, eu vou ter que dar o meu jeito. O plano é só entrar aqui dentro, pegar a Letícia e levar pro Vidigal.
O MT acionou a reunião de última hora, isso era pra ter certeza que o Barão não ia se preparar antes. Ele ia ficar sem tempo, e não ia ter risco de levar a Letícia pra algum outro canto porque ele não ia ter tempo pra isso.
Cheguei aqui há umas horas e até agora, só tava seguindo a Letícia. Eu tinha que ter cuidado e esperar a hora certa, que no caso é agora.
Ela tentou gritar de novo, mas eu destravei a arma e apontei direto pra testa dela. Ela ficou quieta rapidinho.
RK: Tu tá achando que eu tô brincando, né?!
Letícia; Me solta. - Falou baixo e com uma voz de choro.
RK: Tu vai vir comigo, e se me estressar demais eu acabo contigo aqui mermo.
Letícia: Vai matar sua mãe, Henrique? - Quase ri quando ela falou isso.
RK: A minha mãe tá de boa na casa dela, vou só matar uma puta qualquer. - Dei de ombros e ela me olhou com um pouco de choque e raiva.
Letícia: Não sei o que disseram pra você, mas você precisa me escutar. Eu não sou essa pessoa horrível que eles te falaram.
RK: Tu é pior.
Letícia: Por favor, por favor me escuta. Você é meu filho, você precisa acreditar em mim...- Ela não conseguiu acabar de falar quando eu dei uma coronhada na cabeça dela. Ela caiu no chão e eu escutei ela começar a chorar.
RK: Tu nunca me considerou seu filho, porque agora tu tá me chamando assim? - Ri sem graça. - Tu é uma piada, Letícia.
Letícia: Eu tentei buscar você, eu queria você comigo! - A coronhada fez um corte na testa dela e agora ela tava sangrando. Abaixei pra puxar ela pelo cabelo e fazer ela levantar, mas na mesma hora ela acertou alguma coisa na minha perna.
Não prestei atenção nas mãos dela por um segundo, e quando percebi, ela puxou um canivete pra fora da bolsa. Ela fez tudo rápido demais e quando eu notei, ela já tinha enfiado o canivete na minha perna.
Caí na hora e grunhi de dor, olhei pra baixo vendo a minha perna. Ela tinha acertado o canivete no meio da minha coxa e metade dele tinha entrado dentro.
RK: Filha da puta! - Falei um pouco mais alto. Pensei rápido e quase tirei, mas mudei de ideia quando comecei a ver o sangue escorrendo. Eu tava ligado que se eu tirasse o canivete, ia sangrar mais ainda.
A vagabunda aproveitou que eu tinha caído e levantou rápido pra começar a correr pra fora do beco.
Peguei a arma e dei dois tiros na direção dela. O primeiro não acertou, tava foda conseguir atirar direito com esse canivete enfiado na coxa, eu não conseguia concentrar. Mas tive sorte no segundo, ele derrubou ela mas não vi direito aonde pegou.
Consegui levantar, a dor era forte mas nem tanto por causa da adrenalina. Ela não conseguiu ir tão longe, consegui ir andando mancando até ela.
O tiro tinha pegado na perna dela, ela tava chorando pra caralho e gritando por socorro. Nessa altura, eu já nem me importava se ia morrer também, eu só queria acabar com essa mulher de uma vez.
Eu tenho certeza que já ouviram esses gritos dela, é questão de tempo até alguém aparecer aqui e ver que ela tá morta e me matar também.
Quando cheguei perto, ela me olhou ainda chorando. Ela tava com uma arma na mão que eu nem sabia como apareceu ali, mas a bolsa dela tava aberta. Eu não duvido que ela tava ali dentro.
Letícia: Você não vai me matar. - Apontou a arma pra mim tremendo.
RK: Vou sim. Já era pra tu ter morrido a muito tempo.
Ela começou a gritar de novo, eu apontei a arma direto pra cabeça dela, se eu ia morrer, ela ia vir junto.
Num movimento de desespero ela disparou várias vezes com a arma dela não me dando tempo nem de pensar. Ela tava tremendo pra caralho, a maioria dos tiros pegaram na parede atrás de mim. Mas eu senti três disparos me acertando. Não raciocinei rápido pra saber aonde os tiros pegaram, na mesma hora eu atirei na cabeça dela tantas vezes que perdi as contas.
Só parei de atirar no corpo da mulher já morta, quando as balas acabaram. Fiquei sem me mexer por uns minutos, mas conforme a adrenalina passava, eu comecei a sentir a dor forte pra caralho e caí no chão quase do lado do corpo dela.
Eu tava ligado que a qualquer hora um dos caras do Barão ia chegar naquele beco. Eles ouviram os tiros, e alguém com certeza ouviu ela gritando. E isso só ia acabar comigo morto.
Se eu não morresse na mão de um dos caras, eu ia morrer ali de qualquer jeito. Olhei pra baixo vendo os três tiros que pegaram em mim. Um no abdômen, um que eu sentia no ombro.
Demorei pra raciocinar aonde tava o outro, mas quando comecei a ter dificuldade pra puxar o ar por causa de uma dor, percebi que o terceiro tiro tinha pegado no peito.
A minha perna latejava de dor por causa do canivete que ainda tava enfiado ali. Eu também já sabia que metade do sangue que tava no chão era da Letícia mas a outra metade era meu.
Chegou uma hora que eu quase não conseguia mais respirar, a dor tava demais pra conseguir puxar o ar. Minha visão foi ficando turva até escurecer.
...
Aumentei a meta pq esse capítulo merece!
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Por Nós [M]
Fanfiction📍Vidigal, Rio de Janeiro "Ela tem um jeito que me faz pensar que, O mundo ainda tem valor E que o amor faz sentido..."