Quando Stevan abriu os olhos demorou para processar onde estava, se inclinou um pouco e conseguiu ver Isabel dormindo aos seus pés. Sua mente estava confusa, queria entender que lugar era aquele e como Isabel poderia estar dormindo tão despreocupada. Seu corpo todo entrou em alerta máximo quando escutou uma voz próximo de si.
— Como está se sentindo?
Seu rosto virou bruscamente para direita, uma senhora se encontrava sentada enquanto segurava um livro. Como esteve tão desatento? Deveria ter verificado todo o cômodo quando acordou.
— Quem é você?— perguntou levando sua mão a calça automaticamente, não tinha armas e isso o angustiava.
A senhora sorriu e fechou o livro o colocando sobre a mesa, Stevan sabia que para ela estar ali Isabel confiava nela, porém ele não confiava no julgamento de Isabel.
— Sou a médica que está cuidando de você. Como está se sentindo?
Nesse momento percebeu que não esteve raciocinando bem desde que acordou, nem havia percebido os aparelhos médicos e o soro sendo injetando em sua veia. Respirou fundo e analisou tudo ao seu redor rapidamente, de fato não parecia existir nada que pudesse colocar sua vida em risco.
— Estou sentido só leves dores pelo corpo e de cabeça. Que lugar é esse?— admitir seu estado não lhe parecia perigoso, sua mente só se focava em como sair dali rapidamente.
— A dor de cabeça é normal, logo passará. Aqui é a cidade Feliz.— ela falou o nome da pequena cidade com uma sensação triste a abatendo, aliás ali não tinha mais aquela sensação de felicidade.
Isabel abriu os olhos escutando vozes, sua visão se focou em Stevan, subitamente seu corpo despertou e se levantou tão rapidamente que sua cabeça doeu e sua visão embaçou.
— Você acordou! Está bem? Algo dói?— suas perguntas vieram acompanhadas de longos soluços.
Stevan somente a encarou, não via motivo para choro, ele estava vivo afinal de contas.
— Pare de chorar e comece a contar tudo o que aconteceu.
Maria encarou aquela cena com estranheza, por fim resolveu sair da sala, sabia que a conversa ali não teria mais a ver com ela.
— Eu não sei por onde começar.— Isabel falou aos gaguejos.
— Do começo, rápido, precisamos voltar logo para estrada.
Stevan escutou sobre cada acontecimento em silêncio, isso só preocupava mais ainda Isabel.
— O quão longe estamos do lugar onde os carnificiendos se levantaram?— ele perguntou já tirando a agulha de soro de sua veia.
— Pare com isso!— ela tentou o impedir, mas já era tarde ele já havia retirado tudo que o ligava a algum aparelho médico.
— Responda logo.— ele falou já se levantando, diferente do que esperava foi fácil, não sentiu dores ou vertigem.
— Uns 20 quilômetros, eu acho.— Isabel respondeu ainda tentando calcular uma distância mais exata, porém não tinha noção.
— Vamos até o Rodheriquesson.— ele disse por fim.
Até sairem do posto não encontraram Maria isso tranquilizava Isabel, não desejava ver como Stevan a trataria caso ela quisesse que ele voltasse para cama.
Quando entrou na casa um cheiro de comida invadiu suas narinas, até aquele momento o homem não havia percebido que sentia tanta fome. Avistou Shayene saindo de uma porta no corredor.
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Ganância - O início do fim
Science FictionApós o seu pai se tornar o primeiro carnificiendo. Nara e a sua irmã, Shayene, se veem ao lado de um grupo de cientistas, precisando lutar para sobreviver num Apocalipse ao qual os filmes de terror não haviam os preparados. Não lutavam contra zumbi...