"Dedo podre"

823 100 15
                                    


POV RAFAELLA

Flay começou a falar em disparado depois que Gizelly saiu do quarto, começou o questionar o que ela fazia ali e disse que não tinha simpatizado com ela. Flay tinha o gênio forte da irmã e às vezes eu me pegava explicando as coisas como se ela fosse minha esposa.

-Flay, você deveria parar de agir como se fosse a mãe, ela já morreu. – Manu resmungava enquanto arrumava o cabelo. – Pode deixar que vou descer com Rafa, não preciso da sua ajuda.

-Se você parasse de agir como criança. – Manu e Flay eram como óleo e agua, era um caos quando as duas começavam a brigar.

-Ninguém te chamou aqui! – Manu berrou para irmã.

-Deixa de ser infantil e vamos descer logo, a Mari já deve ter chegado. – Flay disse com neutralidade e eu a encarei com as sobrancelhas espremidas.

-O que essa mulher está fazendo na minha casa? – Flay me olhou como se eu perguntasse a coisa mais obvia do mundo.

-Eu não a convidei Rafa. – Manu tratou logo de tirar o dela da reta.

-Fui eu quem a chamei. – Flay respondeu não dando importância.

-Mas é a minha casa, e eu não gosto da presença dela aqui. – Já estava com a voz alterada, e naquela hora me lembrei do comprovante de deposito que ache nas coisas de Bianca. –Vou resolver isso agora.

Desci as escadas quase sem enxergar nada, eu me lembro de cada palavra que escutei da boca dessa mulher quando ela descobriu meu relacionamento com Bianca, foram muitos meses com ela perturbando nosso relacionamento, e eu já deixei claro que a presença dela em minha casa era inaceitável, mesmo Bianca mantendo contato com ela, com a desculpa que ela esteve ao lado dela e das irmãs quando os pais morreram. 

Quando cheguei à área da piscina meus olhos foram diretamente aonde Bianca e Mariana estavam, caminhei com passos duros em direção a eles quando Tato entrou em meu caminho.

-Rafa, calma! – Renato falou próximo ao meu ouvido. – Não faça nenhuma cena, todos os seus funcionários estão aqui.

-Eu só quero saber o que essa mulher está fazendo aqui! – Eu disse entre os dentes. – E eu quero saber o que Bianca ainda quer com ela, depois de tudo o que passamos.

-Eu sei que você a detesta, mas é a festa de Manu. – Respirei fundo e sabia que se eu fizesse cena ali, amanhã RK estaria nos sites de fofoca. – Vamos beber alguma coisa, e você tenta relaxar um pouco.

-Se eu ingerir álcool vai ser pior, pois não responderei por mim. – Tato sorriu de lado.

-O papai está ali conversando com a Gi, vamos até eles. – Meu pai me olhava apreensivo do outro lado da piscina e Gizelly estava ao lado dele sem saber o que estava acontecendo. – Pois é o velho já está lá enchendo a cabeça da futura nora dele.

-Eu não vou repetir sobre suas gracinhas com as minhas funcionarias.

Meu sangue ferveu ao ouvir Renato dizer aquilo, será que era ciúmes? Ele sempre brincava dessa forma, mas era a primeira vez que de fato me afetava. Só de imaginar Gizelly nos braços de Renato eu sentia uma coisa estranha no peito.

-É só uma brincadeira maninha. – Renato me cutucou na cintura e fomos de encontro ao meu pai e Gizelly.

Minha mãe havia se juntado ao lado do meu pai e Gizelly, e ambos me olhavam com um olhar preocupado, me aproximei para conforta-los de que eu não faria nada sem pensar.

-Está tudo bem minha filha? – Minha mãe se aproximou e me abraçou.

-Não, mas não vou deixar essa mulher estragar a festa de Manu. –Gizelly olhava atenta a nossa conversa, e Renato se aproximou dela dizendo que estava tudo bem.

A única exceção (Girafa Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora