*Capítulo 49*

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Aviso muito importante!!

Gente, eu percebi que vcs esqueceram muitas coisas que aconteceram na primeira temporada (n julgo, eu demoro quase 10 anos pra postar cap, então é normal q vcs esqueçam) resolvi fazer um resumão aqui, pra vocês não ficarem boiando. Mas vou resumir só a parte da história que interessa agora.

Basicamente, a Letícia era uma ficante do Matheus, mas com a volta da Mirella, ele deixou ela. O Matheus tinha um inimigo foda que era o Sérgio. O Sérgio tinha ódio do MT pq foi ele quem matou a esposa e os filhos dele, então ele queria vingança. Letícia se aliou a esse cara, a vingança dos dois seria matar a Mirella quando ela ainda tava grávida do Matheus. Com isso, a Letícia ficaria com o Matheus e teria uma forma de prender ele, já que ela estava grávida do Henrique na época.

A Lorena também era "apaixonada" pelo Matheus. Mas um dia, os dois tiveram uma briga aonde a Lorena tentou se crescer pra cima dele. O Matheus mandou cobrarem ela e saiu deixando ela sozinha, nisso, ela acabou sendo estuprada. (Obs: vale lembrar q o Matheus não sabia do estupro e não aceitou e nem aceitaria isso) Depois disso, a Lorena foi manipulada pela Letícia pra se aliar a ela e com o Sérgio pra se "vingar do MT". Mas a Lorena começou a contrariar os dois quando viu que na verdade, o plano era matar a Mirella, que era inocente em tudo, e só quem sairia ganhando nisso tudo seria a Letícia. A Mirella foi sequestrada pelo Sérgio pra morrer, mas a Lorena interviu e contou aonde ela tava, oq deu tempo pro Matheus descobrir toda a verdade e salvar a Mirella.

Como o Matheus já sabia de toda a verdade sobre a Letícia e Lorena, ele matou o Sérgio e as próximas a morrerem seriam elas. Mas a Letícia fugiu, abandonando o Henrique e deixando todo o fardo pra Lorena carregar.

Basicamente é isso, espero que tenha dado pra entender. Mas se tiverem dúvidas, me falem aqui e eu respondo <3

Obs: Aline é o nome falso que a Letícia usa atualmente pra enganar o Barão.

Dois meses depois...

Letícia/Aline

Viver escondida é mais difícil do que parece, e mesmo tendo passado mais de vinte anos desde o que aconteceu, eu ainda tenho medo do que pode acontecer comigo.

Eu saí do Rio exatamente por isso, pra não morrer na mão do MT. E eu conheço, ou conhecia, aquele cara o suficiente pra saber que pode passar quantos anos for, ele ainda vai ter ódio de mim.

Conheci o Barão quando sai do Rio, logo de início, quando ele ainda era dono de uma favelinha em São Paulo. Me aproximei dele e deu no que deu, eu precisava fazer qualquer coisa pra me proteger e ele me oferecia segurança.

Na verdade as coisas com o Barão sempre foram fáceis, não é difícil passar esse cara pra trás. Quando eu vi que ele tava se afastando e se desinteressando por mim, eu engravidei e pronto. Tudo resolvido e ficamos bem de novo.

Com a gravidez, as coisas melhoraram mais ainda pra mim. O Barão não me colocava no meio das coisas dele, me deixou bem longe pra que não acontecesse nada comigo e com a criança. Tá assim até hoje, tenho proteção 24 horas por dia, posso até falar que eu consigo viver sem medo.

Mas tudo ficou diferente no dia que eu encontrei ele pela primeira vez. Eu não sabia que o Henrique ainda tava vivo, sendo sincera. Na época, o MT tava com tanto ódio, que eu não duvidava que ele matasse o Henrique junto com a Lorena.

Foi por isso que eu fugi, eu não queria morrer e ter a Lorena e o Henrique comigo só ia me atrasar.

