*Capítulo 61*

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VH

Percebi que tava fudido quando acordei na cama de um hospital, cheio de fio e acesso pelo meu corpo e quando olhei pra frente dei de cara com dois cana me olhando.

Xx: Avisa os médicos e o delegado que ele acordou. - O outro policial só balançou a cabeça e saiu do quarto.

Continuei calado olhando tudo ao redor e tentando recuperar a consciência direito, mas nem deu tempo de pensar porque o policial saiu da porta e veio até a minha direção.

Xx: Victor Hugo Santana, temos um mandato de prisão pra você por porte de arma de fogo, tráfico de drogas, associação criminosa, assalto a mão armada e suspeita de homicídio.

Ó como que os cara viaja, eu nunca nem matei ninguém e sou suspeito de homicídio.

Só mantive contato visual com esse cara que parecia tá com mais medo de mim a cada segundo que passava.

Xx: Tudo que você falar poderá ser usado contra você no julgamento, você poderá recorrer a algum advogado público, ou se você preferir contratar um próprio advogado fique a vontade. Mas teremos acesso a todas as transações de pagamentos feitos a ele para ter o conhecimento se o dinheiro usado nesses pagamentos foram obtidos de forma legal. Você será conduzido a um presídio de segurança máxima assim que receber alta do hospital.

Isso não me assustou. Eu não ia ser preso nem fudendo. Apenas respirei fundo e continuei calado na minha lembrando do que tinha acontecido antes de eu perder a consciência. Queria saber aonde tava a Amanda e se ela tava bem.

Se alguma coisa tiver acontecido com ela, eu nem sei o que vou fazer da minha vida mano.

Uma enfermeira veio até o quarto e o policial continuou ali num canto. Ela começou a medir minha pressão, medir a temperatura, ver meu olho, boca e tudo mais.

Xx: Você aparenta estar se recuperando bem. - Ela deu um sorriso de leve. - Se você precisar, pode me chamar, ok? Meu nome é Mayra, eu sou a enfermeira chefe dessa ala e vou ficar responsável por você durante as noites.

Continuei calado até que escutei passos de várias pessoas e depois vários cana entraram no quarto junto com um delegado.

Xx: Boa noite, Victor Hugo. - Passou o olhar numa prancheta que ele tinha. - Temos algumas perguntas pra você responder, só estamos aguardando o médico dizer que você já pode ser locomovido para irmos para um lugar mais reservado e possamos fazer nosso interrogatório.

Não abri a boca pra falar nada, depois de um tempo, apareceu um cara todo de branco e eu acho que era o médico. Ele disse que eu já podia ser locomovido pela cadeira de rodas mas eu ainda estaca estável e que não era pra me pressionar.

Até parece que algum desses caras vão obedecer essa regra de "não me pressionar".

Demorou pra caralho até virem com a cadeira de rodas, algumas enfermeiras me ajudaram a ficar nela, eu só sentia dor no meu corpo todo. Não eram dores fortes mas também não eram fracas.

O mesmo cana que eu tinha visto primeiro ia me levar pelo hospital até a área que eles fariam o interrogatório. Ele foi me levando e eu não pude deixar de olhar pra cada canto daquele hospital imaginando qual seria a melhor forma de fugir daqui.

Enquanto eu observava tudo, eu me sentia observado também. Mas não era pelos cana. Quando olhei pro lado e vi um vulto de uma mulher entrando no banheiro, eu já sabia quem era.

VH: Preciso ir no banheiro.

Xx: Pra que? - Revirei os olhos.

VH: Pra mijar porra, tu quer saber o que eu vou fazer até no banheiro?

Xx: Pra quem tava muito calado, até que agora tu tá falando demais.

VH: Posso ou não?

Xx: Vou chamar uma enfermeira pra te acompanhar.

VH: Não precisa, eu sei mijar sozinho. E é no banheiro pra cadeirante que eu vou.

Não disse mais, só saí empurrando a cadeira de rodas até o banheiro. Não tinha a mínima idéia de como andava nisso, mas dei meu jeito.

Assim que eu entrei no banheiro, epa se desesperou e ficou com o semblante assustado. Dei uma risada baixa e quando ela me olhou, seu semblante tranquilizou.

Amanda: O que você tá fazendo aqui?

VH: Você que tava me espionando. - Sorri de leve. - Como você tá? - Ela suspirou.

Amanda: Eu tô bem, e você?

VH: Vou ficar. - Ela chegou perto devagar e se abaixou me abraçando com cuidado.

Amanda: Tava com tanta falta sua.

VH: Eu também. - Passei a mão pelo rosto dela.

Amanda: Preciso te contar uma coisa e tem que ser rápido. - Ela suspirou e começou a falar tudo de uma vez. - O RK vai te tirar daqui, ele pediu pra eu ficar de olho na sua ala pra ver qual era o horário que menos tinha policiais pro plano ser mais fácil, eu olhei e tudo e ele já tem um horário pra vir mas eu não sei qual é direito. Ele só falou pra eu te avisar, pra você tentar ficar em alerta o máximo possível por que quando a hora chegar, ele vai vir. E pode ser a qualquer momento. Eu tô recebendo alta hoje, tô só esperando a minha mãe vir me buscar.

VH: Entendi, que bom que tu tá recebendo alta. - Balancei a cabeça.

Ela chegou mais perto de mim novamente e me deu um beijo curto.

Amanda: Vai dar tudo certo. Daqui a pouco a gente vai estar juntos. - Sorri.

VH: Eu sei.

Escutamos batidas na porta e um grito do cara que tava me acompanhando dizendo que se eu não saísse, ele ia arrombar a porta de algum jeito.

Maluco, euem.

Dei descarga no vaso pra despistar e mandei a Amanda ficar atrás da porta, assim ninguém ia ver ela quando eu ahrisse. Ela foi e eu abri a porta saindo com as mãos pro alto.

VH: Não pode nem mijar mais.

Xx: Tu tava demorando.

VH: Cada um tem suas necessidades, parceiro. - Dei de ombros. - Tô sentindo dor pra caralho, então tem como a gente ir logo?

Ele não respondeu, deu uma olhada no banheiro e depois voltou o olhar pra mim pegando a cadeira de rodas e me levando rápido.

...

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Por Nós [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora