Capítulo 8

3.7K 278 26
                                    

Estou tendo uma folga da facul nesses últimos dias, por isso está sendo mais fácil postar os capítulos :)
Espero que estejam gostando da história.
Esse é um capítulo para conhecer um pouquinho mais sobre o caótico Max...

Max Osíris.

A morte...

Uma vez, ouvi uma linda menininha dizer que a morte não era real.

Por um segundo, é como se ela estivesse na minha frente novamente.

Oito anos atrás...

Meu estômago embrulha com o familiar medo de ser pego, enquanto a observo, escondido atrás de uma das máquinas de gelo do grandioso Motel River.
Ela está escrevendo em um caderno florido, seus lindos fios loiros caem sobre suas costas pequenas, seu olhar brilhante e inocente preso nas páginas.
Suspiro baixo, encantado com a menina River.

Eu sempre a observo.

Desde os meus 6 anos, meu pai me trazia ao Motel, para aprender sobre os negócios com os River's.
Ele sempre disse que um dia todo o luxuoso império Osíris seria meu, os clubes, as casas Apodyopsis, e a rede da máfia que comandamos a gerações.

-- Veja, Max! Um dia tudo isso será seu. --     Meu pai aperta meu ombro com orgulho, me mostrando o salão de um dos nossos principais clubes.

No andar de baixo vejo as mulheres nuas, consideradas as mais lindas do país, dançarem naqueles bastões de ferro fixados no teto.
Elas não parecem se importar com a platéia de homens praticamente babando e colocando cada vez mais notas de dinheiro em suas cintas ligas.

Uma das garotas olha para cima, seus estranhos olhos verdes encontrando os meus com ganância.
Meu coração acelera ao lembrar da menina River e seus grandes olhos verdes...
Olhos que nunca fixaram em mim, diferentes dos daquela garota que continua me encarando.

-- Acho que Lunna gostou de você. -- Meu pai ri, dando tapinhas em minhas costas.

Meu rosto arde ao ouvir suas palavras e entender o que ele está querendo insinuar.
Olho novamente para a garota, minha atenção descendo pelo seu corpo exposto enquanto ela continua dançando, sem nunca tirar os olhos de mim.
Suas mãos deslizam por seu corpo, desde seus seios fartos, indo até...
Engulo em seco.

-- Já tem dez anos, Max. -- Meu pai zomba, notando meu embaraço. -- Já está na hora de conhecer o corpo de uma mulher. Afinal, um dia todas essas putas serão suas.

Aprendi muito cedo que contrariar meu pai não era uma boa opção, então, eu apenas assenti, permiti que ele risse e me levasse até a tal Lunna.

-- Esse é meu garoto, querida. -- Meu pai me empurrou, me fazendo quase cair de cara nos seios da mulher. -- Ele gostou de você.

Me afastei, desconfortável com o suor no meu corpo e meus batimentos acelerados.
Nunca fiquei assim por uma garota antes...

Lunna me olhou lentamente, antes de se dirigir ao meu pai, como se pedisse autorização.

-- Não se preocupe, Lunna. Elijah não virá essa noite.

A mulher respirou aliviada com o que meu pai disse sobre meu tio. Eu franzi meu cenho. Sabia que meu tio não era um homem bom e eu o odiava por machucar o meu primo, mas eu não pensei que ele frequentasse o clube Apodyopsis. Todas as vezes, em que meu pai me trazia, ele estava no Motel River, cuidando dos negócios.

Voltei a olhar para Lunna e por um segundo, notei lágrimas se formando em seus olhos. Ela piscou e voltou a ser a garota Apodyopsis que meu pai e eu tínhamos visto dançar. Seu sorriso se iluminou, enquanto seus olhos verdes e estranhamente familiares dançavam por meu rosto.

Segredos Profanos [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora