Capítulo 75-Você nunca estará sem mim, Mayara Schiller.

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MAYARA

May? — A voz de Cheryl chamou pela porta do meu quarto. — Você está viva aí dentro?

Eu gemi no meu travesseiro enquanto sua voz causou estragos em minha cabeça latejante.

— Pare de gritar comigo, — Eu disse asperamente.

Ouvi a risada dela quando a porta se abriu.

— Eu suponho que perguntar como você está se sentindo seria uma pergunta estúpida?

Eu grunhi, os olhos ainda fechados.

— Seria uma pergunta muito
estúpida.

Eu ouvi Cheryl rir  novamente quando ela cruzou o meu quarto, seus pés tamborilando em todo o assoalho. Eu momentaneamente me perguntei
o que ela fazia, então eu preguiçosamente levantei minhas pálpebras, mas rapidamente espremi os olhos quando a luz ofuscante causou tumulto em minhas retinas.

— Caramba, Cheryl, — Eu choraminguei, e puxei meu travesseiro por trás da minha cabeça, e o enfiei em meu rosto, persuadindo os meus sentidos novamente na escuridão.
— Se  isso faz você se sentir melhor— ela continua a rindo — Na minha primeira ressaca eu quase vomitei meus pulmões.

Eu sorri no meu travesseiro.

— Isso foi quando você saiu do útero da sua mãe?
— Você está tentando me provocar? — Ela subiu no fim da minha cama.

Eu sorri e lentamente levantei o travesseiro do meu rosto,  estremecendo com a luz solar que encheu meu quarto. Depois de
alguns momentos de ajuste, a minha visão clareou e eu estendi os membros.

— Você sumiu repentinamente ontem. Aconteceu algo? — Perguntou Cheryl, seu tom muito maternal.

Todos meus músculos me lembraram da noite passada e meu peito doeu e meu estômago embrulhou com a menção.

De alguma forma eu consegui manter minha expressão limpa.
— Eu  só não me senti bem e queria chegar em casa.
— Mentirosa.
— O que você faz aqui tão cedo?

Ela aceita a mudança de assunto.
— Dia de SPA! —Cheryl grita.
— Mas...
— Sem “mas”.  Você tem dez segundos para se levantar ou eu vou te infernizar por perguntas sobre o motoqueiro para quem você dançou. —Ela diz com seu olhar perspicaz.

Eu a odiava

— Tudo bem— Eu respondi, e empurrei os edredons do meu corpo.
— O que você quer fazer?—Ela já está ao telefone.
— Humm... manicure?

Ela sacode o dedo indicador para o meu rosto.

— E uma limpeza, certo?
— Certo.

Em seguida, ela aponta para a minha virilha. — Cera?
— O que? Não. —Eu me cubro no meio das pernas. — Eu estou bem nesse departamento.
— Ok, vá tomar banho —Ela diz.

Eu fui para o banheiro e tomei um banho rápido antes de colocar as roupas frescas.
Lavei a maquiagem de ontem do rosto, amarrei meu cabelo em um coque frouxo no topo da minha cabeça. Antes de ir para o SPA, minha mãe nos obriga a tomar café e eu comi apenas o suficiente para me manter em pé. Quando chegamos ao nosso destino,  Cheryl me surpreende por ter marcado o meu cabelo e massagista também.

— Você é a melhor amiga do mundo. —Eu digo a ela enquanto nós saboreamos um chá de menta na sala de espera.

Ela sorri.

Parece que foi ontem Onde histórias criam vida. Descubra agora