E se eu morresse agora?

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Amanda

Começo a me debater achando que é o meu fim, mas a mão que me pressiona não aperta o suficiente para machucar ou tapa minha respiração, parece só querer me conter, estou assustada por que percebo que o homem que usa um capote e um capuz branco não é Miguel, é um homem muito mais forte que ele, mas não é ele, esse homem em minha frente agora me encara, mas não posso ver seu rosto, ele está contra a luz da janela no lado oposto de mim.

Homem- Só quero conversar, não vou te machucar, sei que não irá gritar até por que moro aqui e sei ninguém viria aqui lhe salvar, vou te soltar e vamos conversar ok?- a primeira coisa que penso é em sua voz, ela é muito grossa e sexy, mas não me impõe medo e só após pensar bem no que ele disse eu fico chocada, agora que caiu minha ficha ele é o meu vizinho, o cara que meu pai mandou que eu evitasse, talvez agora eu entenda por que, ele é um pouco forte de mais para um velho, mas com certeza é meu vizinho, o que ele faz aqui uma hora dessa em minha casa? Droga! isso não pode ser nada bom, assim que ele me libera me sento na cama e tenta respirar com mais calma, já ele se levanta, agora mais calma ele ainda me encaro e eu descido me levantar da cama e ir para mais longe dele, estou vulnerável.

Amanda- Quem é você? o que faz aqui na minha casa a essa hora da noite?- Ele começa a caminhar pelo quarto e parece saber por onde ir, pois não consigo ver seu rosto, a luz ainda está apagada, ele demora um pouco a me responder.

Homem- Você a viu?- ele parece agitado e nervoso.

Amanda- vi quem?- ele parece não querer responder, no entanto não ver outra alternativa.

Homem- a garota- merda ele descobriu, não sei o que digo, afinal posso encrencar a garotinha e a mim - ela me disse que conversou como você hoje, ela me disse isso no jantar, parecia não querer dizer, mas ela se encantou com as flores coloridas que você estava plantando e aparentemente com você- merda ela nos dedurou.

Amanda- tá bom, eu não vi nada além dos seus pezinhos atrás da cerca, então se está pensando em me matar, não faça, eu não sei de nada- ele gargalha alto, sua risada é muito bonitas assim como sua rouca voz, paro de pensar em algo tão absurdo, estou prestes a morrer e minha mente acha beleza nesse homem que esconde nas sombras.

Homem- Você também acha que sou um assassino? Ótimo é bom que pense assim, mas estou curioso, o que você veio fazer tão longe de casa Amanda?- ele sabe meu nome? E onde eu morava? estou chocada, surpresa e ele percebe, nem preciso lhe perguntar - Eu conheci seu pai, da ultima vez que esteve aqui bateu em minha porta e tivemos uma longa conversa, por isso imaginei que era a filha dele, Amanda- que merda, meu pai o conhecia e mandou eu ficar longe dele, o que quer dizer que ele pode ser perigoso, olho para o lado, a janela do meu quarto está entre aberta e decido muda de assunto, não quero que ele saiba nada mais sobre mim.

Amanda- como você conseguiu pular dessa altura?-

Homem- não foi nem um pouco difícil, sei que ninguém se atreveria a vim para esses lados, mas nunca se sabe, é bom tomar mais cuidado- eu já estou impaciente ainda não vi seu rosto.

Amanda- Posso te ver?- foi quase um sussurro e ele deu um passo para trás.

Homem- não, eu só vim aqui te dar um recado, não quero que se aproxime da minha filha, não quero que nunca em sua vida diga a alguém que tem uma criança mora em minha casa, eles a levariam de mim, não posso permitir isso, preciso que me dê sua palavra- ele agora se contrai, parece sofrer com a hipótese, mas logo volta a si - caso isso aconteça irá arca com as consequências-

Amanda- sei que não irá me dizer o seu nome, por isso descobrirei por conta própria, mas amigão deixa eu te dizer uma coisa, estou farta de ser ameaçada por macho, cansada dessa idiotice de me esconder, mas quanto a criança não se preocupe, nunca falarei nada sobre a Yasmim, não por causa de suas ameaças e sim por que ela é uma fofa, por isso nunca faria nada contra ela, assim como não falarei com ninguém sobre vocês, eu não faria nada para separar uma família- ele fica calado algum tempo, passa a mão sobre o capus e o puxa mais para frente, que se esconder de mim, será que tem cicatrizes?

homem- Agora entendi, você é uma fugitiva, não dá lei, mas de alguém!- ele afirma e parece se divertir com isso- consigo ver seus dentes brilharem no escuro, filho da puta acha graça.

Amanda- isso não é da sua conta, fica longe do meu caminho e eu farei o mesmo, nunca mais pule minha janela, se um dia tiver algo a me dizer, bata na porta como qualquer pessoa normal- ele sorriu alto mais uma vez.

Homem- Se você for esperta saberá que eu não sou normal, por que você acha que as pessoas não querem vim para esse lado da cidade? Acredite eu sou a razão- dizendo isso ele se foi do mesmo jeito que entrou em minha casa pela janela e eu não consegui ver seu rosto. após alguns segundos de choque, corro até a janela e a tranco, olho pelo vidro e está muito escuro lá fora, não consigo lhe ver mais.

Droga! droga! droga! como ele sabia que esse era meu quarto? ele simplesmente entrou e me esperou na porta? O que aconteceu aqui? Essa de longe foi a coisa mais bizarra que me aconteceu, todo o sono que eu tinha há minutos atrás desapareceu e eu estou agora deitada na cama sem saber o que pensar, talvez seja melhor eu só ir embora daqui, sair sem destino apenas, hoje quando eu acordei achei que meu dia seria maravilhoso, mas parece que no meio do caminho tudo deu errado e agora eu estou assustada, após mil pensamentos não sei em que momento mas acabei adormecendo.

Acordo na manhã seguinte e demoro de me levantar da cama, meu primeiros pensamentos foi no que aconteceu ontem? por que meu vizinho está escondendo que tem uma filha? por que eu não consegui ver seu rosto? quer saber é melhor eu fingir que nada aconteceu e seguir com minha vida como se o ontem não houvesse existido.

Quando enfim me levanto, desço as escadas e faço meu café da manhã, observo pela janela da cozinha que o sol lá fora está quente, então decido molhar logo minhas plantinhas, assim elas ficaram mais frescas ao decorrer do dia, assim que término meu café da manhã vou para fora, levando um pequeno balde com água, lembrete tenho que comprar uma mangueira grande, talvez hoje ainda se meu humor melhorar para lhe dar com aquele povo de Esplendor, assim que me aproximo do Jardim, quase tenho um ataque cardíaco, quase toda a metade do meu jardim está destruído, tem muda de rosas por todo o lado, acabaram com as tulipas e com as rosas, esse foi um ato de maldade, eu tive tanto trabalho para fazer meu pequeno jardim e o inferno é que eu sei quem fez isso, o louco da casa ao lado, Ah! mas ele vai me ouvir, largo o balde no chão e vou furiosa na casa do meu vizinho, doida matar aquele idiota.

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Amigas suas loucas! Vim aqui só pedir que não parem de acompanhar essa história incrível, acreditem quanto mais eu escrevo mais fico louca por esses dois, não deu pra revisar antes de publicar.

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Me deem estrelinhas⭐️⭐️⭐️

beijus até a próxima. 👄

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