Amanda
O caminho até o Rio de Janeiro foi um pouco silêncio, não tirava o jeito que Heitor me olhou da mente, eu sei que ele deve está me odiando, imagino até o que ele está pensando, quando comentei com Luan, ele tentou me acalmar, disse que quando a gente se explicasse Heitor entenderia, isso me conforta, espero que realmente seja assim, eu tenho que focar na conversa que teremos com meu pai.
Faz uns vinte minutos que estamos aqui no escritório do meu pai, hoje mal comi nervosa, fizemos duas paradas na estrada e a última já estávamos quase chegando no Rio de Janeiro, mas eu mal comi, me obriguei a comer um pouco, estou muito nervosa, meu final feliz depende dessa conversa com meu pai, só de pensar em perdê-los meu coração se aperta, espero muito que meu pai entenda essa situação, eu quero muito voltar para eles. Luan está sentado em uma poltrona do meu lado, em seu colo tem algumas pastas, acredito que sejam para apresentar ao meu pai, ele está agora foleando uma revista do escritório, como se estivesse ali apenas para uma visita cordial, enquanto eu espremo meus dedos nervosa isso tem piorado com o tempo de espera.
Amanda- Se ele não aceitar e te expulsar? Me mandar para o outro lado do país, eu sei que já sou maior não preciso de sua permisão, mas a liberdade de Heitor depende de mim- Luan abaixa a revista e me olha.
Luan- Eu conheço seu pai, ele não é esse monstro, entendo a preocupação dele, mas se ele não aceitar vocês dois eu vou colocá-los em um carro, arranjar identidades falsas e ele nunca mais verão vocês, eu aposto que Heitor correria esse risco sem pensar duas vezes- Luan fala e pela primeira vez hoje sorriu.
Amanda- Adorei o plano B, eu iria sem medo algum, você não imagina o mal que me faz pensar em perder eles- Luan concorda com a cabeça.
Luan- Você não vai, estou aqui para garantir isso, escuta não fica tão nervosa, você tem que parecer segura para enfrentar seu pai, decidida, ele não pode perceber sua fraqueza- concordo com a cabeça.
Amanda- Seja o que Deus quiser- Luan concorda e volta a ler, eu respiro fundo e tento focar no que eu tenho que dizer a ele, dois minutos depois meu pai abri a porta sem serimonia.
Muniz- Querida soube que já tem um tempo aqui, estava na delegacia resolvendo umas coisas- Meu pai fala mais lentamente quando vê Luan- Luan?- nos levantamos juntos.
Luan- Oi senhor Muniz- Luan vai até ele e aperta sua mão, eu ainda fico parada, meu pai me olha e vem até a mim, me abraça.
Amanda- Oi pai!- retribuo o abraço, apesar da situação eu sentia saudades sua.
Muniz- Senti sua falta querida- ele se afasta senta, faz sinal para que eu e Luan façamos o mesmo, nós obedecemos. - Então Luan, até imagino o que te traz aqui, mas se minha filha já falou contigo sabe o que farei se ela se arriscar em ficar com ele- meu pai olha sério para Luan.
Luan- Eu não vim aqui Muniz tentar te convencer com palavras e sim com provas- ele joga as pastas em cima da mesa, meu pai as pega, mas ainda não parece entender.
Muniz- Luan, não sei o que tem aqui, se é sobre a história de Heitor eu já a conheço bem de mais, olha filho, eu sei que Heitor é seu irmão e acredite eu gosto muito dele, por isso o ajudei todos esses anos, por que acredito em seu caráter, por isso também permitir que minha filha ficasse sobre sua guarda, acredite se a situação fosse outra eu não poderia desejar gênero melhor, pois eu sei do que ele seria capaz de fazer para protegê-la, mas você também sabe o risco que Amanda corre em se envolver com ele, minha filha não será a próxima Clara- meu pai fala e olha para mim, afirmando o que já havia dito por telefone.
Amanda- Pai, desculpa!, mas..- Luan toma a frente e não me deixa terminar.
Luan- Sr. Muniz, essas pastas em suas mãos são prova da outra situação em que você desejaria Heitor como gênero, como acabou de falar- no começo meu pai não entendeu, então ele abriu a primeira pasta e começou a folhear - Heitor não tem mais nenhum inimigo a sua procura, o último Russo rival morreu na cadeia há ontém como poderá ver na pasta seguinte, você sabe que sou um investigador e tenho investigado isso por meses, se olhar bem cada folha tem uma data- meu pai continua a ler.
