Vem comigo!

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POV GIZELLY


Eu estava nas nuvens por saber que Marilia iria se apresentar hoje à noite, quando Rafaella se ofereceu pra ir comigo meu coração bateu forte e descompassado. Trabalhei o dia inteiro empolgada e rezando para que Rafa não tivesse desistido, pois nosso dia foi puxado. No fim do expediente fui até ela e perguntei se ainda estava de pé e ela disse que sim, apesar de estar visivelmente cansada ela combinou comigo o horário que iriamos sair.

Cheguei ao quarto que dividia com as meninas e as convidei, mas ambas estavam desanimadas e não quiseram ir. Dani me perguntou se mais alguém da equipe iria, eu disse que ainda não sabia e omiti que Rafaella ia comigo, não queria dar motivo para as pessoas falarem algo que prejudicasse Rafa ou a mim. Comecei a me arrumar e não demorei muito, queria chegar cedo ao local e poder curtir um pouco antes da apresentação. Coloquei um jeans rasgado e cropped branco e sandalias, deixei meus cabelos soltos e caprichei na make.

-Uau Gi, você está um ARRAZO! – Dani  disse assim que sai do banheiro. – Queria ter esse pique, mas eu hoje eu só quero cama.

-Está linda mesmo. –Laís estava jogando no celular e parou pra me elogiar. – Gizelly de fato é muito animada, ainda mais depois de hoje.

-Obrigada meninas! Estou cansada sim, mas Marilia é uma das minhas cantoras favoritas então não tem como perder. –Coloquei os brincos e peguei minha bolsa.

-Tem razão, então se divirta por nós e cuidado ein. – Dani me recomendou e eu acenei com a cabeça. – E curta a noite, quem sabe você não descola umagroboy por ai.

-Quem sabe. – Peguei meu celular que estava carregando e joguei um beijo para as meninas. – Até mais.

Rafaella tinha me enviado uma mensagem dizendo que estava no bar do hotel e a cada andar que o elevador descia meu coração batia mais rápido. Ela estava bebendo algo quando colocou os olhos em mim, o sorriso dela já dizia tudo, mas mesmo assim ela me cobriu de elogios. Ela também estava incrivelmente linda, de calça jeans e jaqueta com uma camiseta branca por dentro, os cabelos estavam soltos e a maquiagem realçava os traços de seu rosto.

-Vamos? – Saímos do hotel e já entramos em um taxi.

Sou aquele tipo de pessoa que quando gosta de algo pesquisa tudo sobre, e com a minha cantora favorita não seria diferente. Rafaella já devia estar enjoada de tanto que eu falei, mas mesmo assim ela me ouvia com atenção e parecia que me escutaria pelo resto da noite. Ela não deixou que eu pagasse o taxi, mesmo eu reclamando e dizendo que ela já tinha feito um favor me acompanhando, ela queria pagar a minha entrada, mas eu não deixei de jeito nenhum.

A apresentação era em casa de shows mais reservada, e o local estava bem movimentado. Entramos e logo nos aproximamos do balcão pedindo nossos drinks, Rafaella pedou vinho e eu quis experimentar um drink de cereja. Mandei uma selfie para Tais e ela ficou eufórico quando eu contei onde estava. Guardei o celular e começamos um papo agradável, era interessante como nós duas tínhamos tanta coisa em comum. Passaríamos horas ali conversando e tenho certeza que o assunto não acabaria. Ela falava algo sobre o ela e o pai gostarem de cavalos, quando um rapaz se aproximou e me chamou pra dançar, aquilo me deixou extremamente irritada, pois ele tinha interrompido Rafaella Gentilmente eu disse que estava acompanha e ela sorriu com aquele sorriso que me derrete por dentro.

-Vamos pra frente do palco, o show vai começar. – Peguei ela pela mão e sai puxando ela pelo meio da multidão.

A galera se juntou de frente ao palco e o espaço foi ficando curto, me posicionei em frente à Rafaella e Marilia entrou no palco cantando "Todo mundo vai sofrer". Eu cantava, dançava e curtia, era uma sensação incrível, mas eu sentia que faltava algo, eu queria Rafaella mais próxima a mim e como se ela ouvisse meus pensamentos suas mãos foram parar em minha cintura, deixando meu corpo inteiro em completa eletricidade. No palco as batidas da minha musica favorita me envolvia e Rafa me puxou mais pra ela enquanto dançávamos praticamente coladas. O beijo que Rafaella havia me dado na porta do meu apartamento estava vivo em minha mente todos os dias, eu até tentei tira-lo da mente, mas foi praticamente impossível e o que eu mais queria naquela noite era que ele se repetisse. Deitei o pescoço de lado e cantava o refrão da musica e Rafaella  deitou o queixo em meu ombro.

Eu só queria entender seus pensamentos
E o que realmente 'tá rolando
E o que te faz fugir de mim
Te juro, estou tentando ler seus olhos
Mas percebo que disfarça
E não consegue me encararSenta aqui um pouco, sem ter pressa
Conta tudo, a hora é essa
Fala o que tem pra falar
Não é que eu 'to querendo do meu jeito
Eu me ajeito no seu jeito
Basta a gente conversarVocê diz que nãoE eu acho que simVocê não se entrega
Seu medo te cerca
Te pega e te joga pra longe de mim


-Vem comigo. – Rafaella não disse mais nada apenas me puxou pela mão e eu a segui pelo meio da galera.

Meu coração batia descompassado e quando chegamos a uma parte mais reservada da boate, Rafaella me encostou na parede e se posicionou em minha frente com os olhos fixos no meu como se pedisse permissão para acontecer o que nós duas tanto queríamos. Eu não esperei mais e passei minhas mãos pelo seu pescoço trazendo seu rosto mais próximo para que nossas bocas se encontrassem em um beijo que meu deixava fora de orbita.

Eu dei passagem e sua língua invadiu minha boca com perfeita sintonia. Nossas línguas dançavam juntas e as mãos dela apertavam minha cintura de forma intensa. O beijo ficava cada vez mais intenso e minha excitação aumentava e pedia mais, minha razão já não existia mais e eu nem queria pensar no que aconteceria na manhã seguinte. Minhas unhas entravam nos cabelos macios de Rafaella e cada vez ela me puxava pra si como se nós duas fundíssimos em uma pessoa só. O ar faltou e ela desceu os beijos para o meu pescoço me fazendo suspirar, sua boa percorria toda extensão da minha mandíbula e os seus dentes deixavam aquela dorzinha gostosa quando cravavam em minha pele.

As mãos dela foram para em minha bunda e os beijos agora eram distribuídos em meu colo, e intercalavam com a minha boca. Uma das mãos subiu para o meu cropped e um fio de sanidade acendeu em minha mente impedindo que ela continuasse o contato.

-Não me faz parar agora. – Ela pediu quase chorando e eu sorri com isso.

-Aqui não. – Eu precisava me controlar, pois facilmente levaria ela para uma das cabines do banheiro e faríamos ali mesmo o que nós duas tanto queríamos.

-Vamos sair daqui então. – Mas antes ela voltou a capturar meus lábios em um beijo avassalador.

Rafaella não me soltava hora nenhuma, trocamos mais alguns beijos enquanto esperávamos o taxi. Dentro do carro não era diferente, mas eu tentava me conter, pois o motorista bigodudo não tirava os olhos da gente.

-Rafaella, para! – Falei baixinho enquanto ela me puxava para o seu colo. – Não estamos sozinhas.

-Ele tá de olho no transito. - Ela deu um sorriso safado e puxava meu rosto para mais um beijo.

-Eu to falando serio.

-Ok, parei. – Ela se ajeitou no banco e se aproximou do meu ouvido. – Eu não consigo me controlar quando você está por perto.

-Boba.

O taxi já estava na rua do hotel, e um sentimento estranho foi me dominando, eu sabia que aquilo era errado. Eu estava louca de desejo por Rafaella, mas eu não podia prosseguir com aquilo.

POV RAFAELLA

Depois que Gizelly me repreendeu eu tentei me controlar, mas era quase impossível. Ela era linda demais e o beijo dela me deixava entorpecida e completamente viciada. O taxista encostou em frente ao nosso hotel e enquanto eu pagava o motorista Gizelly se encaminhava para a entrada. Desci do carro rapidamente e a alcancei chamando o elevador.

-Gi? O que aconteceu? – O elevador se abriu eu tentei me aproximar dela.

-Rafaella, isso é errado. – Não acredito, ela estava arrependida. – Não devíamos ter feito isso.

-Ainda não fizemos nada Gizelly. – Estávamos sozinhas dentro do elevador e segurei seu rosto entre as mãos. – Eu quero tanto quanto você quer.

-Mas isso não pode acontecer. – Gizelly não me olhava nos olhos e eu tinha que pensar rápido.

-Tudo bem, mas olha pra mim e fala que você não quer, ai eu te deixo ir para o seu quarto. – Ela me olhou, mas não disse nada e ali foi minha deixa para encaixar nossas línguas em um novo beijo.

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Me poupe, quer enganar quem? Logico que você quer! As duas qurem!

A única exceção (Girafa Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora