*Capítulo 47*

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Maratona 4/5

VH

Literalmente arrastei a Isabela por todo o caminho até a casa dela. Ela não parou de gritar um segundo no meu ouvido e eu já tava cansado até da voz dela. Quando chegou na casa, eu empurrei ela pra dentro.

Isabela: Você vai entrar e ficar comigo ou vai ir atrás daquela piranha?

VH: Vou atrás dela.

Isabela: Tu só pode ta zoando. - Riu sem graça.

VH: Não tô. E eu quero tu longe dela e de mim, jae?

Isabela: Como que a gente fica, VH? Tu vai mesmo me largar por essa garota?

VH: Não tô te largando porque a gente nem tá junto. Tu criou essa relação toda na sua cabeça.

Ela ia falar alguma coisa mas só fechei o portão na cara dela e sai andando pra casa da Amanda. Eu conheço aquela mulher minha vida inteira, eu tô ligado que agora ela deve tá criando mil paranóias e me chamando de todo palavrão que ela conhece porque deve achar que eu preferi a Isabela do que ela.

Mas isso não ia acontecer nem fudendo, eu gosto daquela mulher a tempo demais pra deixar ela ir embora agora que a gente começou a se envolver.

Só trouxe a Isabela até aqui pra ter certeza que ela não ia atrás da Amanda de novo, e terminar de uma vez qualquer coisa que ela achasse que a gente tinha.

Quando cheguei na casa dela, bati na porta mesmo sabendo que ela não ia abrir pra mim. Papo reto, eu fiquei uns quinze pra vinte minutos batendo até ela abrir.

Quando ela abriu, ela tava descabelada, com uma blusa enorme, os olhos inchados e a cara meio vermelha, mas essa piranha ainda tava linda.

VH: Tava chorando por causa de mim? - Sorri.

Ela juntou as mãos e fechou os olhos, ela começou a falar um tanto de coisa baixinho e eu não entendi nada.

VH: Que porra é essa, Amanda?

Amanda: Eu tô orando.

VH: Pra que?

Amanda: Pra não te matar.

Comecei a rir pra caralho e ela me olhou puta, eu passei por ela pela porta e entrei dentro da casa. Quando consegui entrar, a primeira coisa que ela fez foi me dar um chute na perna.

Depois ela me deu um soco nas costas, depois um na costela e tentou dar um chute no meu pau mas eu consegui escapar desse. Quando ela me deu um tapão na nuca, eu me virei nervoso e segurei ela, ela ficou se debatendo e me xingando mas não soltei.

VH: Fica quieta, maluca. E para de me bater.

Amanda: Vai tomar no seu cú. - Gritou. - Me solta e sai da minha casa.

VH: Qual foi Amanda, eu não fiz nada!

Amanda: Imagina, bobo. Você só me deixou sozinha, sem nem me ajudar num beco escuro depois de uma das suas putas me bater e me ameaçar, e depois ainda foi pra casa dela. Mas fora isso, você não fez nada. - Ela parou de falar mas voltou meio segundo depois. - Na verdade você fez sim, você nasceu!

VH: Tu vai ficar quieta e me ouvir?

Amanda: Não, parceiro.

VH: Eu só fui com a Isabela pra ter certeza que ela não ia encher o seu saco de novo. Eu fui pra acabar com ela o que ela achava que tinha comigo.

Soltei ela quando ela parou de ficar se mexendo e eu tinha certeza que não ia me bater mais.

Amanda: Então tá bom. - Cruzou os braços. - Pode ir embora agora.

VH: Vou nada. - Deitei no sofá dela e liguei a televisão. Ela me encarou querendo continuar discutindo. - Vem aqui.

Amanda: Não.

Puxei ela pelo braço até ela ficar deitada em cima de mim. Ela me xingou mas depois ficou calada.

Amanda: Eu nem sei o por que você "terminou" com ela, ela ia servir pro posto de fiel.

VH: É que meu pau só sobe pra você. - Ela me deu um tapinha na cabeça.

Amanda: Você é tão fofo, Victor. Eu fico muito encantada.

VH: Posso te comer agora?

Amanda: Não. Eu tenho que dormir, eu tô morta e ainda apanhei.

VH: Engraçado que pros outros tu apanha. Mas quando é comigo, tu arranja força até do cú pra me espancar. - Ela riu.

Amanda: Você me deixa te bater, eu só aproveito.

VH: Se eu parar de deixar, tu vai parar?

Amanda: Não, já virou minha rotina.

Passei os braços pela cintura dela e abracei apertando um pouco ela pra mim. Ela encaixou o rosto contra o meu pescoço e ficamos assim.

VH: Tu tava chorando por causa disso mermo?

Amanda: Também, mas não era só isso.

VH: Que foi?

Amanda: Só tô cansada. Eu tô tendo que fazer hora extra tanto na faculdade quanto no serviço e isso tá fudendo minha cabeça, eu tô exausta.

VH: Por que tu não falta?

Amanda: Porque eu não quero ficar desempregada.

VH: Mas é só um dia.

Amanda: Não dá. - Respirou fundo. - Eu só preciso dormir, fica quietinho.

Eu calei a boca e esperei até ela dormir em cima de mim, depois peguei ela no colo e levei ela pro quarto. Não tava afim de ir embora e deixar ela sozinha, então só coloquei ela na cama e deitei junto com ela.

...

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(Bate a metinha aí gente!!)

Por Nós [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora