Um Tempo A Sós

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Já fazia mais ou menos um mês e meio desde a partida de Thoma e a rotina nova com Kazuha. O samurai dormia na casa de Lumine e eram raros os dias que ele não podia estar com elas porém tanto ele quanto Lumine ainda recebiam missões então era inevitável que um dia ou outro acabassem não se vendo tanto, mas no final do dia sempre dormiam um nos braços do outro. Harumi já havia se acostumado com aquela rotina e parecia gostar muito de ter o pai por perto todos os dias, a menina amava Kazuha e a forma que a mãe ficava mais feliz perto dele.

Além de tudo isso também receberam finalmente uma carta de Thoma que apenas dizia que ele estava bem e se adaptando a vida em Mondstadt, a carta basicamente era quase toda direcionada a Harumi que ficou feliz em saber que o outro pai estava bem e que não havia esquecido dela. A garotinha de cabelos loiros sentia falta de Thoma e perguntou na carta resposta que Lumine escreveu, quando Thoma voltaria o que fez o coração de Lumine apertar sabendo que talvez ele nem sequer voltasse.

Naquele exato momento Lumine estava tomando um banho relaxante na propriedade da família de Kazuha. Aproveitou que o samurai estava em missão e que Aether queria passar a tarde com Harumi pra checar se a propriedade estava intacta, coisa que era um costume de Lumine desde que Kazuha partiu com Beidou e que ela manteve durante os anos. Depois de checar tudo ela decidiu que um banho refrescante era uma ótima opção pra ela, se despiu e já estava desfrutando da água fresca em sua pele e nos cabelos sentindo seus músculos relaxando e o calor que incomodava sua pele sendo substituído pelo frescor da água.

- Eu sinto que o universo quer que eu sempre te veja nua - a voz de um certo samurai platinado ressoa as costas de Lumine fazendo com que ela se vire surpresa, cobrindo o corpo com as mãos.

- O-o que você tá fazendo aqui? - ela diz ainda tentando sem muito sucesso se cobrir com os próprios braços.

- Desde que eu voltei não vim mais aqui então como minha última missão não foi longe daqui resolvi vir - Kazuha sorri apoiando o ombro esquerdo na parede - acho que foi uma ótima decisão minha.

- Vai ficar olhando aí ou vai sair pra eu terminar meu banho? - ela pergunta, a surpresa a deixou constrangida demais pra analisar a situação de forma mais lógica.

- Tem razão não posso ficar aqui olhando - dizendo isso ele coloca sua espada de lado e começa a se despir.

- Kazuha... - Lumine diz em alerta, estava claro pra ela agora os rumos que a situação estava tomando e ela não diria em voz alta mas estava ansiosa pelo que ele iria fazer.

- Também preciso de um banho Lumine - ele diz quase inocente - completei muitas missões e preciso relaxar, e pra isso nada melhor que um banho não acha?

Assim que se vê livre de todas as roupas ele se aproxima devagar, como se a situação fosse extremamente comum e não houvesse nenhuma segunda intenção por trás da atitude dele. Ele se junta a ela soltando os fios platinados deixando a água molhar seu corpo lentamente, Lumine não conseguia desviar o olhar da beleza de Kazuha: os cabelos molhados dando ainda mais destaque pra mecha escarlate, os músculos que sempre são imperceptíveis quando ele está vestido agora totalmente a mostra, as pequenas cicatrizes incluindo a do ferimento que ela mesma cuidou.

- Seu olhar está descendo cada vez mais tenshi - ele diz focando o olhar nela - você por acaso gosta do que vê?

Lumine engoliu em seco, a provocação implícita na fala dele não seria nada com que ela já não estivesse acostumada se não fosse a situação: eles se provocavam o tempo todo porém mesmo dividindo a cama todos os dias eles ainda não haviam saciados seus desejos. Naquele momento os dois nus, a água correndo a pele de ambos, o olhar quente e sedutor do samurai e a sensação de estar vulnerável a ele tornava tudo surreal e Lumine só pensava que não impediria nada que ele se proposse a fazer com ela.

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