Vamos passar uma borracha nisso!

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POV GIZELLY

      Estava me preparando psicologicamente para encarar Rafaella e Bianca na reunião. Meu coração estava descompassado, meu Deus eu nunca poderia pensar que minha vida estaria essa loucura toda. Estava sentada com as mãos na cabeça quando Manu deu umas batidas na porta.

-Posso entrar? – Ela sorriu timidamente e era até engraçado vê-la daquela forma.

-A sala é sua Manu. – Respondi calmamente e ela entrou jogando a mochila na cadeira. – Tá tudo bem?

-Eu quem pergunto, você está bem? – Ela tinha os olhos fixos em mim.

-Manu, eu estou bem. – Fui até ela e a abracei, eu gostava muito dela e não quero que nossa amizade se prejudique. – Eu gosto da nossa amizade.

-Gi, eu tambem gosto muito de você! - Ela sorriu sem entender minha declaração repentina.

Mesmo ela sorrindo, pude notar seu olhar tristinho e eu queria que ela se abrisse comigo.

-Tem mais alguma coisa que queira conversar? – Perguntei na expectativa dela se abrir.

-Estou meio chateada. – Ela suspirou cansada. – Acho que Rafa e minha irmã não estão muito bem.

      Meu estômago deu uma revirada, será que foi por causa do beijo? Tudo bem que foi ela quem me beijou, mas eu retribui, e o pior foi que eu gostei.

-Não gosto quando elas brigam, o clima na minha casa fica pesado. – Fiquei sem jeito e a abracei novamente. – Eu sei que minha irmã pode ser uma pessoa difícil, e eu admiro a paciência de Rafa, mas eu não gosto de ver minha irmã triste.

-Hey, não fique assim. – Acariciava seus cabelos e ela se aconchegava em mim. – Eu estou aqui tá bom?

     Ela acenou com a cabeça e ficamos ali naquele abraço, eu estava me sentindo péssima. Não quero ser responsável pela destruição de uma família, traição sempre foi a coisa que eu mais odiei na minha vida.  Não sei por quantos minutos ficamos ali e só saímos do abraço quando Dani entrou na sala dizendo que Rafaella precisava me ver. Um frio na espinha me arrepiou inteira.

    Subi até a sala dela imaginando mil coisas e no fim não imaginava nada, minha cabeça girava e eu não sabia o que me aguardava.

-Bom dia senhorita Bicalho. –Entrei em sua sala totalmente desconfortável.

-Bom dia Rafaella, algum problema? –Eu seria firme, mas era difícil não pensar no nosso beijo assim que nossos olhares se cruzaram.

-Te chamei aqui para pedir desculpas, eu agi por impulso ontem. –Rafa tinha um sorriso tímido e aquilo me deixaria fraca se as palavras de Manu não martelasse minha mente. – Eu não devia ter feito aquilo.

- Está tudo bem, não se preocupe. –Vesti minha armadura, nunca na minha vida aceitaria ser taxada de destruidora de lares.

-Não está tudo bem, eu não quero que fique um clima estranho entre nós. – Tentava entender onde ela queria chegar.

-Rafaella, eu fiquei sem entender o motivo, mas não se preocupe eu não farei nenhum clima. – Desviei o olhar, pois estava difícil encara-la. – Você é casada, e eu não quero estar no meio disso.

-Entendo. –Ela suspirou desanimada, parecia que ela esperava outra postura, mas eu não vou me envolver no meio dela e da esposa. – Era só isso, te vejo na reunião.

      Sai mais nervosa do que eu entrei, Rafaella mexe comigo e isso eu não estava conseguindo negar mais, flashes do nosso beijo vinha na minha mente eu tentava controlar minha respiração antes de seguir pra sala de reuniões.

A única exceção (Girafa Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora