*Capítulo 66*

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Passando pra avisar, que já tenho vários capítulos prontos, passei esse tempo adiantando a história e já estou terminando o final. Então, batam a nossa meta pros caps serem postados rapidinho<3

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Júlia

Pela primeira vez depois de muito tempo eu consegui me sentir aliviada e tranquila, sem pensar em nada e nem ninguém, só em mim e no futuro que eu ia construir com o homem que tava do meu lado.

Júlia: Acho que eu gosto da Bahia. - Falei passando a mão no peitoral dele. - O que cê acha?

RK: Lá é daorinha, mas quero um lugar mais longe daqui.

Júlia: Miami.

RK: Aí já não tá no meu orçamento, parceira.

Júlia: Pobre. - Ele riu. - Onde será que tua mãe vai querer ir? - Ele deu de ombros.

RK: Eu quero levar ela, mas nem sei se ela vai querer ir mermo. Ela disse que ia pensar e me falava depois.

Júlia: Você vai querer trabalhar no que depois que sair do crime?

RK: O que tiver eu tô fazendo. E tu?

Júlia: Quero fazer direito.

RK: Bom que se eu for preso tu pode ser minha advogada e eu não preciso pagar.

Júlia: O que te faz pensar que eu não vou cobrar só porque é você?

RK: Porque sou teu marido e essa é sua obrigação.

Júlia: Tu nem me pediu em namoro direito e já tá falando que é meu marido, ala.

RK: Não preciso pedir, é um bagulho lógico, tá ligada?

Júlia: Não tô ligada não.

RK: Tu acha que teu irmão vai encher muito o saco por causa disso?

Júlia: Provavelmente sim, mas acho que ele perdeu o direito de querer mandar em alguma coisa que não seja da vida dele.

Perdi a conta de quanto tempo eu e o Henrique ficamos falando e planejando tudo o que a gente iria fazer dali em diante. Não entramos em acordo sobre nada, mas eu gostava de conversar sobre isso e planejar a minha vida, ainda mais com ele. Parece que tudo que a gente quer, se encaixa. O Henrique quer liberdade e uma vida tranquila e é tudo que eu mais quero também.

Quando o Henrique se levantou e foi pro banheiro pra tomar banho, continuei na cama deitada e pensando em tudo. Sinceramente, eu não tô ligando muito pro Victor. Ele é meu irmão e eu amo ele, mas ele se demonstrou ser uma pessoa que eu não posso confiar nos momentos difíceis, a única pessoa que eu tô me preocupando é a minha mãe.

Minha mãe sempre foi uma das mulheres mais compreensivas que eu já conheci, eu sei que ela não vai me proibir de ir, pelo ao contrário, provavelmente ela vai ficar feliz por ver que eu tô tentando e vou conseguir seguir minha vida. Mas mesmo assim, ela vai ficar sozinha. Victor agora como dono do morro parece ser uma pessoa completamente diferente do irmão que eu convivi. Ele é ausente, frio... Eu não sei como minha mãe vai lidar com isso de "estar sozinha". Claro que ela ainda vai ter as minhas tias com ela pra tudo. Mas e a família dela? Toda a família que ela construiu vai se desunir, e eu tenho medo da reação dela ao longo do tempo que ela pensar desse jeito...

Respirei fundo e continuei pensando em como a minha vida ia ser daqui pra frente. Henrique saiu do banheiro só com a toalha enrolada na cintura, gostoso como sempre.

Enquanto ele começou a vestir a roupa, senti uma vibração vindo de baixo do travesseiro e peguei o celular dele. A mãe dele tava ligando.

Júlia: Sua mãe tá te ligando.

RK: Atende e coloca no viva-voz aí pra mim, por favor. - Me levantei da cama e fiz o que ele pediu.

A Lorena não falou nada, só tava dando pra escutar alguns burburinhos e comecei achar estranho.

RK: Fala mãe.

Assim que ele falou, quem respondeu não foi a mãe dele. Foi um homem, o mesmo homem que tava causando pesadelos em mim todos os dias, o homem que mais me causou medo em toda a minha vida. O homem que matou o meu pai.

Barão: Bom dia, RK. - O Henrique me olhou espantado na hora e praticamente arrancou o celular da minha mão.

Eu congelei. Eu não consegui falar, eu não consegui fazer nada. Eu simplesmente paralisei, igual ao dia da morte do meu pai.

RK: O que tu fez com ela, porra? Cadê a minha mãe?! - Gritou no celular.

Barão: A tua mãe tá morta, lembra? Tu mermo que matou ela, já esqueceu?

RK: Eu vou acabar com a tua vida.

Barão: Não, RK. Eu vou acabar com a tua. - Ele falou mais próximo do celular e a voz dele tava me dando arrepios. - Tu matou minha esposa, eu vou te procurar até o inferno. Já tirei o MT do meu caminho pra acabar com a tua vida, e enquanto tu não se render pra morrer na minha mão, eu vou matar todo mundo ao teu redor. Tu matou a sua mãe, a mãe do meu filho. Não é justo meu filho ficar sem uma mãe e tu ainda ter uma, essa mulher morreu e foi por tua culpa.

As minhas mãos começaram a tremer...ele matou ela?

Olhei pro rosto do Henrique e não o reconheci. Não reconheci quem era mais o homem na minha frente.

Barão: Ou tu se entrega, RK, ou eu vou matar todo o resto das pessoas que tu ama. E a próxima vai ser tua namorada que eu não consegui mandar pro inferno junto do pai dela.

Senti os meus olhos começarem a arder, meu peito apertou de novo. Meu mundo que mal começou a se reconstruir, foi quebrado de novo em questão de minutos.

RK: Eu vou te matar, Barão.

Barão: Vamo ver quem vai matar quem primeiro então. - A chamada foi desligada.

Eu continuei estática no mesmo lugar, o Henrique não passou o olhar por mim. Chegou uma mensagem pra ele e eu consegui ver que era uma localização em tempo real. Na mesma hora, ele bateu a porta do guarda-roupa, ele já tava vestido e foi pra um cantinho do quarto que tinha um cofre grande escondido. Ele pegou as armas que estavam ali dentro e saiu do cofre sem olhar pra nada.

Assim que consegui voltar a mim, corri até ele que já tava no portão pegando as chaves pra subir na moto e ir pra aquele lugar.

Júlia: Henrique. - Gritei. - Não vai, por favor, não vai. Ele pode tá fazendo isso pra você ir até lá e ele te matar.

RK: É a minha mãe, Júlia. - Gritou. - Ele matou ela, porra.

Júlia: E ele vai te matar se te encontrar.

RK: Eu mato ele antes. - Segurei o braço dele forte. - Júlia, eu não quero descontar essa merda em você, me solta agora.

Júlia: Por favor, me escuta. - Senti as lágrimas querendo sair e não me segurei. - Eu não quero perder você também.

RK: Ele matou a minha mãe. - Ele falou em um tom que nunca tinha falado comigo, um tom que me dava medo. Soltei o braço dele e me afastei.

Eu não consegui falar mais nada antes que ele subisse na moto e fosse pra aquele lugar. Eu não sabia o que fazer além de chorar, corri pra dentro daquela casa de novo e liguei pra única pessoa que poderia ajudar nessa situação.

Victor.

...

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Por Nós [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora