Change Of Time (Finalizada)

Abyss

Shegaaay shegando bagunçando a porra todaaa! Voltey mais cedo aeeee!! Vcs ainda querem me matar? acalmem o coração que ta tudo sob controle, mamae aqui nao vai deixar as coisas assim, mas ainda vai demorar mais um pouco relaxem, antes de dar certo vai dar errado

SE LIGUEM NAS DATAS nesse capítulo tem muita data e vai ser importante.

Eu quero dedicar esse capítulo a uma leitora muuuito querida e especial que fez niver em outubro, é a Dani focanajauregui !!!!!! Desculpa o atraso meu bem mas o que conta é a intenção!

Pra esse cap temos 2 songs que já estão na play list da fic no spotify:

-> Love in the dark - Adele

-> Train Wreck - James Arthur

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Segundo o dicionário, o abismo é um lugar profundo, uma depressão grande ou talvez uma cavidade natural inexplorada. Talvez o abismo realmente seja um local onde se joga então aquilo que quer se perder, o inutilizado. Talvez o abismo seja o precipício para onde se vão as palavras não ditas, os maiores silêncios, as dores escondidas e as agonias nas frustrações. Quem sabe quantas aflições vivam rolando abaixo no despenhadeiro do abismo, e o quão íngreme ele seja, seja o quão profundo se vê a dor.

Quem nunca sentiu-se jogado ao abismo que atire a primeira pedra, mas atire para acertar, sem possibilidade de volta. É muito triste contemplar a tristeza, talvez seja por isso que existe o abismo, é um lugar certo para ela, um lugar que a comporta, um fim digno, à altura. Ou seria melhor dizer à profundidade? Talvez, então, exista um local específico para ele dentro do ser. E, sendo assim, qual seria a possibilidade de existir um abismo para cada um de nós?

Agosto de 2019

Abismos.

Desses bem grandes, sem fundo.

A sucessão de acontecimentos e a que viria a seguir eram como um sopro gigantesco empurrando seus movimentos em direção ao precipício certo. Sem ponte, sem cordas, sem para-quedas. O ar que entrava em seus pulmões era cortante, fazendo fissuras internas por todo o trato respiratório.

Play Love in the dark - Adele

À sua frente através da janela de vidro do quarto, por entre as persianas, podia ver que os castanhos dos olhos dela estavam escondidos pelas pálpebras cansadas. Imaginou se estaria sonhando algo bom, se estaria sonhando com ela, se era capaz de sonhar ao menos que estivessem juntas em algum destino.

Aproveitou o momento, caso contrário, não sabia se seria capaz de fazê-lo com a íris olhando diretamente para si. Pesaria demasiado, seria muito para carregar, para aguentar.

Take your eyes off of me so I can leave

I'm far too ashamed to do it with you watching me

(Tire seus olhos de mim para que eu possa partir

Estou envergonhada demais para fazer isso com você me olhando)

Os aparelhos fariam barulho lá dentro, mas assim como os resmungos do sonho de Camila naquele momento, ela não era capaz de escutar. Não foi capaz de esperar pela alta do médico, julgou já estar boa o suficiente para não precisar de supervisão quando saiu de seu próprio quarto pegando seus pertences e deixando seu coração ir em direção ao quarto de Camila. Ninguém era passível de saber o que se passava em sua cabeça. Ainda um pouco tonta pelos últimos acontecimentos mas não o bastante para ficar inerte.