Capítulo 45-Querido, meu sobrenome é provocação.

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MAYARA

Quando entramos na casa do lago, Dex me mostra os quatros únicos cômodos rapidamente, quase correndo, como se ele não quisesse ficar aqui. Eu percebo o porquê quando olho para as paredes.
Fotos dele, dos seus irmãos e dos pais estão por todos os lados.

— Você se parece com ela.

Eu deslizo meus dedos por uma foto onde está toda a família. Sua mãe era linda, com longos cabelos castanhos e olhos escuros.

— Sim, acho que sim. — Ele diz, os músculos da sua mandíbula não param de se contrair.

Eu passo meus dedos para outra foto. É de Dex em uma cerimônia de formatura, um diploma em sua mão. Me aproximo para ver o nome da instituição impresso no topo da fotografia, e minha cabeça começa a girar.

— Massachussetts Institute of Technology? Você estudou no MIT?
— Estudei— Ele começa a andar novamente.

Estou começando a me sentir uma idiota total. Ele é obviamente muito mais inteligente do que eu lhe dei crédito. Mais inteligente do que eu, e eu o acusei de nem terminar o Ensino Médio.

—  Oh, Deus. Você definitivamente terminou o Ensino Médio, e se formou em uma instituição onde só pessoas muito inteligentes conseguem entrar.

Ele não diz nada sobre isso, apenas me dá um sorriso. O tipo de sorriso que faz o interior de uma mulher se retorcer. E em um esforço para mudar de assunto, fez sinal para sua mochila.

— Eu trouxe suco e alguns sanduíches e outras coisas que você pediu. Você está com fome?
— Sim. Eu estou.

Seguimos para a varanda da casa e Dex começa a tirar as coisas e colocá-las em cima da mesa de madeira. Eu deslizo em um lado do assento e começo a me servi. Eu desembrulho um sanduíche e dou uma mordida. Eu tenho que segurar um gemido. Eu não comi a manhã todo, e agora, este sanduíche é como o céu.

Coloco o sanduíche no meu colo, e estendo a mão para pegar meu suco. Tomando um gole, eu mantenho a garrafa na mão e encaro Dex em pé ao meu lado. Ele estava me olhando com aqueles olhos intensos. Parecia haver um milhão de coisas diferentes acontecendo em sua cabeça. Dex estava olhando e eu não entendia o que aquele olhar queria dizer. Não era apenas sensual. Ele olhou para mim dessa
forma algumas vezes antes, mas desta vez era diferente. É como se ele multiplicasse o olhar por uma centena. Quando ele baixou os olhos para o meu peito que,  infelizmente os bicos estavam forçando o tecido da minha roupa devido a falta de sutiã, tive que engolir duramente. Me arrependo de tirar o sutiã apenas porque estava molhado.

— Você não vai comer? — Eu perguntei.
— Eu estou bem.

Minhas sobrancelhas se ergueram.

— Eu te disse que odiava comer sozinha.

Apertando os lábios, ele parece pensar sobre a minha resposta.

— Tudo bem.— Ele diz enquanto rapidamente sentou na ponta do banco da mesa, montando-o.

Nesses momentos eu não conseguia entender ele. Uma hora fugia de mim como se apenas o fato de respirar o mesmo ar fosse uma tarefa difícil. Outras horas age como se fosse perfeitamente normal estar tão perto.

— O que você está fazendo?— Eu digo. Meu peito agora subia e descia com minhas
respirações duras enquanto eu atravessava as ondas da minha agitação interna.
— Sentando.
— E por que você não está sentando do outro lado?
— Estamos no meio da floresta. Em uma posição de clara vulnerabilidade. Sentar ao seu lado é mais fácil para eu te proteger.
— Isso faz sentido.

Parece que foi ontem Onde histórias criam vida. Descubra agora