É ela!

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POV RAFAELLA

         Gizelly tinha um poder de persuasão incrível sobre mim, eu queria que ela fosse comigo para a RK, mas ela me convenceu em ir de uber. Depois de uma despedida cheia de beijos eu concordei e parti para a casa do meu irmão. Ainda estava cedo e provavelmente Tato ainda estava dormindo, parti para o meu quarto, me arrumei e quando estava saindo encontrei meu irmão na cozinha.


-Bom dia? – Ele tinha uma expressão interrogatória.


-Bom dia maninho. – Renato arqueou as sobrancelhas. – Tudo bem?


-Eu quem pergunto, espero não me decepcionar com a resposta. – Sorri de lado e ele continuava me encarando. – Não me diga que você passou a noite com Bianca.

-Não, pelo amor de Deus. – Ele suspirou agradecido.

-E onde você passou a noite? Não foi com a Flavina que eu sei.

-Prometo que te conto, mas agora eu preciso ir. – Tato balançou a cabeça e me entregou uma pasta.

-Aqui é o acordo que propus a Bianca, ela já tem uma copia, leia e me avise se quiser alterar algo. –Abri o documento e li por alto.


-Obrigado, vou ler assim que chegar na empresa. – Beijei seu rosto e sai.

        O que eu mais desejava era resolver minha vida com Bianca de forma pacifica, eu não sou uma pessoa injusta eu daria uma parte da RK a ela, só não posso dar a metade, pois sempre foi tudo meu, todo o investimento partiu de mim, sempre foi o meu sonho. Eu iria resolver isso e ficaria livre pra viver minha vida.

            Passei a manhã inteira envolvida com alguns relatórios que estavam me quebrando a cabeça. Alguns contratos não batiam com os valores e eu não entendia o motivo. O financeiro da minha empresa sempre foi impecável, mas esses relatórios não estavam corretos e eu tentava descobri onde estaria o erro. Não tive tempo nem de sair pra almoçar, estava tão absorta nos documentos que só me despertei quando Bianca passou pela minha sala como um furacão.

-Rafaella, precisamos conversar. – Ela jogou a pasta em minha mesa e se sentou. – O que é isso?

-Boa tarde Bianca, como vai? - Perguntei com ironia.

-Não estou com tempo para as suas ironias, quero saber o que significa isso. – Abri a pasta e vi que se tratava do acordo que Tato disse mais cedo.

-É um acordo, e espero que você assine logo, preciso levar para o Renato. – Bianca me encarou e sorriu.

-Você acha que eu irei abrir mão da minha parte na RK? – Bianca se levantou e se serviu um uísque. – Não seja tola Rafaella, eu sei dos meus direitos.


-Bianca, a RK sempre foi minha, eu ainda estou sendo generosa em lhe dar 15% das ações. – Continuei sentada em minha cadeira e ela observava  a cidade pela janela. – Depois do que você fez comigo eu deveria te jogar na sarjeta, mas eu ainda tenho um carinho pelas suas irmãs. E se você preferir ir para um tribunal, envolver impressa eu acho que não faria bem para sua imagem.


-Eu não quero nada disso. – Ela se aproximou. – Eu quero que você pare com essa birra e volte pra nossa casa. Vamos esquecer isso, já passou, você esfriou a cabeça, vamos tentar de novo.


-Bianca, não comece com isso. – Ela me encurralou entre a mesa e eu virava o rosto. – Nós não temos mais volta.


-Você trocou de perfume? – Ela perguntou sorrindo.


-Da licença Bianca. – Passei por ela e Bianca continuou com um sorriso nos lábios. – Alguém precisa trabalhar, já que tem dias que você não aparece aqui.

A única exceção (Girafa Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora