capítulo 11

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Sempre ousaram afirmar que a esperança era a última que morre, porém para muitos ela morreu bem antes da própria vida deixar de existir.

—Olá! eu me chamo Jeremy.- disse o menino loiro sorrindo enquanto oferecia a mão para Nara.

Meio apreensiva e desconfiada ela aceitou e o cumprimentou com rapidez.

— Aquele menino é um idiota.— resmungo Shayene.

— Ele é complicado, mas é uma boa pessoa.— Jeremy  falou sorrindo e olhou para Nara.— Você deveria descansar mais, apesar de ter ficado desacordada um dia inteiro você está muito fraca, perdeu muito sangue.

—Eu fiquei um dia sem acordar?— ela perguntou incrédula , pensava que só tinha dormido por no máximo duas hora.

—Desculpa, não deveria ter lhe contado dessa forma.— ele disse  com uma expressão triste.

—Está tudo bem, mas me diga como vocês chegaram aqui?— Nara perguntou mudando de assunto.

—Nos estávamos passando aqui perto, fazia parte do nosso trajeto da missão.— Isabel respondeu.— fomos atacados e perdemos nosso carro, logo percebi que estávamos perto da sua casa então resolvemos vir aqui e acabamos encontrando vocês naquele estado.

— Como se lembrou do nosso endereço?— perguntou Shayene curiosa.

—Nunca me esqueço de nada.— Isabel respondeu indiferente.

Nara achou aquela uma história estranha, mas resolveu ignorar suas dúvidas por enquanto.

—E sobre os carnificiendos, vocês descobriram alguma informação nova?— ela perguntou.

Isabel trocou um olhar rápido com o homem moreno, Nara percebeu naquele instante que algo seria escondido delas.

—Nada demais, ainda temos as mesmas informações de antes, somente tivemos a confirmação das mesmas. O parasita que se aloja em cérebros não somente os corrói e faz as pessoas terem desejo para matar, mas também transforma elas em seres extremamente inteligentes e fortes, o que não seriam normalmente.— Isabel falou.

— Certeza que é só isso?— Nara insistiu.

— Sim. Tenho que ir resolver umas coisas com Stevan, depois nos falamos.— respondeu secamente e saiu andando.

Nara já sabia daquilo, queria uma novidade, mas sabia que ela não conseguiria vindo deles, então sentou e começou a observar.

O homem moreno continuava sentado sem se mover, sua expressão era séria, ele era alguém intrigante. Nara cogitou ir até ele, mas no fim optou por não tentar, não podia prever sua reação, provavelmente ele só queria ficar em paz e pensar na vida.

Shayene havia voltado a almoçar, a mais velha sorriu ao observar sua irmã, estava feliz por ela estar bem.

Cansada de ficar parada, deu um abraço em sua irmã e caminhou até a cozinha .

Logo que entrou no comodo seu olhar se focou em uma pessoa que estava escorado no balcão. Jeremy não parava de sorrir por um instante, ria o tempo todo sozinho, era impossível não estranhar aquilo.

—Por que você sorri tanto?— perguntou impulsivamente, chamando a atenção dele.— Não vejo motivo para tamanha alegria.

O sorriso dele se fechou no mesmo instante, sua expressão mudou para pensativa. Nara se condenou mentalmente por não ter conseguido conter sua curiosidade.

—Eu sou feliz.— respondeu e voltou a sorrir novamente.— Você não deve sentar e se lamentar só porque estamos no fim do mundo, não sei o que acontecerá daqui a 1 segundo, então aproveito meu tempo sendo feliz .

Ganância - O início do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora