Nara sentiu seu corpo tremer com o disparo, a bala havia passado extremamente próxima ao seu rosto. Temerosa olhou para o lado temendo ver em quem o tiro havia acertado, naquele momento notou que um pouco atrás de si tinha um corpo no chão. O tiro havia acertado sua cabeça e seu corpo caiu de lado, o sangue em suas mãos e corpo o denunciava, o carnificiendo que Stevan havia falado não era sobre Ana e sim ele.
— Vamos logo, devem estar vindo mais por ai.— Jeremy falou aflito.
Rodheriquesson saiu da van e foi em direção a Maria.
— Entra com ele logo, Nara.— falou ao passar pela jovem que ainda permanecia olhando o carnificiendo.
— Vamos conosco, Maria, aqui está perigoso demais.— Rodheriquesson falou nervoso, seus olhos percorriam por toda área ao redor.
— Meu querido.— A senhora falou sorrindo.— Vou entrar e me proteger, fica tranquilo, vou fechar tudo e pegar comida das casas vizinhas para estocar. Não vou morrer.
— Por favor! Eu não quero te deixar aqui.— ele pediu com os olhos já se enchendo de lágrimas.
— Eu me segurei até esse momento, por favor, vão embora logo.— ela falou já sem o costumeiro sorriso de sempre.
— Do que está falando? Vamos logo.— ele insistiu pegando ela pelo braço.
Maria puxou seu membro de volta com força fazendo Rodheriquesson se surpreender.
— Agora!— ela gritou e correu para dentro do hospital.
Rodheriquesson quis ir atrás, mas sabia que não tinham tempo para isso, com o coração na mão entrou na van.
Stevan deu partida na van, sua preocupação se focava somente no combustível, haviam gasto o último galão reserva que haviam trago.
Matheus estava sentado entre Nara e Rodheriquesson. Se mantinha de olhos fechados se concentrando entre não chorar e não passar mal, andar em qualquer veículo sempre o fazia ter enjoos.
— Vocês estão procurando uma cura?— ele perguntou ainda mantendo os olhos fechados.
Isabel encarou Stevan pelo espelho retrovisor, Kyon olhou para Nara e no final a resposta veio acompanhada de uma risada sarcástica.
— Claro, procuramos enquanto a única coisa que fazemos é tentar não morrer e até isso tá difícil.— Shayene respondeu com sarcasmo.
— Eu encontrarei a cura.— Stevan falou chamando a atenção de todos.— Nem que seja última coisa que eu faça.
— Vamos conseguir.— Jeremy falou tentando animar a todos.— Tudo voltará ao normal.
— Nada nunca será como antes.— Nara sussurrou ao lembrar de seu pai, ele nunca voltaria.
Todos escutaram e naquele momento nem Jeremy teve um argumento cheio de positividade.
Por duas horas a paisagem ao redor era composta por arvores e vegetações, algumas poucas e pequenas casas eram vistas pelo caminho, porém nenhuma pessoa viva.
— Tinha um homem encarando da janela, eu juro que vi.— Shayene repetia pela milésima vez.— Ele sorria, aquilo foi muito macabro.
— Você já nos disse isso, pirralha.— Stevan se meteu, enquanto diminuía a velocidade do carro.— Tem um posto de gasolina, precisamos parar nele.
— Não é perigoso demais?— Isabel questionou.
— Se não pegarmos gasolina agora, vamos acabar ficando sem no meio da noite e isso sim será perigoso.— ele respondeu quando já parava o carro em frente.
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Ganância - O início do fim
Science FictionApós o seu pai se tornar o primeiro carnificiendo. Nara e a sua irmã, Shayene, se veem ao lado de um grupo de cientistas, precisando lutar para sobreviver num Apocalipse ao qual os filmes de terror não haviam os preparados. Não lutavam contra zumbi...