» MAYARA «
Eu fiz o meu caminho até o bar pela décima vez, com o rosto corado, cabelo úmido e sentindo as pernas como se não tivessem sido usadas corretamente há anos.
— Com licença —Gritei, tentando obter a atenção do barman.
Neste ponto, com a festa na densidade máxima e a música tão alta que sacudia meus ossos, ele nem sequer olhou para mim. Mas eu não iria desistir, tinha uma amiga e uma irmã intoxicadas, queimando na pista de dança e que queriam mais álcool.
— Hey!—Eu chamei, batendo no balcão.
Sem nem sequer me olhar, ele fez um sinal tão tedioso para que eu esperasse que que foi irritante.
— Mas você não está ocupado, porque tenho que esperar? —Gritei mas ele apenas sorriu cínico, ainda sem me olhar.
— Claro que ele está fazendo o seu melhor para ignorá-la, não está? —Uma voz firme entoou ao meu lado.Eu pisquei e me virei para o homem que estava se espremendo perto de mim no bar lotado. Me faltou ar.
Era ele, o motoqueiro.
— Você nunca deve gritar com um barman, boneca. — Ele acenou para o garçom para indicar o seu pedido.— Especialmente com o que você está tentando conseguir atenção. Cross odeia fazer bebidas femininas.
— Como você sabe o que eu vou pedir?—Um sorriso cresceu amplo nos meus lábios. — Talvez eu tenha vindo pedir um gatilho de Uísque.
— Improvável. Eu vi você pedir pequenas bebidas rosas durante toda a noite.Ele estava me vigiando à noite toda?
Eu não conseguia decidir se era fantástico, ou um pouco assustador.
— Diga —O barman se aproximou e olhou para o homem ao meu lado com expectativa.
— Três dedos de Dalmore. —O belo motoqueiro mal levantou a voz, mas era tão profundo que realizou sem esforço. — E o que esta senhorita quiser. Ela está esperando para ser atendida, sim?— Ele se virou para mim, com um sorriso que fez algo dormente quente no fundo da minha barriga.Concordei com a cabeça.
— Não parece que você vem para este tipo de estabelecimento com muita frequência.
— Você está certo, mas é tão óbvio?—Eu me mexi nos meus pés e ele seguiu meus movimentos.
—Sim. Você é a coisa mais fresca neste
lugar.Suas palavras explodiram em meu cérebro e minhas veias encheram com adrenalina.
— O que você acabou de dizer?—Olhei mais de perto dele, agradecendo mentalmente as bebidas que eu já tinha ingerido, porque a Mayara sóbria lhe daria monossílabos e um aceno desajeitado.— O que quer dizer com “fresca” ?Antes que ele respondesse, o barman bateu no balcão com os três dedos da bebida dele e pediu a minha ordem. Eu limpei minha garganta, me preparando.
— Três drinks de Cosmos.— Eu ignorei seu gemido irritado e me virei novamente para o motoqueiro— Vamos, me responda.
— Só quis dizer que nunca te vi aqui—Ele limpou a garganta e olhou para onde o barman estava voltando com os meus pedidos. — Por que você está carregando todas essas bebidas pegajosas para a pista de dança?
— Minha melhor amiga está completado ano. E estamos fazendo a noite fora das meninas.
— Que pena. Assim, é improvável que você saia daqui comigo.Eu pisquei, e então pisquei novamente, com força. Com esta franca sugestão, eu estava oficialmente fora da minha profundidade.
A caminho da minha perdição.
— Eu... o que? Você não pode esta falando sério.
— Estou sim, boneca.—Ele esticou a mão e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.
— Você acabou de me conhecer. — Cada dose que eu tinha bebido pareceu bater-me tudo de uma vez e eu me afastei um pouco dele.
— E já tenho um forte desejo de devorá-la.—Suas palavras foram entregues lentamente, quase um sussurro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Parece que foi ontem
Roman d'amourRomeu González já tinha chegado ao seu limite, desistido de tudo e de todos. Havia parado de acreditar no amor e o seu mundo era pintado de preto. Isso até Mayara Schiller aparecer e mudar sua vida. Ele não estava esperando por aquilo e ela também n...