Amanda
Agora que estou na frente de uma enorme casa, uma casa imponente, na verdade está mais para uma mansão descuidada, parece até abandonada, sua estrutura magnífica, é uma casa tão linda e tão sem vida que chega ser motivo de pena, olho em volta todo o jardim é uma grande bagunça, árvores e muito mato por toda parte, parece até que toda a casa foi esquecida de propósito. Se eu fechar os olhos consigo imaginar essa casa recebendo muitos convidados ricos e elegante, com uma fachada exuberante, será que essa casa já foi tão magnífica como eu penso? Será que realmente eles moram aqui, essa casa de fato pode ser abandona, paro de imaginar respiro fundo e crio a coragem que preciso para bater na porta, afinal quem ele pensa que é para quase arruinar meu jardim?
Toco a campainha uma vez e há uma demora em atender, toco então pela segunda vez e quando percebo que não irão me atender por que devem provavelmente acham que sou alguém de Esplendor, então começo a fazer meu show, me afastei um pouco mais da casa e começo a gritar.
Amanda- SEU IDIOTA, ACHA MESMO QUE EU TEMHO MEDO DE VOCÊ, EU JÁ HAVIA CONCORDADO COM VOCÊ, NÃO PRECISAVA DESTRUIR MEU JARDIM SEU IMBECIL- mesmo gritando não há respostas e eu vou até a porta novamente e começo a bater freneticamente, esse babaca só está me ignorando - NÃO SEJA UM COVARDE, ABRA ESSA...- antes que eu termine a porta é aberta e meu braço é puxado para dentro, foi com tanta força e tão rápido que acabei tropeçando em meus pés, mas não cai, sou praticamente posta contra a parede, mas a casa é tão escura quanto a sua fachada, ele está mais uma vez em minha frente, mas não consigo lhe ver, só consigo sentir sua respiração pesada.
homem- Você é louca? por que está gritando na porta da minha casa? algum carro poderia está passando pela frente- Seu tom de voz é furioso, mas eu também estou zangada.
Amanda- Ontem eu fiz meu pequeno jardim, levei todo dia, tive muito trabalho e você destruiu em segundos- agora ele se afasta um pouco -como você pode fazer isso? eu já havia concordado com o que me pediu-
homem- eu não destruí aquela porcaria de jardim, tomei muito cuidado quando fui a sua casa, provavelmente foi algum animal, eu não faria isso -
Amanda- Talvez esse o animale esteja na minha frete? - ele se aproxima de mim e segura meu braço com força, eu consigo ver seus olhos, eles são verdes azulados, ainda não sei decifrar, mas são os mais bonitos e selvagens que eu já vi, eu me perdi neles e ele não parava de me encarar.
Yasmim- papai?- olhamos para uma pequena no corredor com a iluminação melhor, ela é linda, uma menininha de cabelos encaracolados e olhos iguais o do pai, Deus ela é tão pequena, deve ter 4 ou 5 anos no máximo, o homem em minha frente solta meu braço e olha para a pequena -vocês estão brigando?- o selvagem agora se move em sua direção.
Homem- você acordou meu bem? Ainda é cedo, olha não estávamos brigando, eu só estava lhe dizendo que seu jardim era lindo, ela só veio falar comigo sobre suas flores, mas já está de saída querida- a menina sorri, ela é linda, mas meu foco agora está em seu pai, ele não está de capuz e eu posso ver seu cabelo dourados, ele é um pouco grande, meio desleixado, seus ombros são largos, mas não de uma forma exagerada, ele traja um moletom azul marinho e uma camisa de manga branca.
Yasmim- Ah! não papai deixa ela aqui, ninguém nunca vem aqui- ela faz beicinho e olha para mim.
Homem- não querida! ela já está de saída, não é Amanda?- ele não se vira para mim em momento algum, parece está escondendo seu rosto.
Amanda- É meu bem, eu tenho que ir para descobrir quem fez mal a meu jardim e fazê-lo pagar por isso- falo e eu sei que ele entendeu o recado - mas foi bom te ver princesa, até mais- acenei dano tchau a Yasmim, pois sei que ele está se escondendo de mim, me viro em direção a porta, mas antes de sair Yasmim me surpreende.
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E se eu não for?
RomanceHeitor A morte sempre esteve ao meu lado, não importa o quanto eu tente me esquivar ela não sai dos meus ombros. Meu nome é Heitor tenho 33 anos uma filha que é me milagre Yasmim, tenho uma segunda mãe Izabel, não sei o que seria de mim sem ela, mor...