Eu fiquei com medo, a viagem inteira de São Paulo até aqui, eu tive medo de morrer pela primeira vez em anos. Eu tava sozinha, sem proteção e não sabia se o Henrique tinha ideia de quem eu era. Mas isso passou, e eu tenho certeza que ele não sabe de nada.

Estar no Rio ainda é um risco pra mim, mas desde que eu tenha a proteção do Barão e não me exponha tanto, vai ficar tudo bem.

Luan: Mãe?

Aline: O que?

Luan: Você vai sair agora? - Ele aproveitou a deixa e entrou no meu quarto carregando uma pilha de brinquedos.

Luan sabia que eu não gostava que entrassem no meu quarto, por isso ele tinha o dele. Mas fazia isso de qualquer jeito.

Aline: Vou.

Luan: Posso ir com você? - Neguei com a cabeça e ele fez uma carinha triste mesmo sabendo que aquilo não funcionava comigo.

Aline: Você já saiu comigo a semana inteira. Hoje teu pai vai arrumar uma dona pra te olhar enquanto eu tô fora.

Ele só balançou a cabeça e ficou brincando em cima da minha cama enquanto eu terminava de me arrumar. Eu não gosto de sair, como eu disse, eu ainda tenho medo. Mas não posso ficar só dentro de casa se não, o Barão vai desconfiar que eu tenho motivo pra ter medo.

E por falar em Barão, ele chegou em casa uns minutos depois e veio pro meu quarto. Ele não disse nada pro Luan, e acho que o Luan também não queria falar nada. Os dois só falam o necessário e quando precisa. Luan sabe que o pai dele não é um homem carinhoso e que vai dar atenção pra ele toda hora, então já acostumou.

Barão: Vai sair pra onde?

Aline: Salão. Manda alguém vir olhar o Luan.

Barão: Moleque já consegue ficar sozinho. - Ele chegou mais perto e eu me afastei um pouco sem ele perceber. - Cuidado hoje.

Aline: Por que?

Barão: Tenho uma reunião. Vou ficar longe do morro por um tempo, mas volto ainda hoje.

Aline: Idai?

Barão: Vou ter que levar os cara comigo, pô. Só tô te falando pra tu não ficar andando por fora da favela, não vai ter ninguém na tua cola hoje então só fica esperta.

Balancei a cabeça. Eu ainda tô no território dele, não tem muita coisa que podem fazer comigo aqui.

Barão: Toma. - Ele colocou um revólver e um canivete na minha mão e arregalei meus olhos ao mesmo tempo. - Se não conseguir usar um, usa o outro.

Aline: Pra que isso?

Barão: Tu é toda neurótica com segurança. Usa se acontecer alguma coisa.

Ele não disse muitas coisas antes de sair, só me deixou lá com as duas coisas na minha mão e eu sem saber o que fazer. Coloquei as duas "armas" na minha bolsa e sai do quarto. Quando ia sair de casa, senti alguma coisa batendo e agarrando minha perna.

Luan: Deixa eu ir com você, só hoje mãe.

Aline: Luan, eu já disse que não. Eu não vou demorar.

Luan: Por favor.

Aline: Me solta. - Tirei ele da minha perna e mandei ele ir pro quarto dele. Eu não queria lidar com ele agora.

Sai pro salão e fiquei lá por não sei quanto tempo. Arrumei meu cabelo, fiz a sobrancelha e só sai de lá quando já tava de noite.

O Barão não deve ter chegado ainda no morro porque eu não recebi nenhuma mensagem dele ainda. Fui andando depressa pra casa.

Quando senti alguém puxar o meu cabelo e me arrastar pra uma viela vazia, tentei gritar mas a pessoa tapou a minha boca com força e eu senti uma arma na minha nuca.

A pessoa colocou a mão na minha garganta e apertou com tanta força que eu tava começando a ficar sem ar. Quando ela afrouxou o aperto um pouco, consegui respirar e abri a boca de novo pra tentar gritar, mas congelei quando ouvi a voz dele.

RK: Se tu gritar, Letícia, tu vai morrer agora.

...

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Por Nós [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora