3 meses depois...
MAYARA
Depois de vomitar pela terceira vez só hoje, eu caminho até a pia para lavar as mãos. Quando terminei, olhei para o espelho sobre a pia e franzi a testa para a minha aparência. Meus olhos azuis brilhantes pareciam cansados, as bolsas sob eles me provaram que eu estava correta.
Eu estava um pedaço de merda hoje.
Não tive tempo para fazer muito mais do que um coque mal feito no meu cabelo, para mantê-lo sob controle, em seguida, aplicar algumas pinceladas de rímel nos meus cílios longos e escovar meus dentes. Minhas bochechas rechonchudas estavam vermelhas por causa da queimadura do vento e os meus lábios rosados geralmente pálidos estavam um pouco rachados e inchados.
Eu tinha certeza de que se a morte fosse uma pessoa, então essa pessoa pareceria comigo.
Ficando ereta, eu me virei para o espelho de corpo inteiro do banheiro. Arrumei minha saia, puxei minhas meias para cima e perdi alguns minutos tentando fechar o único botão do colete do uniforme. Acabei desistindo na décima tentativa.
Droga, eu havia engordado.
Grunhido, eu saí do banheiro e fiz o caminho para o meu armário. Há uma enorme quantidade de outros estudantes no corredor e as pessoas estão tocando e me empurrando enquanto caminho.
— Mayara! Me espere!—Cheryl me pega no segundo que viro no corredor, mas não dou ouvido e continuo andando.— Qual é a pressa, May? Calças pegando fogo ou algo assim?
Ela bufa, aumentando seu ritmo para me acompanhar. A ignoro novamente, mais preocupada em evitar os outros alunos e alcançar meu armário.
— Ei, amiga. Você está bem? —A mão de Cheryl se lança, agarrando o meu braço e me fazendo parar.
— Sim. Eu, uh, apenas estou com um pouco de dor de cabeça. Não é grande coisa. —Meu encolher de ombros acaba sendo mais como um empurrão idiota da minha cabeça.
— Dor de cabeça novamente? —Preocupação domina o rosto da minha amiga- Acho melhor ir procurar um médico, May. Você tem estado com essa dor a meses.
— Eu vou ficar bem. —Alcanço meu armário e o destravo, pegando os livros do dia em seguida.
— Você me diz isso todos os dias. —Ela estreita os olhos, investigadora. —Dessa vez você não tem escolha Mayara. Assim que a o último sinal tocar, iremos para o hospital.
— Cheryl...
— Eu disse que você não tem escolha! — Ela me cortou.Desanimada demais para argumentar, acabei balançando a cabeça e concordando com ela. Cheryl sorriu satisfeita e cruzou nossos braços. Juntas, seguimos para nossa primeira aula. Tínhamos acabado de sentar quando Susana, minha prima, e suas amigas veio em nossa direção.
— Os deuses ouviram as nossas preces!—Susana estava quase sem fôlego com seus múltiplos saltinhos.
— Como assim? —Cheryl indagou confusa.
— Temos um aluno novo! —Ela exclamou.
— E o que há de mais? —A pergunta saiu áspera.Estava difícil amansar meu mau humor hoje.
— Ele é simplesmente lindo! — Quinn, a mais nova integrante do grupo, gemia, em uma inútil tentativa de imitar os trejeitos da "líder."
— E tem mais! Ele é motoqueiro — Susana acrescentou de modo teatral.
— Como?Senti um bolo se formando no meu peito. Minha visão tornou-se turva e um calafrio se espalhou pelo meu corpo.
— Motoqueiro, prima. Com colete, piercings e tatuagens. Simplesmente uma gostosura.
— E ele tem um olhar incrível. É como se ele tivesse um rastreador dentro dos olhos, como se nos despisse por completo só em nos encarar. — Jenna, a melhor amiga de Susana, acrescentou.
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Parece que foi ontem
RomanceRomeu González já tinha chegado ao seu limite, desistido de tudo e de todos. Havia parado de acreditar no amor e o seu mundo era pintado de preto. Isso até Mayara Schiller aparecer e mudar sua vida. Ele não estava esperando por aquilo e ela também n...