Amanda- Pai, sei que para você não deve ser muito, mas eu o amo, sei que mesmo que Heitor estivesse correndo perigo, ele faria de tudo para me salvar, assim como você o falou, assim como ele já fez- meu pai olha para nós dois.
Muniz- Luan, eu conheço seu trabalho, sei que costuma ser impecável, seus serviços são muito requisitados, mas eu preciso de pelo menos 24 horas para verificar isso tudo, se for verdade filha, não me oporei sua felicidade, mas se ainda houver riscos não posso arriscar filha, eu te amo- meu pai fala emocionado, vou até ele o abraço ainda sentado, beijo sua cabeça.
Amanda- Eu também te amo pai, mas eu encontrei minha família, você se lembra quando eu dizia que não queria nenhuma, pois eu não desejava até os encontrar, se me separar deles estará arrancando uma parte de mim, nesse momento sinto que estou aqui só pela metade, eu tenho uma filha, você uma neta, eu tenho um homem que me ama e me provou diversas vezes, você tem um gênero incrível, sem mencionar Bel que virou uma mãezona, então pai tudo o que eu te pesso é que não me afaste deles- digo choro ainda abraçada ao meu pai, ele ergue a cabeça para me olhar e eu me afasto mais
Muniz- Filha eu sei, Heitor sempre foi como um filho pata mim, desde pequeno quando eu ajudei no caso dos seus pais, ele é um bom garoto, mas eu tenho que investigar-
Luan- Trato feito, você tem 24 horas, todas as pastas estão aí, tudo que precisa saber, vou me manter de longe para não interferir na investigação, mas se houver qualquer dúvida estarei a disposição- eu pai se levanta, Luan também, aperto as mãos.
Muniz- Trato feito, filho estou torcendo muito mesmo para que tudo aqui seja válido, minha filha merece ser feliz, Heitor também- Eles soltam as mãos.
Luan- Pode ficar tranquilo, assim será- Luan está confiante, vem até a mim. -Vamos Amanda você precisa descansar, concorda com a cabeça, no caminho para cá havíamos decidido ficar em um hotel próximo, não sabíamos a reação do meu pai.
Muniz- Para onde vocês vão?
Amanda- Um hotel pai- ele fecha a cara e caminham em nossa direção.
Muniz- não vão não, isso me ofende, essa casa é sua filha, vou mostrá-los agora o quarto de hóspedes para Luan e você pode ficar no seu filha, mas antes não querem comer algo? posso pedir- eu estou exausta, mas aliviada pela possibilidade de tudo dá certo e meu pai deixar eu seguir minha vida com o homem que eu amo.
Amanda- Estou cansada pai, só quero um banho e dormi-
Luan- Eu digo o mesmo senhor- meu pai concorda com a cabeça.
Muniz- Amanda você sabe onde é o seu quarto, pode ir, aquelas malas são suas?- concordo com a cabeça. - então escolha uma roupa e eu levo depois, Luan me siga vou te mostrar o quanto de hóspedes-
Faço o que, meu pai mandou, vou para meu antigo quarto, ele ainda está do mesmo jeito para minha surpresa, tantos anos depois e parece que foi ontem que saí daqui, tomo banho troco de roupa por um pijama confortável e me deito, vejo meu pai abrir a porta, me sento sonolenta.
Amanda- Oi pai- ele senta na cama e beija minha cabeça.
Muniz- Filha só quero de dizer eu nunca me opus a sua felicidade, pelo contrário eu quero também, pois sua felicidade é a minha, desculpa filha pelas atitudes do seu velho, só quero te proteger, sei que faria o mesmo com Yasmim- pior que ele tem razão.
Amanda- Eu te entendo pai, mas espero que saiba o quão felizes eles me fazem, não me afaste deles- ele beija minha cabeça mais uma vez, ignora minha súplica e vai em direção a porta.
Muniz- Boa noite! filha- tudo que diz, cruza a porta e vai embora, me deito novamente e não demoro a dormir, o cansaço é maior, mas dormir me faz bem, pois sonho com eles e sou inteira novamente, com nosso quarteto invisível.
VOCÊ ESTÁ LENDO
E se eu não for?
RomansaHeitor A morte sempre esteve ao meu lado, não importa o quanto eu tente me esquivar ela não sai dos meus ombros. Meu nome é Heitor tenho 33 anos uma filha que é me milagre Yasmim, tenho uma segunda mãe Izabel, não sei o que seria de mim sem ela, mor...