Foi por impulso

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POV GIZELLY

A água fria caia em minhas costas e minha mente fervilhava no que tinha acabado de acontecer. O sabor da boca de Rafaella ainda estava na minha e meu corpo inteiro estava tremulo. O que mais me assustava é que eu gostei do beijo e não conseguia arar de pensar nele.

-GI, CHEGUEI. – Tais gritou da sala e eu desliguei o chuveiro. –Tá no banho?

-Estou. – Respondi me enrolando no roupão. – Já estou saindo.

Sai do banheiro e Tais estava jogada na minha cama mexendo no celular.

-Nossa estou exausta. – Fui até o armário procurar o que vestir antes de sentar e conversar com Tais. – Achei que chegaria a tempo de buscar você, mas me atrasei toda.

-Está tudo bem, vim de carona. – Tais se ajeitou na cama e me lançou aquele olhar desconfiado.

-O que você aprontou nessa festa? – Ela me conhecia melhor do que ninguém. – Essa sua carinha ai não me engana.

-Nem sei por onde começar. – Vesti uma blusa qualquer e coloquei uma calcinha de dormir. – Nessa festa aconteceu de tudo.

-Pois pode ir me contando do inicio. – Me joguei na cama de bruços e comecei a narrar os acontecidos da festa.

Contei tudo, contei como Manu ficou bêbada, contei que conheci Ivy, contei a chegada de Mariana na festa e que Tato impediu Rafaella de fazer confusão. Quando contei que Ivy tentou me beijar ela ficou chocada e disse que ela não me deixaria em paz, também mencionei como os pais de Rafa eram incríveis e que amei conhecê-los.

-Já está intima dos pais de Renato. – Ela debochou de mim e com certeza não fazia ideia do que eu contaria.

-Tem mais uma coisa, sabe quando eu disse que vim de carona? – Tais me encarou curiosa e respirei antes de falar.

-Fala logo! – Ela bateu palminhas e eu contei que Rafa insistiu em me trazer em casa e as caras que ela fazia eram engraçadas, contei nosso dialogo no trajeto até o momento em que ela me deixou na porta do prédio e que eu esqueci meu celular no carro. - E ai? Como você sabe que esqueceu no carro dela?

-Por que ela veio trazer. – Estava fazendo rodeios antes de contar de uma vez o que tinha acontecido.

-Gizelly para de fazer essa cara de cínica e me conta logo. – Tais odiava quando eu fazia isso.

-Ela me beijou!

-O QUE? – Ela deu um pulo na cama ficando de joelhos e levou a mão na boca espantada. – A chefona te beijou e você fez o que?

-Eu retribui. – Minha voz saiu em um fio e Tais tinha aquele olhar de incredulidade.

-Eu não acredito. – Nem eu mesmo acreditava que eu tinha feito isso. – E ai? O que rolou depois?

-Ela foi embora, dizendo que não devia ter feito isso. – Tinha certo desanimo na minha voz.

-Meu Deus Gi, são muitas informações. – Concordei com a cabeça e ela me puxou pra deitar em seu colo. – E como você está se sentindo?

- Eu não sei ao certo, parte de mim está confusa, pois jamais imaginei Rafaella me agarrando na porta do meu apartamento. – Não sei como falaria que Rafa sair repentinamente tinha me chateada.

-Você gostou do beijo? – Sem duvidas era um dos melhores beijos em que eu já beijei, mas apenas balancei a cabeça confirmando que sim. –Então você não gostou dela ter saído sem ter conversado.

A única exceção (Girafa Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora