Primavera

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Lumine observava Kazuha e Harumi rirem enquanto a filha tentava ensinar o pai a cuidar de um tipo novo de flor que Lumine havia plantado no jardim. Já fazia dois meses que eles haviam retomado o relacionamento e isso fazia tanto o casal quanto a filha deles feliz, afinal era tudo que os três desejavam. Depois de mais uma tentativa falta do samurai de fazer o processo de cuidado corretamente os dois caem na gargalhada, Lumine sorri silenciosamente apenas apreciando como parecia que sempre tinha sido assim. Sem notar eles se tornaram uma família, o platinado agora praticamente morava com elas e a loira não conseguia imaginar mais a vida sem ele por perto.

- Eu te amo papai - Harumi diz abraçando Kazuha após o mesmo fazer cócegas nela.

- Eu te amo minha chiisai - ele responde carinhoso, feliz por ter o amor da filha.

- E eu amo vocês dois - Lumine se aproxima parando ao lado deles.

- Por que vocês não se casam? - Harumi pergunta fazendo os dois adultos engasgarem.

- Até que não é má ideia chiisai - Kazuha sorri direcionando um olhar sugestivo pra Lumine - se sua mãe concordar...

- Harumi meu amor quem disse essas coisas a você? - Lumine pergunta estreitando os olhos.

- Tio Aether disse que vocês deveriam casar e a tia Yoimyia disse que vocês se amam e já era pra estarem casados a muito tempo e que eu devia pedir pra vocês se casarem - conta a garotinha inocente.

- Ah é mesmo? Acho que eu preciso ter uma conversinha com eles então - Lumine contem a irritação.

- Não gosta da ideia tenshi? - o samurai pergunta.

- Falamos disso depois - Lumine aponta levemente pra filha sinalizando que falaria disso em particular com ele.

Deixando aquele assunto de lado pelo menos por hora eles resolveram almoçar fora, todos que passavam por eles podiam notar o quão bonitos os três eram juntos. A semelhança de Harumi com Kazuha ficava mais evidente a cada dia que se passava, o cabelo loiro da garotinha estava cada vez mais claro e Lumine acreditava que conforme ela fosse crescendo mais próximo da cor dos cabelos do pai ficaria porém os olhos eram idênticos aos da mãe. Pararam no restaurante que Kazuha e Lumine jantaram juntos a primeira vez a muito tempo atrás, e novamente ele pediu a mesa abaixo da cerejeira.

A troca de olhares entre eles entregava que estavam tendo a mesma lembrança daquela bela noite e da primeira conversa de verdade que tiveram. Diferente daquela época agora a filha fazia comentários sobre tudo para os pais, os anos podiam ter passado e as coisas poderiam ter mudado mas dentro deles o sentimento permanecia intacto: o amor deles era imutável e todas as provações apenas afirmaram isso. Quando a comida dos três chegaram Lumine empalideceu na hora e Kazuha notou seu desconforto.

- Tenshi? Você está bem? - ele pergunta preocupado.

- Sim, eu estou bem só fiquei meio tonta - ela o tranquiliza.

- Tem certeza mamãe - Harumi pergunta segurando a mão de Lumine com as suas - se você estiver dodói tem que descansar.

- Nossa filha tem toda razão - o samurai diz.

- Eu estou bem, vamos apenas comer - ela os tranquiliza mais uma vez.

Durante todo o almoço Kazuha prestou atenção em Lumine e notou que ela mal comeu "tem algo errado" ele pensa preocupado. Depois de uma pequena discussão sobre dar doces a Harumi depois do almoço, os três compraram alguns sakura mochis enquanto caminhavam pra casa com uma Harumi saltitando a frente deles enquanto Kazuha e Lumine seguiam a passos lentos de mãos dadas. Assim que chegaram em casa a loira diz que vai até Yoimyia e o irmão, fazia algumas semanas que não via os dois o que era bastante incomum porém a rotina nova com Kazuha as vezes a fazia perder a noção do tempo.

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