*Capítulo 75*

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Pt. 1

Barão

Assim que o filho da puta do VH me jogou naquela van, alguns dos caras que estavam lá dentro me amarraram. Tentei lutar contra, mas não dava. Era cinco contra um e eu já sabia que ali eu tinha perdido. Me colocaram num canto da van e apontaram dois fuzis na minha cabeça. Eu sabia que qualquer passo em falso que eu desse, eu morreria ali mermo.

A van saiu disparada, ela era escura e por isso eu não sabia aonde eu tava, mas eu tinha certeza que estavam me levando pro Vidigal. Os filhos da puta armaram pra mim, e armaram muito bem. Eram muito mais homens do que eu já tinha visto e do que eu imaginava que tinham. Nem se eu tivesse armado todos os meus soldados, eu ganharia essa porra.

Percebi a van desacelerando e a porta sendo aberta com muita força. De primeira, vi o VH ali e do seu lado, o RK. Os dois me encarando com uma expressão que até pra mim, causava medo. VH me puxou com força me derrubando no chão.

Barão: Vai fazer o que comigo, cara...- Não consegui terminar de falar antes de sentir algo duro batendo com toda força no meu nariz, senti um estalo seguido de uma dor imensa e percebi que meu nariz tinha quebrado. Sangue começou a escorrer indo direto pra minha boca e pingando no chão. RK se abaixou e ficou a minha altura, só ali percebi a mão dele sangrando. Tinha sido ele que tinha me dado o soco.

RK: Se tu não calar a porra da boca, vai ser pior pra tu. - Ele me puxou pra cima e foi me empurrando até uma salinha que tinha naquele beco.

A sala era imunda. Tinha cheiro de carne podre, o fedor era insuportável. Eu não duvidava que muitos já tinham morrido ali. O chão tinha manchas de sangue em todo canto e a iluminação era fraca quase deixando a sala completamente escura. Tinha uma mesa com umas coisas em cima que eu não consegui ver direito o que eram, e duas cadeiras. Só isso.

Fui jogado no chão de novo e a porta da salinha foi fechada me deixando sozinho com os dois.

VH: Tu pode começar a fazer o que tu quiser com ele, RK. - Olhei pro RK e o mesmo tinha uma expressão de satisfação no rosto. - Só deixa que eu termino.

RK foi até aquela mesa e ficou por um tempo olhando pra ela, parecia que tava escolhendo algo. O VH não tirava os olhos de mim.

RK: A cada pergunta que eu fizer, e tu demorar pra responder, ou não responder de um jeito que eu quero, tu vai levar. E vai só ficar pior. Então colabora comigo. - Ele chegou perto de mim com uma ripa de madeira enorme pra caralho.

Não respondi e ele ficou na minha frente e mandou eu levantar, fiz o que ele pediu.

RK: Primeira coisa; quem tu mandou pra espancar minha mãe? Eu quero os nomes e aonde mora, se tu souber se tem família ou não, melhor ainda.

Barão: Tá achando que eu sou x9, porra?

Não consegui raciocinar antes de sentir a madeira batendo com tudo nas minhas costelas e me derrubando no chão de novo. Arfei de dor, tentei me apoiar nas mãos pra me levantar mas não conseguia. Doia demais.

RK: Levanta. - Mandou.

Ele esperou eu conseguir levantar, acho que demorei uns cinco minutos pra conseguir ficar em pé realmente.

RK: Vou perguntar mais uma vez; quem espancou a minha mãe?

Barão: A tua mãe foi a que você matou naquele beco! - Gritei e de novo, senti a madeira batendo em mim com mais força do que antes, me derrubando de novo.

Por Nós [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora