Epílogo

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>>> ignorem, eu só percebi que não estava na ordem certa <<<

Max Osíris.

Três anos depois...

-- Então, você é o tenebroso Max Osíris!

Viro meu rosto para direita, estreitando meus olhos para poder ver o estacionamento do presídio através da luz forte do sol. Eu tinha acabado de sair do inferno. Depois de três anos lutando para sobreviver, finalmente, eu estava livre de toda aquela porra.

Achei que nunca mais me surpreenderia com nada novamente, até ver a mulher linda encostada em um carro preto blindado. Seus olhos eram dourados como ouro reluzente, ou até mesmo a própria luz do dia. Eu pisquei, contemplando a beleza daquela mulher no vestido preto que se agarrava ao seu corpo curvilíneo, seu cabelo castanho tentava não ajudava, parecendo emoldurar os seus seios ao caírem em seu colo.

Eu costumava preferir as loiras, mas aquela garota...

Porra, faziam três anos que eu não via uma mulher que não fosse Emily! Devia ser por isso que aquela garota parecia perfeita, independente das minhas antigas preferências. Olhei para o carro onde ela se apoiava. O próximo ônibus para Meridian chegaria em vinte minutos, mas eu sabia que precisava apenas de um terço desse tempo.

Infelizmente, com a minha atual situação não poderia oferecer uma boa transa para a moça.

Eu só precisava esquecer de tudo o que passei.
Precisava do prazer para turvar toda a dor.
Precisava sentir uma mulher... ouvir sua voz doce, sua risada, beijar seus lábios vermelhos enquanto seus olhos verdes se fechavam com o prazer.

Eu sabia do que precisava.
Mas ela não estava aqui.

-- Quem é você? -- Questionei, ainda desconfiado.

Ela sorriu, brilhantemente, e cruzou os braços na frente do corpo, ficando ainda mais linda. A mulher na minha frente não me parecia estranha, mas eu realmente não me lembrava de onde poderia conhecê-la.

-- Tem algum palpite? -- Ela sussurrou, ficando sexy pra caralho.

Desci meu olhar por seu corpo, os seios cheios, a cintura fina e o quadril redondo.

-- Nós já transamos, linda?

A garota comprimiu os lábios, mas por algum motivo, começou a gargalhar alto. Franzi o cenho, a estudando. Que porra!

-- Quem é você? -- Repeti, e dessa vez minha voz estava séria e eu a olhava com cuidado.

Ela afastou o cabelo da frente do rosto, o colocando atrás da orelha e eu pude ver a pequena tatuagem em seu pulso no formato de um "E".
O ar me faltou, enquanto eu ainda a analisava. Eu só conhecia duas mulheres que possuíam a porra daquela tatuagem no pulso, uma delas estava morta e a outra internada em uma clínica psiquiatra.
Minha mãe e Lunna.
Era uma tradição da nossa família, quando encontrávamos alguém que amassemos mais do que qualquer coisa, tatuávamos a inicial no pulso. Eu sonhava com o dia em que Lilith e eu estivéssemos juntos para que ela tivesse a porra de um "M" em sua pele.

Mas aquela garota tinha um "E".

Edgar, Elijah e Eduardo.

Eram os três Osíris antes de mim.
Mas eu duvidava muito que a garota na minha frente estivesse com o meu pai morto ou com o meu tio foragido, só restando...

-- Sou sua tia. Então, pare de me olhar desse jeito! -- Ela me advertiu. -- Ou ele vai arrancar a sua cabeça.

-- Ele?

Segredos Profanos [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora