Segredos Profanos [CONCLUÍDO]

Capítulo 14

Max Osíris.

Cupcakes.

Encaro a porra da caixa rosa cheia de cupcakes sobre o banco da minha caminhonete. Cupcakes de inúmeras cores e sabores diferentes. Alguns são de chocolate, outros de baunilha...ah, e de morango também.

Por que?

Porque Lilith tem cheiro de morango.

Saio do meu carro, carregando aquela caixa pelo estacionamento da escola. Vejo Emy em pé ao lado do sedan preto da nossa família, analisando as unhas pequenas, pintadas de verde. Seus olhos azuis se fixam em mim com divertimento, e um sorriso de canto repuxa seus lábios ao ver o caralho da caixa da padaria local em minhas mãos e a raiva cravada em meu rosto.

-- Ela não vai aceitar. -- Foi o que me disse quando perguntei de que sabores Lilith gostava.

-- Tô pouco me fodendo. -- Respondo para minha irmã através da ligação.

Meus olhos navegam sem parar pela extensa vitrine com vários doces diferentes e coisas com glacê. Só de olhar para essa merda, já sinto vontade de vomitar.

-- Bom dia, senhor. O que deseja? -- A senhora simpática, sorri para mim, por trás do balcão.

-- Eu espero que ela enfie esses cupcakes no seu r...

Desligo a chamada, interrompendo o péssimo palavreado de Emy.

-- Vinte cupcakes, de todos os sabores. -- Peço.

-- Realmente uma pena ela não ter enfiado no teu rabo, Max... -- Emy estala a língua como uma cobra, enquanto enfia a mão na caixa, roubando um cupcake.

Não, Lilith nem ao menos me deu tempo de entregar essa porra para ela. Minha mente volta até o momento no estacionamento. Estranhamente, estava nervoso para encontrar Lilith depois de passar a noite ao lado de sua cama.
Porra!
Pensei que estava tudo bem, não imaginei que ela fosse surtar daquele jeito.

-- Thomas deve estar te entediando para se preocupar com o que Lilith deixa ou não de fazer. -- Rebato.

Emy revira os olhos, enquanto crava os dentes no bolinho vermelho com cobertura de caramelo.

-- Thomas não gosta do jeito que você a trata, e nem eu. -- Diz de boca cheia.

-- Thomas é um retardado sem cére... -- Antes que eu possa continuar, sinto algo grudento e molhado enfiado na minha boca.

A mão pequena de Emy gira a porra do cupcake na minha cara, me sujando. Seus olhos azuis brilham com raiva e vingança, por eu ter insultado seu precioso Thomas.

-- Quer saber? Entregue esses cupcakes para Lilith. Eu espero que ela volte atrás e os enfie no seu rabo, enquanto come os do Connor.

Bato em sua mão, afastando aquela merda da minha cara. Emily me lança um sorrisinho vitorioso, voltando a comer seu doce, como se nada tivesse acontecido entre nós.
Emy sempre teve o poder de me tirar do sério. E o pior? Eu não posso fazer nada, porque ela é uma Osíris.
A lindinha menininha que me deu um soco quando tinha dois anos e eu seis, e desde então se tornou a filhinha perfeita do meu pai.

"Nunca desafie Emily Osíris se presa pela sua vida."

Lembro de ouvir as garotas e os rapazes Apodpysius sussurrando quando alguém citava o nome da filha de Edgar Osíris. Minha irmã é respeitada e temida, mesmo que nunca tenha pisado em qualquer um dos nossos negócios pela cidade.
Todos conhecem a menina que parece uma fada, mas que pode rasgar sua garganta com os dentes.