POV GIZELLY
Meu dia na RK tinha sido produtivo, mas bem exaustivo, consegui cumpri todas as tarefas do dia e então comecei a editar as fotos da campanha de sapatos. Manu precisou ir embora mais cedo e eu fiquei no estúdio, nem vi as horas passando e eu estava tão concentrada que me assustei com o toque do meu celular.
-Alô? – Atendi sem olhar direito quem era.
-Gi, por favor, não desliga. – A voz desesperada de Felipe me despertou uma irritação. – Me escuta, por favor.
-O que você quer Felipe? Não basta o showzinho que você deu ontem? – Falei nervosa e comecei a juntar minhas coisas.
-Gi, você sabe que sou fraco pra bebidas. – Ele dizia com uma voz melosa que estava me dando nos nervos. – Vamos nos encontrar? Só quero conversar com você!
-Felipe não tenho nada mais pra falar com você. – Felipe conseguia me tirar do sério.
-Amor, a gente pode esquecer tudo que aconteceu e tentar novamente. – Ele só podia estar louco, apertei o botão do elevador irritada.
-Isso é piada né? – As portas se abriram e Rafella estava dentro da caixa metálica e por algum motivo senti um frio na barriga. – Tchau Felipe e, por favor, não me perturbe mais.
-Boa noite senhorita Bicalho. –Rafaella tinha um sorriso amistoso nos lábios.
-Boa noite Rafaella. – Felipe ligou novamente e eu ignorei a chamada.
-Problemas? – Ela questionou e eu suspirei cansada.
-Só uma pessoa inconveniente que não me dá sossego. – Eu me resolveria com Felipe depois.
-Entendo. –o Elevador parou no térreo e eu senti sua mão em meu ombro quando eu fiz menção de sair.
-Você precisa de carona? - O toque em meu obro me deixou completamente sem jeito.
-Não se preocupe, posso pegar um uber. – A proximidade de Rafaella estava me deixando estranhamente nervosa.
-Vem, eu te levo. – Ela disse firme e parecia mais uma ordem sem direito de contestar.
Descemos até a garagem do prédio e ela acionou o alarme de uma BMW branca, era um carro lindo e confesso que estava empolgada pra andar naquele carrão.
-Belo carro. – Eu disse assim que entramos e passei o cinto.
-Esse é a minha paixão. – Ela disse com um ar de devoção e alisou o volante. – Você gosta de carros?
-Sempre gostei. – Ela me olhou e sorriu.
Ela acabou mudando de assunto e começamos a conversar sobre a RK, ela me perguntou o que eu tinha achado estúdio e seu tinha gostado do meu primeiro dia. Nossa conversa parecia mais um questionário, pois ela me perguntava e eu só respondia.
-Meu prédio é aquele ali. – Apontei quando ela dobrou a esquina da minha rua.
-Pronto, está entregue e eu nem sai da minha rota. – Ela estacionou e eu soltei o cinto.
-Muito obrigada Rafaella, e eu espero não ter te incomodado.
-Não foi incomodo, te vejo amanhã! – Abri a porta do carro e acenei quando ela deu partida.
Por algum motivo desconhecido eu estava sorrido feito boba e com certeza isso deve ser cansaço. Subi e entrei no meu apartamento jogando minhas coisas no sofá, a casa estava silenciosa, sinal que Thais ainda não havia chegado. Tomei um banho pra relaxar e fui para a cozinha preparar algo para jantar. Estava preparando o molho do espaguete quando meu celular avisou a chegada de uma nova mensagem.
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A única exceção (Girafa Version)
Hayran KurguPassamos a vida achando que temos tudo planejado, achando que tudo vai ocorrer da forma que imaginamos, mas sabemos que não é bem assim que acontece. Com Rafaella Kalimann não seria diferente, ela achou que sua vida estava alinhada, casadas e bem su...