Vermelho Rubi

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Lumine já havia buscado Harumi com o irmão e agora tentava se concentrar no que fazia. Depois daquele beijo que trocou com Thoma na praia os dois resolveram dormir, de certa forma Lumine ficou aliviada por Thoma não ter levado a frente aquilo. Ela não teria forças pra dizer não quando ele estava sendo tão envolvente e sedutor, e ela não achava que transar com qualquer um dos dois agora ajudaria a decidir seus sentimentos. O grande problema era amar os dois, amar Thoma por ser seu porto seguro e amar Kazuha por ser tudo o que ela sempre sonhou. Estava tão distraída com o conflito de seus sentimentos que quase não notou o platinado ao seu lado a observando com cuidado.

- Lumine? - ele chama.

- Ah, oi Kazuha - ela responde voltando a focar no que acontecia a sua volta.

- Você tá bem tenshi? Parece distraída - ele pergunta preocupado.

- Não é nada demais - ela diz - veio ver a Harumi?

- Vim... e vim ver você também - ele diz tranquilamente.

As simples palavras vindas dele já fazem o rosto de Lumine ficar vermelho "parece que ultimamente a meta dos dois é me deixar sempre corada" ela pensa um pouco frustrada.

- Harumi ainda está dormindo, ficou acordada até tarde ontem então se tiver tempo de esperar ela acordar... - Lumine explica.

- Tenho todo o tempo do mundo - Kazuha diz entrando junto dela na casa - sempre vou ter pra ela e pra você.

- Você não tem jeito - ela sorri, ele realmente não havia mudado.

- Só estou sendo sincero - ele comenta - as vezes duvido que ela vai me ver como pai quando finalmente contarmos.

- Ela adora você, vai te aceitar com certeza - Lumine afirma - talvez fique um pouco confusa mas duvido que te rejeite.

- Acha que sou um bom pai?

A loira encara o samurai com atenção, o conhecia muito bem pra saber que estava inseguro o que era raro se tratando dele que apesar de sempre ser discreto e calmo, exalava confiança.

- Você tem se esforçado muito pra ser e está conseguindo - ela fala sincera - não preciso me preocupar quando ela está com você por que sei que está cuidando bem dela, e quando você não está aqui só o que ela fala é sobre como se diverte com você. Então sim, você é um bom pai.

- Eu não quero ser só pai dela, você sabe - ele diz fixando os olhos escarlates nela - quero ser seu marido também Lumine.

As palavras dele, por mais simples que fossem bastaram pra arrepiar a pele dela.

- Eu quero de volta o que nós tínhamos, o que ainda temos - ele se aproxima - sei que você também sente isso, sei como você fica arrepiada com a minha voz ou com meu toque. Eu juro que tenho me esforçado pra não agarrar você todas as vezes que venho ver a nossa filha, eu preciso de você.

A essa altura ele estava perto o suficiente pra que apenas uma leve aproximação colasse os lábios dos dois. Ele passou o polegar pelo lábio inferior dela vendo a mesma fechar os olhos com a sensação, não havia nada no mundo naquele momento que ele quisesse mais do que beijar os lábios rosados e convidativos, a saudade que sentia de tudo nela era quase insuportável. Lumine também sentia seu peito queimar com saudade de ser beijada e tocada pelo samurai, seu olhar praticamente implorava pra que ele unisse seus lábios aos dela e acabasse com aquilo. Vendo o quanto a loira também desejava mais dele, uma ideia interessante vem na mente do platinado.

- Eu quero tanto beijar você agora Lumine - ele diz enquanto passava um dos braços envolta da cintura e beijava o pescoço dela - mas acho que você lembra do que eu disse: não vou te beijar enquanto eu não tiver certeza que você me ama de novo.

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