» MAYARA «
— Você vai realmente manter o seu rosto enterrado nesses livros a tarde toda? — Cheryl perguntou.
— Você sabe, eu tenho um teste amanhã. Eu preciso ter um “A” nesta matéria. — Eu disse a ela sem olhar para cima do meu livro.Ela suspirou.
— Eu sinto falta da nossas visitas ao shopping.— Disse enquanto se olhava no espelho e brincava com seu cabelo. — E você vai ter um bebê, precisamos fazer compras para ele.
— Talvez em outro momento. —Eu disse a ela enquanto folheava as
páginas do meu livro.
— Você tem estudado isso por quase quatro horas, May. O que você lê tanto que ainda não aprendeu?
— Eu realmente preciso dar uma revisada. Nós vamos amanhã. Prometo.Ela suspirou novamente e se jogou na cama, ao meu lado.
— Só uma pausa, May. Por favor?
— Você sabe que eu adoraria isso, mas não posso.— Eu disse a ela.
— Claro que pode, na verdade deve. Depois de algumas horas estudando sem uma pausa tudo fica inútil.Respirei fundo e tentei me concentrar nas minhas anotações no livro. Mas a verdade era que Cheryl estava certa, depois de algumas horas sem pausa estudando cada pequeno ruído se tornava uma distração.
— Você venceu.
Eu fechei o livro e me levantei. Ela deu um pequeno grito e correu para me ajudar na escolha de uma roupa. E então seguimos para o shopping.
Duas horas lá dentro e Cheryl e eu tínhamos os braços completamente fechados com sacolas. E o que antes costumava ser lingeries, sapatos maquiagem e tudo aquilo que as garotas gostam, hoje foram substituídas por minúsculas roupas de bebê.— Adoro fazer terapia de compras — Cheryl comentou, animada, quando viramos na área de alimentação.
— Eu também — Admiti, rindo.Estávamos seguindo para a pizzaria quando um flash magro e tatuado me chama a atenção.
— Hugo? — Eu chamei.
Ele olhou para os lados, se virando um pouco, de forma que era quase impossível ver seu rosto.
—Vai mesmo fingir que não é com você? — Cheryl pergunta.
Ele então se vira para nos encarar. Uma expressão embaraçosa domina seu rosto, e ele dá um pequeno sorriso.
— Me desculpe.
Franzi a testa a testa.
— Você estava mesmo tentado nos ignorar?
— Claro que estava, May. — Cheryl acusou.
— Não. Que dizer, mais ou menos. Eu não queria que você pensasse que eu estou te perseguido ou algo do tipo, gatinha.Balancei minha cabeça.
— É bem estranho que de uma hora para outra estamos nos encontrado com bastante frequência. Mas jamais pensaria em perseguição. Isso é louco.
Um sorriso aliviado se espalha no rosto de Hugo.
— É bom saber.— Ele diz.
Estamos em uma pausa constrangedora agora, onde nenhum de nós sabe muito exatamente o que dizer. Cheryl está olhando para Hugo com desconfiança, e sua boca continua abrindo e fechando conforme ela provavelmente tem uma centena de perguntas a fazer, mas não tem ideia por onde começar.
Eu decido quebrar o silêncio.
— Você estava indo pedir algo para comer?
Isso é claramente a coisa mais estúpida que eu poderia perguntar, considerando que estávamos rodeados por lanchonetes e restaurantes.
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Parece que foi ontem
Storie d'amoreRomeu González já tinha chegado ao seu limite, desistido de tudo e de todos. Havia parado de acreditar no amor e o seu mundo era pintado de preto. Isso até Mayara Schiller aparecer e mudar sua vida. Ele não estava esperando por aquilo e ela também n...