Epílogo-Parece que foi ontem.

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MAYARA

Com o que se parece uma festa de aniversário infantil no clube dos Nordic Knights juntamente com o clã Schiller?

Caos.

Parecia o caos.

Romeu e eu tentamos manter isso pequeno e casual. Realmente, nós tentamos. Isso foi até que minha mãe e Nicole ficarem sabendo dessa ideia. De repente, eu fui de um bolinho simples para um evento do século com direito a uma planejadora oficial de festas, um buffet riquíssimo e uma área montada com brinquedos trazidos de um parque de diversão. Havia até mesmo uma roda gigante. Uma roda gigante porra.

Qual à necessidade de tudo isso?

— Mamãe, quero ir na roda grande! —Lys gritou correndo para  mim, tombando para frente e três dos Knights gritaram e se lançaram para tentar impedir sua queda.
— Ela está bem — Eu disse, balançando a cabeça para eles. — Vocês não podem protegê-la de cada ralada e hematoma.
— Inferno se não podemos! — Insistiu Casper, levantando-a do chão e tocando o nariz.

Balancei minha cabeça para ele, pegando minha filha no colo e esfregando uma mancha de glacê gelado da  bochecha dela.

— Eu posso ir mamãe? —Ela perguntou.
— Lys, você é muito pequena anjo.
— Mamãe.... —Seu olhinhos se enchem de lágrimas, pronta para demostrar como os homens González estragaram os limites que tentei passar.
— Deixe comigo, eu a levo. — Disse Ayla, acenando com a cabeça para mim.
— Eba! Vamos tia, Ayla —Lys gritou, tentando saltar para fora dos meus braços. Tentei pegá-la quando ela começou a cair, mas não ouve jeito.

Essa era minha Elisabeth, completamente despreocupada com o perigo e as consequências. Ela me lembrava muito Cheryl e eu tinha certeza que escolhi o nome perfeito para ela. Não era apenas a simples homenagem a minha amiga, era muito mais. Eu a amava e sentia sua falta mais do que eu poderia suportar, e nas vezes que eu desejava abraçá-la, eu podia ter minha filha nos braços e era incrível como sentia uma brisa fresca em torno de mim que não poderia, logicamente, ser explicado. Talvez fosse minha mente ou o
coração pregando peças em mim, mas havia algo sobre a personalidade das duas serem parecidas.

— Se comporte —Eu disse, ajudando-a a se levantar e acariciando seu traseiro enquanto ela corria para o mais próximo de Ayla.
— Onde você pensa que está indo, ruivinha? —Killer surgiu com Hanna agarrada em suas costas.

Os dois finalmente estão casados. Levou um tempo para ficarem juntos, e foi um processo longo e confuso, principalmente por causa de Killer. Ele teve dificuldades em aceitar o fato que Ayla foi a barriga de aluguel que fez o sonho de Amelie e Tracker de serem pais se tornar realidade, mas eles chegaram lá no final. Eles estão felizes juntos agora. Estou muito feliz porque Ayla é muito boa para ele.

— Na roda gigante. —Ayla respondeu e Killer levantou uma sobrancelha.
— Você está grávida. —Ele lembra.

Killer sempre foi muito protetor, mas desde o dia em que Ayla revelou que carregava o primeiro bebê do casal, ele tinha levado isso para um novo nível. Ele estava no limite, preocupado com cada pequena coisa, todo sobre “você está grávida”

— Querido, não seja cansativo. —Ayla resmungou.— É apenas a roda gigante, sem perigo.
— Eu levo ela. —Ele diz, já pegando Lys.
— Killer, não seja idiota. Amelie, May, me ajudem aqui.
— Apenas desista Ayla. Killer não tem jeito. — Amelie disse com um sorriso feliz, embalando o pequeno garotinho de cabelos negros e olhos escuros.

Ralph tinha apenas quatro anos mais representava muito mais que a realização de um sonho. Ele era a coroação da felicidade de Tracker e Amelie. Meu cunhado tinha feito bem para si mesmo. Ela era melhor do que ele merecia. Por sorte, o merda sabia disso e agora a tratava a esposa adequadamente. Com planos em andamento para dar um irmãozinho ao pequeno, dessa vez através da adoção, Ayla e Tracker também conseguiram se reencontrar através da superação das dores do passado. Eu estava orgulhosa deles.

Parece que foi ontem Onde histórias criam vida. Descubra agora