E se eu acreditasse!?

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Atenção!

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Amanda

Faz 4 dias que estou nessa casa assustadora, levei 2 dias para fazer uma faxina minimamente descente e mesmo assim há muito que ser feito, a única coisa boa que ela tem é luz elétrica, até mesmo a cama é horrível, muito dura, nessa casa tudo parece está caindo aos pedaços, o encanamento é uma porcaria, o sofá velho ontem quebrou a madeira assim que sentei e eu nem sou tão pesada, a TV aqui tem uma qualidade horrível e só pega um canal, que parecer ter missa 24 horas por dia, talvez seja esse o sinal, o sinal de que eu estou pagando meus pecados aqui, que estou em meu próprio purgatório.

Durante esses 4 dias eu só comi porcarias, coisas que touxe de casa para comer ou da estrada durante minha viagem até aqui, mas já não tenho mais nada o que comer, por isso estou me arrumando, vou até a cidade vizinha comprar algo para abastecer essa casa por um tempo, quem sabe também algumas decorações, colchão decente assim como um sofá, já que vou ter que ficar aqui um bom tempo, eu tenho uma boa reserva guardada, eu iria comprar um carro novo para o idiota do meu ex filha da mãe! não precisar pegar tanto o meu, era no meu carro que aquele babaca fazia suas traições, droga! tenho que evitar esse martírio e esquecê-lo de uma vez, rezando que ele também me esqueça Também.

A cidade mais próxima dessa aberração carinhosamente chamada de meu novo LAR ( lugar Asqueroso Residencial) fica cerca de 18 kms o que deve durar cerca de 15 minutos de carro, uma cidadezinha chamada Esplendor, eu a vi quando vim para esse fim de mundo, sei que eu não posso ficar vagando por aí sem proteção, pois minha cabeça está a prêmio, mas não posso morrer de fome, então tento me disfarçar da melhor forma, óculos escuros e boné que comprei na estrada. Entro no carro e não demora muito logo estou em Esplendor, caminho primeiro até o super mercado e noto durante as compras alguns olhares curioso, seguidos por cochichos, mas não dou importância, pois imagino que essa agitação seja por eu ser novidade nessa pequena cidade, continuo assim por um tempo, até ser abordada por uma senhora que quase me atropela com seu carrinho, ela está com cara de poucos amigos, será que fiz algo que não me recordo? Por que toda essa tensão e raiva direcionadas a mim?

Senhora- Você é mulher que o pastor falou não é? a que mora ao lado do demônio assassino- nesse momento não sei do que mais acho graça, se é em sua abordagem ou por está em um falatório absurda, mas o fato de eu rir dessa loucura a deixa com a cara ainda mais enfezada, então me recomponha.

Amanda- bom dia! Senhora, meu nome é Samantha, não sei do que está falando, acredito está enganada, desculpas se te ofendi rindo, mas foi uma pergunta estranha, no entanto se está se referindo a casa que antes era abandonada do lado leste desta cidade, sou eu sim, prazer em conhecê-la, qual é seu nome?- estico minha mão direita e ela ignora.

Senhora- Fique bem longe de Esplendor, você e seu demônio, vocês não são bem vindos- disse isso virou as costas e saiu rebolando, que mulher mais doida, o povo dessa cidade são uns mal educados, decido então durante minhas compras ignorar os olhares de todos, até mesmo da caixa do super mercado que me olha com raiva, mas como fiz com todos só ignoro. coloco todas as compras no carro, decido ir atrás do meu colchão e do sofá, avisto uma grande loja e não foi difícil escolher os dois, mesmo com aquele olhar estranho novamente, então decido pagar e sair o mais rápido daqui, pois estou começando a ficar com medo dessa cidade, nenhum vendedor havia me ajudado, todos me ignoraram enquanto eu escolhia, mas por fim quando eu já está indo ao caixa pagar, um dos vendedores ousou a cruzar meu caminho.

Vendedor- Senhora, eu estava observando de longe e desculpe! lhe informar, mas não fazemos entregas para o lado leste da cidade, até acho melhor que vá embora todos estão comentando na cidade, somos praticamente um povoado de fanáticos religiosos, sinceramente eu acho essa profecia um monte de idiotice, mas a maior parte dessa cidade acreditam em qualquer coisa- que merda de povo estranho e medroso.

E se eu não for?Onde histórias criam vida. Descubra agora