Capítulo 19

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*capítulo sujeito a revisão*

Lilith

Minha mente fervilha com inúmeros pensamentos, ao ver Max se erguer, estampando um sorriso de menino no rosto.
Sua mão aperta o saco plático com o distintivo, enquanto a outra retira a arma e guarda em um coldre vazio no cinto em suas costas.

Eu não consigo nem ao menos piscar, ao ver Max caminhando pelo corredor, até desaparecer da minha visão.
Tudo no que consigo pensar, ao repassar tudo o que aconteceu nesse dia caótico, é que de alguma forma Max está envolvido no que está acontecendo.

Ele sempre desaparece às sextas...
Foi o que Tom e Jay disseram.

E de repente, bem na minha frente, eu vejo a compreensão banhada de dor que meus pensamentos chegaram.
É tudo um jogo para ele.

-- Eu te peguei, Lilith. -- Reconheço sua voz rouca e sussurrada, no pé do meu ouvido, no mesmo instante que sua mão cobre minha boca, me impedindo de gritar e a outra abraça minha cintura, para que eu não fuja.

-- Hmm... -- Tento gritar, me debatendo em seus braços. Mas tudo o que sai da minha boca, são murmúrios abafados.

Sinto a bile, a raiva, as lágrimas contidas...Todas as emoções se libertam com força em meu corpo, fazendo minhas pernas tremerem e meu corpo gelar em pânico.

-- Ora, ora...se eu não encontrei uma princesinha curiosa. -- Sinto o seu sorriso perto da minha pele.
Meu coração está disparado, e eu nunca na minha vida, senti uma necessidade tão grande em fugir de alguém, como a que está varrendo minhas veias agora.
-- Achei que tinha sido claro, quando mandei que ficasse em casa às sextas. -- Rosna, revelando sua irritação.

Minhas pernas começam a se debater, até que consigo chutar suas pernas e me afastar de seu aperto.

-- Porra, Lilith! -- Grunhi.

As lágrimas embaçam minha visão, a medida que eu recuo, me afastando de Max e sua perversidade.

Ele espalhou aquelas coisas.
Foi por causa dele que aquele homem me atacou.
Caramba, ele pode ter feito o mesmo com outras pessoas.

-- Lilith. -- Max me chama, usando um tom cuidadoso.

Meus olhos correm por sua postura preocupada.
Seus braços estão estendidos na frente do corpo, com as palmas viradas para frente, e ele tenta se aproximar como se eu fosse um animal perigoso.

-- Princesa, eu sei que está chateada pelo o que aconteceu hoje... -- Dá mais um passo em minha direção, e eu dou mais um para trás. -- ...mas, precisa acreditar em mim. Nunca faria aquilo com você, Lilith. Aquilo não.

-- Fique longe de mim! -- Grito, dando mais alguns passos de distância.

Sei que não adianta correr.
Max me encontraria.

Seus olhos azuis se tornam mais firmes e autoritários, e ele não para de se aproximar.

-- Vou falar mais uma vez, e quero que me escute... -- Mais um passo. -- ...eu sou um merda e sei que não fiz nada para merecer a sua confiança, princesa. Mas, não fui eu. Não sou eu quem está fazendo essa porra!

-- Eu vou gritar. -- Ameaço.

Max grunhi, seus punhos se cerrando com a raiva.

-- Seu pai e eu temos um acordo. -- Confessa.

Eu paraliso.
Meus pés estão fincados no chão.
Eu não consigo mais me mexer.
Não consigo mais fugir.
Meus batimento ensurdecedores martelam em meus ouvidos, me entorpecendo para tudo ao meu redor.

Segredos Profanos [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora