Capítulo 4-Não é uma boa ideia usar uma ideia que não seja atrevida.

896 100 2
                                    

» MAYARA «

Eu fiz o meu caminho até o bar pela décima vez, com o rosto corado, cabelo úmido e sentindo as pernas como se não tivessem sido usadas corretamente há anos.

— Com licença —Gritei, tentando obter a atenção do barman.

Neste ponto, com a festa na densidade máxima e a música tão alta que sacudia meus ossos, ele nem sequer olhou para mim. Mas eu não iria desistir, tinha uma amiga e uma irmã intoxicadas, queimando na pista de dança e que queriam mais álcool.

— Hey!—Eu chamei, batendo no balcão.

Sem nem sequer me olhar, ele fez um sinal tão tedioso para que eu esperasse que que foi irritante.

— Mas você não está ocupado, porque tenho que esperar? —Gritei mas ele apenas sorriu cínico, ainda sem me olhar.
— Claro que ele está fazendo o seu melhor para ignorá-la, não está? —Uma voz firme entoou ao meu lado.

Eu pisquei e me virei para o homem que estava se espremendo perto de mim no bar lotado. Me faltou ar.

Era ele, o motoqueiro.

— Você nunca deve gritar com um barman, boneca. — Ele acenou para o garçom para indicar o seu pedido.— Especialmente com o que você está tentando conseguir atenção. Cross odeia fazer bebidas femininas.
— Como você sabe o que eu vou pedir?—Um sorriso cresceu amplo nos meus lábios. — Talvez eu tenha vindo pedir um gatilho de Uísque. 
— Improvável. Eu vi você pedir pequenas bebidas rosas durante toda a noite.

Ele estava me vigiando à noite toda?

Eu não conseguia decidir se era fantástico, ou um pouco assustador.
— Diga —O barman se aproximou e olhou para o homem ao meu lado com expectativa.
— Três dedos de Dalmore. —O belo motoqueiro mal levantou a voz, mas era tão profundo que realizou sem esforço. — E o que esta senhorita quiser. Ela está esperando para ser atendida, sim?— Ele se virou para mim, com um sorriso que fez algo dormente quente no fundo da minha barriga.

Concordei com a cabeça.

— Não parece que você vem para este tipo de estabelecimento com muita frequência.
— Você está certo, mas é tão óbvio?—Eu me mexi nos meus pés e ele seguiu meus movimentos.
—Sim. Você é a coisa mais fresca neste
lugar.

Suas palavras explodiram em meu cérebro e minhas veias encheram com adrenalina.
— O que você acabou de dizer?—Olhei mais de perto dele, agradecendo mentalmente as bebidas que eu já tinha ingerido, porque a Mayara sóbria lhe daria monossílabos e um aceno desajeitado.— O que quer dizer com “fresca” ?

Antes que ele respondesse, o barman bateu no balcão com os três dedos da bebida dele e pediu a minha ordem. Eu limpei minha garganta, me preparando.

— Três drinks de Cosmos.— Eu ignorei seu gemido irritado e me virei novamente para o motoqueiro— Vamos, me responda.
— Só quis dizer que nunca te vi aqui—Ele limpou a garganta e olhou para onde o barman estava voltando com os meus pedidos. — Por que você está carregando todas essas bebidas pegajosas para a pista de dança?
— Minha melhor amiga está completado ano. E estamos fazendo a noite fora das meninas.
— Que pena. Assim, é improvável que você saia daqui comigo.

Eu pisquei, e então pisquei novamente, com força. Com esta franca sugestão, eu estava oficialmente fora da minha profundidade.

A caminho da minha perdição.

— Eu... o que? Você não pode esta falando sério.
— Estou sim, boneca.—Ele esticou a mão e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.
— Você acabou de me conhecer. — Cada dose que eu tinha bebido pareceu bater-me tudo de uma vez e eu me afastei um pouco dele.
— E já tenho um forte desejo de devorá-la.—Suas palavras foram entregues lentamente, quase um sussurro.

Parece que foi ontem Onde histórias criam vida. Descubra agora