Você é covarde!

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*Esse capítulo tem uma quebra de tempo, vou sinalizar quando acontecer*

POV GIZELLY

Renato e Flavina sairam apressados para a delegacia, eu estava assustada, não pode ser possível que Rafaella pagaria pelos crimes de Bianca, preciso ver isso de perto, avisei Maria Amélia que eu precisava resolver um problema, ela me liberou e eu juntei minhas coisas saindo.

Estava saindo e Manu me ligou dizendo que a irmã dela estava indo pra casa e que ela conseguiu pegar a agenda onde estava anotado todos os clientes e informações necessárias para incriminá-la.

-Entra no carro Gizelly — Felipe parou ao meu lado e meu coração gelou.

-Felipe eu preciso ir trabalhar.

-Anda Gizelly, Bianca precisa te ver. — Ele disse firme e eu entrei no carro, com medo.

-O que ela quer? — Perguntei receosa.

-Você sabe, a casa está caindo e ela precisa de uma segurança.

Felipe tinha um sorrisinho de lado e meu coração apertou. Ele dirigia feito um louco pelas avenidas e rapidamente estacionava na garagem da casa de Rafaella. Desci do carro com certo receio e Bianca me aguardava na entrada.

-Até que enfim Felipe, já não basta o prejuízo. —Bianca disse raivosa e Felipe encolheu os ombros. — Gizelly, eu vou falar só uma vez, pra quem você contou sobre o que sabe.

-P..pra ninguém Bianca. —Gaguejei, eu estava com medo da mulher na minha frente.

-O que Rafaella fazia em sua casa? — Ela se aproximou e me segurou pelo braço.

-Ela foi pedir que eu me afastasse de Manu. — Falei tentando me controlar. —Bia, Rafaella e eu não temos mais nada e você sabe disso.

-Eu não sei até que ponto confiar em você. —Ela falava com raiva. — Mas eu vou te dar mais uma chance de se redimir, você vai dizer pra polícia que foi você quem apresentou a garota para o deputado.

-O que? - Perguntei assustada.

-O que você ouviu. — Bianca me puxou pelo braço e me levou até o carro. — Você vai dar uma declaração assumindo toda a culpa.

-Bianca, eu não posso fazer isso.

-Não só pode como, vai. — Felipe se sentou ao meu lado e levantou a camisa mostrando uma parte do revólver. — Você não tem opção Gizelly.

-Eu te avisei que eu seria sua melhor opção. — Felipe passou o braço pelo meu pescoço e sorriu.

Meu coração batia descompassado, meu medo não era ter que assumir a culpa, tinha medo do que Bianca poderia fazer comigo. Não faço a menor ideia de onde eles estavam me levando e eu rezava pra que Manu desconfiasse onde eu estava.

-Mê dá o seu celular. — Bianca pediu impaciente. —Saiba que ninguém atrapalha meu planos Gizelly, nada fica no meu caminho, e infelizmente vou te usar como escudo.

-Mari me deixe no hotel, Felipe você acompanha ela até a delegacia. — Bianca dava as ordens. — Certifique que ela irá dizer tudo o que combinamos.

Felipe concordou e em poucos minutos Mariana deixou Bianca em um hotel e me levou para a delegacia. Felipe o tempo todo fazia graça ao meu lado e fazia com que eu lembrasse que ele estava armado.

POV RAFAELLA

Quando Jaqueline disse que Bianca saiu com Gizelly, minha vontade era de resolver esse problema com as minhas próprias mãos, minha vontade era de matar Bianca. Ela me enganou, me traiu e ainda fez com que eu não acreditasse em Gizelly, isso era o que mais me deixava nervosa com ela.

-Rafa, Gizelly está na sala ao lado. — Renato entrou na sala. — Ela está confessando.

-O que? — Perguntei e sai apressada.

-Rafa, você não pode ir até lá. — Tato tentou me impedir. —Calma, se você ir até lá pode arruinar as coisas.

-Mas ela pode levar a culpa por algo que não fez, Renato. — Suspirei irritada.

-Você esqueceu mesmo que a Gi nunca foi a mocinha indefesa? —Tato se sentou ao meu lado. — Ela não é boba Rafa, Jaque só está esperando o momento certo pra colocar Bianca na cadeia.

-Mas eu preciso me desculpar, Tato. — Eu torcia pra Gizelly querer me desculpar.

-Ela vai te ouvir, mas vamos esperar aqui.

O tempo passava e nada de Gizelly aparecer, um dos policiais disse que Felipe estava a aguardando no carro no lado de fora, e estava sendo monitorado. Se não fosse pelo meu irmão eu teria ido até lá e acabado com a raça dele. Depois de um tempo aguardando por respostas, vi Gizelly entre a persiana saindo acompanhada de Jaqueline.

-Gi? — Sai rapidamente a chamei. — Será que podemos conversar?

Gizelly me encarou com raiva, os olhos estavam vermelhos e cenas da nossa última noite vinham à minha mente.

-Não, nós não podemos. — Ela se virou de frente a mim. — Não sou alguém que você usa e simplesmente descarta, eu fiz o que fiz, pois eu sinto que era o certo, mas nós duas jamais vai acontecer novamente Rafaella.

-Gizelly, me perdoa? —Eu tinha o choro preso na garganta.

-Me dê licença, nós não temos mais nada para conversar. —Gizelly saiu sem ao menos olhar para trás.

({...} quebra no tempo)

Estava deitada dentro da banheira, a água já estava fria e a única coisa que estava quente era o sabor do uísque que descia queimando minha garganta. Não sei que horas eram e muito menos o dia da semana, e não fazia questão de saber também. Ouvi vozes alteradas no andar de baixo, mas eu não me movi para saber do que se tratava.

-Rafaella? — Kelly entrou com cautela. — Tato está lá embaixo.

-Não estou pra ninguém. — Respondi, me emergindo dentro da banheira.

-Até quando RAFAELLA? — Meu irmão entrou em meu quarto furioso. —-Até quando você vai ficar se martirizando pelas suas próprias atitudes?

-Renato saia, por favor. — Falei suspirando.

-A sua empresa precisa de você, seus pais precisam de você. — Ele se sentou ao meu lado. — Eu preciso de você.

-Ninguém precisa de mim, Tato. — Tombei a cabeça para o lado e o encarei. —Eu faço tudo errado sempre.

-Rafaella, não venha com papo de pobre coitada. — Meu irmão estava irritado. — Já se passaram meses, você nem ao menos tentou procurá-la. Agora fica aí esperando que as pessoas sintam pena de você, todos os dias eu tenho que inventar uma desculpa para a mamãe, já que você nunca mais foi vê-la no hospital.

-Ela está bem, eu ligo toda semana. —Respondi calmamente.

-Você é covarde! — Renato se levantou irritado. — Depois de tudo que Gizelly fez por você, você nem ao menos foi mulher o suficiente para agradecer, desistiu no primeiro não.

As palavras de Renato atingiram em cheio, ele tinha razão, depois de tudo o que passamos eu simplesmente deixei que ela escapasse sem ao menos tentar. Eu sou covarde e a única coisa que me resta é ter pena de mim mesma.

-Hoje é o lançamento da coleção de verão delas. —Renato deixou um convite em cima do mármore da pia. — Manu gostaria de ver você lá.

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Etaaaaaaaa
Eu não ia postar, mas depois da live vem o surto!!!!
Vem aí demais!!??
Gizelly tá uma deusa na festa da Marcela 😍😍😍😍😍
Deu pra entender a quebra de tempo????

A única exceção (Girafa Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora