Capitulo 46

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Nara sentiu seu corpo tremer com o disparo, a bala havia passado extremamente próxima ao seu rosto. Temerosa olhou para o lado temendo ver em quem o tiro havia acertado, naquele momento notou  que um pouco atrás de si tinha um corpo no chão. O tiro havia acertado sua cabeça e seu corpo caiu de lado, o sangue em suas mãos e corpo o denunciava, o carnificiendo que Stevan havia falado não era sobre Ana e sim ele.

— Vamos logo, devem estar vindo mais por ai.— Jeremy falou aflito.

Rodheriquesson saiu da van e foi em direção a Maria.

— Entra com ele logo, Nara.— falou ao passar pela jovem que ainda permanecia olhando o carnificiendo.

— Vamos conosco, Maria, aqui está perigoso demais.— Rodheriquesson falou nervoso, seus olhos percorriam por toda área ao redor.

— Meu querido.— A senhora falou sorrindo.— Vou entrar e me proteger, fica tranquilo, vou fechar tudo e pegar comida das casas vizinhas para estocar. Não vou morrer.

— Por favor! Eu não quero te deixar aqui.— ele pediu com os olhos já se enchendo de lágrimas.

— Eu me segurei até esse momento, por favor, vão embora logo.— ela falou já sem o costumeiro sorriso de sempre.

— Do que está falando? Vamos logo.— ele insistiu pegando ela pelo braço.

Maria puxou seu membro de volta com força fazendo Rodheriquesson se surpreender.

— Agora!— ela gritou e correu para dentro do hospital.

Rodheriquesson quis ir atrás, mas sabia que não tinham tempo para isso, com o coração na mão entrou na van.

Stevan deu partida na van, sua preocupação se focava somente no combustível, haviam gasto o último galão reserva que haviam trago.

Matheus estava sentado entre Nara e Rodheriquesson. Se mantinha de olhos fechados se concentrando entre não chorar e não passar mal, andar em qualquer veículo sempre o fazia ter enjoos.

— Vocês estão procurando uma cura?— ele perguntou ainda mantendo os olhos fechados.

Isabel encarou Stevan pelo espelho retrovisor, Kyon olhou para Nara e no final a resposta veio acompanhada de uma risada sarcástica.

— Claro, procuramos enquanto a única coisa que fazemos é tentar não morrer e até isso tá difícil.— Shayene respondeu com sarcasmo.

— Eu encontrarei a cura.— Stevan falou chamando a atenção de todos.— Nem que seja última coisa que eu faça.

— Vamos conseguir.— Jeremy falou tentando animar a todos.— Tudo voltará ao normal.

— Nada nunca será como antes.— Nara sussurrou ao lembrar de seu pai, ele nunca voltaria.

Todos escutaram e naquele momento nem Jeremy teve um argumento cheio de positividade.

Por duas horas a paisagem ao redor era composta por arvores e vegetações, algumas poucas e pequenas casas eram vistas pelo caminho, porém nenhuma pessoa viva.

— Tinha um homem encarando da janela, eu juro que vi.— Shayene repetia pela milésima vez.— Ele sorria, aquilo foi muito macabro.

— Você já nos disse isso, pirralha.— Stevan se meteu, enquanto diminuía a velocidade do carro.— Tem um posto de gasolina, precisamos parar nele.

— Não é perigoso demais?— Isabel questionou.

— Se não pegarmos gasolina agora, vamos acabar ficando sem no meio da noite e isso sim será perigoso.— ele respondeu quando já parava o carro em frente.

Ganância - O início do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora