Capítulo 60-Se não quer saber a resposta, não pergunte.

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ROMEU

Chegando à entrada do prédio onde dormiam os funcionários e prospectos, vi Aiden saindo. Acenei para ele vim até mim.

— Hey Dex! Precisando de algo?
— Eu preciso que você leve Shay para o quarto dela.
— Às suas ordens.

Quando eu passei Shay para os braços dele, ela imediatamente abriu os olhos e se balançou até ele colocá-la no chão.

— Você é a porra de uma fingida.— Eu rosnei, puto por ela ter me feito brigar com Mayara apenas por um capricho.
— Ei, não me xingue. Eu só quero que você volte a me dar atenção. Eu sinto sua falta. — Ela ronronou, me fazendo querer vomitar.
— Eu não sinto o mesmo. Se você tentar esse desmaio falso novamente eu vou garantir que ele se torne real— Eu passei por ela para ir embora.

Ela correu e segurou meu braço. Droga, ela não desiste e eu não queria lidar com ela hoje, merda. Inferno, eu não queria lidar com ela qualquer dia, porra.

— Eu só quero sua atenção. Por favor, vamos entrar e aliviar todo tensão que você está lidando. Como nos velhos tempos — Até mesmo sua voz mais sedutora caiu plana comigo.
— Não.
— Você não pode me empurrar para o canto assim. Sabe o que eu sinto por você.

Eu forcei uma risada amarga. Todos os dias mais paus eram colocados entre suas pernas do que era humanamente possível e agora ela queria insinuar que sentia algo justamente por mim.

Eu zombei. — Não venha com essa merda. Me esquece porra.

Eu me virei, puxando meu braço.

Ela suspirou dramaticamente e gritou em minhas costas: — Então ela colocou mesmo uma coleira em você.

A raiva aumentou. Lentamente encarei ela com meus olhos apertados.

— Eu não sei do que você está falando.

Ela revirou os olhos.

— Não se faça de idiota, Dex. Você sabe
muito bem do que eu estou falando. Aquela princesinha vadia, que tem
piscado aqueles olhos azuis para você e te transformando em um cachorrinho adestrado.— Disse com veneno em seu olhar furioso.

Meus olhos ficaram gelados. Eu estava ficando cansado de sua merda. Seu trem estava prestes a sair dos trilhos.

— Limpe sua boca maldita para falar da minha Old lady. — Eu rosnei.

Minhas palavras fizeram as suas feições esculpidas pela raiva abrandarem e, em seu lugar, surgiu extrema mágoa.

— Você vai reevidicar ela? — Ela perguntou com uma voz trêmula.

Diante do meu silêncio ela fechou os olhos, quando abriu novamente ela se aproximou de mim como uma hiena pronta para atacar um antílope. Suas unhas se aproximaram, raspando meu braço em uma dança sedutora para me atrair.

— Você não vai fazer isso. Sabemos quem você é — Ela diz
— Tire sua mão de mim. —Ela obedeceu rapidamente ao meu tom.

Seus ombros caíram em derrota.

— Eu não posso ficar aqui e assistir você reevidicar outra. — Seus olhos
encontraram os meus, ameaçadores. Ela estava pronta para ver o remorso ou desespero, mas não veio.
— Você acha que sua demissão iria me atingir? Eu não me importo nem um pouco com isso. Você deveria fazer essa ameaça aos caras que você tem chupado e fodido atualmente.

Seus olhos se arregalaram, e sua boca abriu apenas um pouco para permitir que o suspiro escapasse enquanto ela tropeçava um pouco para trás. Bom, fiquei feliz por eu ter finalmente conseguido chocá-la.

— Você é o pior monstro que eu já conheci. Como pode ser tão horrível? — Seus protestos aumentaram, e seu grito estava me dando dor de cabeça.

— Isso mesmo. Sou um monstro, tome isso como direção para parar de encher meu saco.

Eu virei para seguir meu caminho e novamente senti sua mão agarrado a mim, e eu girei ao redor. Antes que eu
pudesse dizer uma palavra, Shay caiu de joelhos e apressadamente tentou desabotoar minhas calças. Eu me afastei.

— O que diabos você está fazendo? — O som saltou pelo céu noturno enquanto ela caiu para frente em suas mãos e joelhos na
minha frente.
— Eu sinto muito. Eu não quero perder você. Eu vou deixar os outros, quero só você. Por favor me dê outra chance. — Suas súplicas não fizeram nada para me fazer sentir algo, exceto fazê-la parecer ainda mais patética.

Lágrimas começaram a fluir pelo seu rosto e ela começou a sugar respirações rápidas, com os e estivesse em algum ataque de asma. Uma vez, eu poderia cair nessa. Não dessa vez.

— Levante-se e vá embora, ou alguém vai fazer isso por você. Se você chegar perto de mim ou de Mayara, será a sua demissão.— Eu digo e rapidamente caminhei para longe.
— Dex, seu maldito! Isso não acabou—Shay gritou atrás de mim.

Eu a ignorei e fiz o meu caminho até meu prédio. Mas quando tento entrar em minha casa, a porta está trancada com mais coisas que a fechadura.

Eu juro, esta mulher não estava pensando direito.

Meu humor atual disse para eu arrancar à maldita porta de suas dobradiças, mas preferir não dar ouvidos. Mais do que tudo, eu precisava de algo para bloquear Mayara da minha mente enquanto dava o tempo para ela se acalmar. Ela provavelmente ainda estava irritada e ela tinha todo o direito de estar. Inferno, eu estava chateado sobre isso. Isso arruinou o que seria minha última noite com ela antes de partir. E só o pensamento buscando forma de me desculpar me deixava em alerta para meus sentimentos. Tomar um passeio emocional era algo que eu não estava acostumado a fazer, e isso estava me assustando pra caralho. Tanto quanto o próprio fato de Mayara ter tanto efeito sobre mim.

Porra!

Fervendo, eu desci para casa de Prez. Quando entro na casa encontro Tracker e Killer sentados no sofá com uma cerveja cada um.

— Então você fodeu tudo com May, hein? — Killer perguntou. Há uma risada em sua voz.

Desgraçado.

— Não quero falar sobre isso, Killer. — Eu avisei, com meu humor já muito sombrio.

Caminho para a geladeira e tiro uma garrafa de cerveja antes de me juntar aos dois.
— O quê aconteceu? Ela também finalmente deu uma boa olhada nessa sua cara feia?— Killer disse, sempre totalmente despreocupado em cutucar onça com vara curta.
— Cale a boca — Eu lato.
— Eu acho que eu estaria muito puto também se eu fodesse tudo com uma garota como ela. Quero dizer, ela dá de dez a zero na maioria das garotas por aqui. Por isso também entendo porque você está caindo para ela, eu fodidamente amo essa garota também.
— Killer, chega. — Eu rebati, sentindo o aquecimento familiar no meu sangue, um desejo de começar a dar socos.

Ele não iria demorar muito para me empurrar para o limite.

— E sabe o que é o melhor? Ela esta ensinando nossa doce Amelie à foder com nosso irmãozinho mais velho. — Ele continua provocando, testando Tracker dessa vez.
— Porra Killer. Eu sabia que deveria ter deixando você se afogar quando era mais novo. —Tracker bufou.

A minha testa se enrugou em confusão.

— Que diabos Mayara tem haver com Amelie?
— Digamos que ela está empurrando Amelie fora da concha. Tracker terá que colocar uma coleira ou assistir ela colocá-la em outro. Tenho certeza que não faltam pretendes no hospital onde ela trabalha. Ainda mais com o novo visual.
— Você é um merdinha chato sabia? Precisa aprender a manter a boca fechada. —Tracker rosna.

Eu zombei disso. — Qual é agora, é sobre Killer que nós estamos falando aqui. Você não poderia calar a boca dele com fita adesiva.
— Ao menos iria abafar. Você tem fita aí com você?
— Uh-huh— Killer disse, balançando a cabeça, sorrindo. — Vocês devem ser mais gentis comigo se querem que eu fique de olho nas garotas de vocês. Estão programados para sair em algumas horas.

A lembrança me faz suspirar. Ir embora seria foda. A ideia de deixar Mayara não me deixa confortável, nem um pouco, mas lidar com Ghost era um negócio maior.

Parece que foi ontem Onde histórias criam vida. Descubra agora