Capítulo 34

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*Idades dos personagens foram alteradas.
Lilith: 16 anos
Emily: 17 anos*
Agora sim... espero que gostem :)

Thomas.

O calor da minha respiração aquecia meu rosto, o oxigênio subia e descia pelo pouco espaço da máscara que eu usava.
A adrenalina e o desejo corriam pelo meu corpo, enquanto observava Edgar Osíris conversando com a filha na varanda da enorme mansão. Emily sorria de um jeito contido, ao concordar com as palavras do pai. Ela estava usando uma camisa larga e um short que se grudava a sua bunda e coxas de um jeito que me fazia salivar.
Há semanas que eu não a procurava e, como qualquer outra abstinência, meu corpo já estava começando a me sabotar para ter novamente a fonte de seu vício.

Nós não éramos primos.

Eu ainda não sabia o que faria com aquela informação. Caralho! Eu ainda estava com o envelope do resultado do exame no bolso, mesmo que tivesse descoberto há dois dias. Eu gostava de tocar no papel e respirar fundo. Emily podia ser minha.
Ela seria minha.
Porque eu não era filho de Elijah Osíris. Pouco me importava se meu pai era Michael River, não foi por isso que fiz o exame.

Lilith podia ficar com aquele velho.

Sorri por trás da máscara, quando Emily riu de algo que o pai disse. Mesmo que fosse um homem desprezível com todos, ele e Emily se davam bem. Mas seu relacionamento com a filha ruiria se ele descobrisse de nosso caso.
O papel, guardado no bolso da minha jaqueta, aqueceu o meu peito. Ninguém sabia da verdade, e continuaria assim até que o momento certo chegasse.
Era o meu segredo.
Assim como Emily.

Era bom pra caralho não sentir mais aquela culpa por amar Emily Osíris.

Olhei de relance para o lado, quando ouvi o som do motor da moto de Max parando no gramado, ao lado do meu camaro antigo. Meu primo veio até mim, escalando o muro alto, onde eu estava, e se sentando ao meu lado. Ele trazia nas mãos sua máscara.
Era parecida com a minha, mas onde a sua era negra com uma faixa vermelha, a minha era vermelha com uma faixa negra.
Nós costumávamos usar quando fazíamos algum serviço que precisava de discrição, ou quando queríamos deixar de ser Osíris.
Éramos o contrário um do outro, porém, funcionávamos perfeitamente nos negócios. Ele continuaria sendo meu primo, porque o que tínhamos ia além do que o sangue podia estabelecer.
Éramos família e sempre seríamos.
Além de Emily, meu primo era a única pessoa que me tranquilizava e me fazia esquecer da morte que rondava minha mente.

Mas, às vezes, eu usava a minha máscara por causa de Emily... porque ela me pedia e eu nunca conseguia lhe negar nada.
Eu já tinha desistido de privá-la do que queria, há anos atrás.

Voltei meu olhar para a varanda, vendo a linda menina de cabelos negros sorrir para o homem horrível ao seu lado.

Emily estava completamente nua, com exceção das meias 7/8 do seu uniforme. Eu a tinha pegado na escola mais cedo, e assim que entramos na rodovia que levava a sua mansão, senti suas mãos tocarem a frente das minhas calças, enquanto eu me concentrava para continuar dirigindo e levá-la para casa, como me foi ordenado.
Tentei não me importar e não olhar para ela enquanto seus dedos abriam meu zíper. Eu escutava o barulho do banco ranger com seu peso, a medida que se achegava e libertava meu pau para me torturar. Porra! Eu juro que tentava não sucumbir a tentação que era Emily Osíris, mas nós dois sempre acabávamos do mesmo jeito, independente de que ações tomássemos.

Tinha sido assim, desde que erámos crianças e buscávamos o calor um do outro para nos aquecermos às noites na cabana.

E sentí-la tão receptiva naquele carro, com seus cabelos negros fazendo cócegas em minhas coxas e seus lábios macios me tocando do jeito certo, era demais para o meu autocontrole e eu sabia que não aguentava mais resistir.
Estacionei o carro em uma estrada estreita em meio às árvores e deixei que ela fizesse o que quisesse comigo.

Segredos Profanos [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora