MAYARA
Amelie deu-me uma excursão rápida no complexo. Nada era como eu imaginava que seria. O lugar era enorme, um labirinto de ruas que levam a diferentes prédios em todo o terreno. Não havia maneira de eu encontrar o meu caminho ao redor do lugar sem ajuda, mas felizmente eu não tenho que olhar longe. Havia muitas pessoas ao redor para perguntar. Tentei lembrar os nomes de todos a quem fui apresentada, mas havia muitos. Conforme seguíamos para a casa de mais um paciente, Amelie tinha me informado como Jamez González e os membros mais antigos do clube tinham trabalhado na remodelação das antigas instalações da fábrica para transformá-las em prédios de quatro andares. No espaço havia um total de vinte e sete prédios para moradia dos membros e sua família. Ademais, tinha o prédio sede do clube, com cinco andares. A oficina e o armazém eram construções simples.
No percurso eu conheço cinco old lady, e elas pareciam bem curiosas com minha chegada, algumas até perguntaram como eu havia conseguido lançar Dex. Eu me limitei a negar qualquer pensamento sobre nós juntos como um casal, mas eu sabia pela forma que elas me olharam que eu seria o assunto assim que tivesse longe o suficiente para não escutar. Das que eu conheci, até o momento, Amelie foi a única que não fez julgamentos, mesmo após a cena com Dex ela parecia não querer interferir no problema alheio. Ela era boa ouvinte e sempre tinha palavras doces para dizer. Eu me sentia confortável perto dela, quase tão confortável quanto com Cheryl, e isso era algo difícil de fazer.
Nós fizemos uma pausa para almoçamos e aproveitamos para cuidadosamente trocar detalhes das nossas vidas. Descobrimos que essa era uma das raras amizades em que tudo era entendido instantaneamente. E embora Amelie não falasse muito sobre seu casamento, ela indicou que teria havido algum tipo de problema no passado que influenciava muito na relação entre eles hoje.
— Pronto, terminamos por hoje. — Ela disse após atender seu último paciente do dia.
— Estamos indo para casa agora?— Perguntei.
— Quem sabe é você. Ainda é cedo e conhecemos apenas os prédios. Não há muito o que ver no armazém e na oficina também não é muito interessante. Mas na sede tem um bar, é bem legal por lá. A maioria das old lady ficam por lá.
— Ok. Vamos fazer isso.Nós sorrimos e cruzamos o estacionamento na direção do prédio principal.
— No primeiro andar fica o bar, no segundo é o refeitório, no terceiro a academia, no quarto temos alguns quartos, e o último andar é reservado para assuntos do clube. — Amelie explica.
— Uau. Tudo por aqui é bem organizado. — Eu digo, observando o mais alto prédio do complexo e também o mais chamativo com sua pintura toda preta.
— Sim, temos nosso próprio mundo aqui.— Ela diz, sorrindo.Quando chegamos na porta da frente, um gigante cara tatuado com vários piercings guardava a entrada. Ele acenou para nós duas, afastando para que pudéssemos passar.
— Ei, Brooks. Como está a coluna?
O cara tatuado sorriu.
— Está bem melhor. A pomada que você sugeriu ajudou muito. Obrigada, Mel.— Ele disse, abrindo porta.
Eu não sabia o que esperar quando ele abriu a porta. Talvez algo parecido com um clube de strip cheio de homens grandes e assustadores com armas, mas não era nada disso. Era apenas um bar. Vários homens estavam jogando sinuca e outros sentados no balcão, e havia uma mulher atraente atrás dele servindo-lhes cervejas. Um par deles se virou e me deu um olhar questionador, mas rapidamente dispensaram a minha presença e voltaram para suas conversas.
— Venha, você precisa conhecer Ayla.
Amelie segurou minha mão e me arrastou para a extremidade oposta do bar. Assim que eu me sentei, ela chamou a mulher que estava atrás do bar.
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Parece que foi ontem
RomanceRomeu González já tinha chegado ao seu limite, desistido de tudo e de todos. Havia parado de acreditar no amor e o seu mundo era pintado de preto. Isso até Mayara Schiller aparecer e mudar sua vida. Ele não estava esperando por aquilo e ela também n...