Você não sabe o quanto eu te quero!

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POV RAFAELLA

        Desembarcamos em SP no domingo de manhã, todos estavam exaustos e precisávamos de descanso. Meu irmão estava no sitio com meus pais e não pode vir me buscar, decidi pegar um taxi e ir para a casa de Flavina, não estava disposta a ir para a minha antiga casa naquele momento. Gizelly preferiu dividi um taxi com Dani e disse que mais tarde nós duas poderíamos nos encontrar e conversar melhor sobre nossa situação, confesso que eu queria era leva-la comigo para algum lugar e matar a vontade que estava de beija-la, mas Gizelly era muito discreta e não achava certo. Nos despedimos e cada um da equipe foi para um lado. Flavina me aguardava e eu teria que contar todos os detalhes da viagem, pois ela já estava azucrinando meu juízo pra saber o que rolou.

-Meu Deus, são duas cabeças duras. – Ela tomava um xicara de café e ouvia tudo o que eu dizia sobre o ocorrido depois do Show. – Ela podia ter lhe mandando uma mensagem, escrito um bilhete, sei lá. E você podia ter ido atrás saber dos motivos dela também.

-Eu me senti péssima quando acordei e ela não estava lá. – Flavina compreendeu. – Eu não sabia como agir, não sabia se tinha feito algo de errado.

-Mas e ai? O que pretende fazer agora que se entenderam? – Sorri de lado.

-Ficamos de conversar mais tarde, saber como ficamos daqui pra frente. –Suspirei pesado, pois algo ainda me incomodava.

-Sei que você está pensando na cobra da Bianca, mas, por favor, Rafaella pelo menos uma vez na vida se coloque em primeiro lugar. – Flavina me pedia quase em suplica. – Você viveu sete anos da sua vida se dedicando a uma mulher que não se importa com você, se dedicou inteiramente para que as irmãs dela tivessem conforto e olha só o que você recebeu em troca.

-Eu jamais pagaria na mesma moeda.

-Não é pagar na mesma moeda, mas é deixar se permitir ser feliz. – Flavina fazia um carinho em minha mão. –Eu te conheço há tanto tempo, e eu nunca te vi com esse brilho no olhar, essa garota te faz bem, se você perde o juízo quando está com ela é um bom sinal. Não caia no papinho da Bianca novamente, ela te usou esse tempo todo.

-Eu já me decidi, eu não vou voltar com ela. – Eu sabia o que estava fazendo. – Eu posso até não pedir o divórcio agora, mas eu já me separei dela fisicamente.


-Você sabe que eu sempre desejei sua felicidade, e se Gizelly não tivesse lhe fazendo bem eu não estava aqui apoiando essa loucura toda. – Flavina era quase minha irmã e eu sempre ouvi seus concelhos, exceto o que ela me deu sobre não casar com
Bianca. – Se joga se permita viver.

-Farei isso, mas primeiro eu preciso descansar um pouco. – Dei um beijo em minha amiga e me encaminhei ao quarto de hospedes.

       As palavras de Flavina não saiam da minha mente e eu analisava tudo o que vivi nesse casamento, de fato eu me desdobrava inteira para manter uma vida confortável para minha esposa e as irmãs dela e às vezes esquecia de mim. Com esses pensamentos eu acabei adormecendo e acordei com Flavina me chamando para comer algo, pois já se passavam da cinco da tarde.

-Nossa, eu dormi demais. – Flavina me serviu um prato de lasanha e se sentou para comer. – Vou comer e ligar para Gizelly, você tem razão Fla, eu preciso pensar mais em mim.

-Eu sempre tenho razão. – Ela sorriu debochada e comemos em um papo descontraído.

-Flavina, aquele bangalô da serra está alugado? – Ela balançou a cabeça em negativo enquanto dava um gole no suco.

A única exceção (Girafa Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora