Capitulo 57

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Todos estavam juntos na sala, ninguém ousava dizer uma palavra. A mente de todos se perguntavam a mesma coisa "os carnificiendos ainda são humanos?". Uma pergunta tão sonhadora e ilusória na visão de Stevan, sabia muito bem que aquilo não era simples assim.

Stevan olhou o bebê que chorava nos braços de Beatrice, sua cabeça doía cada vez mais quando pensava no que fazer. Odiava ajudar alguém por aquele motivo, nunca tinha sorte e só arrumava mais problemas para si.

— O que vamos fazer? A mãe do bebê está morta, não tem como alimentá-lo.— Isabel perguntou para ele.

Todos o encaravam, esperavam uma decisão vinda dele. Até Beatrice o observou, queria saber qual seria sua decisão.

— Eu não sei. Por mim eu largava essa criança ai. Não é isso que vocês esperam ouvir de mim?— ele ironizou o final e se sentou em uma cadeira.

Além do choro do bebê nada mais era escutado naquela sala, todos estavam pensativos, não tinham como cuidar de um bebê. Todos refletiam sobre os últimos acontecimentos, não sabiam se sentiam esperança ou desespero.

— Esse homem está demorando demais. Vai ver como ele está.— Beatrice falou para Rafael.

O homem somente assentiu e se levantou, devia a sua vida aquela mulher seguia suas ordens com gratidão.

Bateu na porta uma vez porém nenhuma resposta veio, voltou a bater esperando alguma resposta, porém sem sucesso.

— Senhor?— ele chamou enquanto já abria a porta lentamente.

Ao observar a cena o homem praguejou em sussurros. Sem demonstrar reação ele voltou a sala. Beatrice o olhou e no mesmo momento ela entendeu que precisava ir até ele, conhecia cada gesto e expressão de seus dois subordinados.

— Segure ela.— ela falou entregando o bebê para Lidia.

Beatrice se levantou e seguiu o homem. Ao abrir a porte teve certeza do que já esperava. O homem estava morto ao lado de sua esposa, a mesma tesoura que haviam usado para cortar o cordão umbilical do bebê agora estava cravado em seu pescoço, o piso estava banhado em sangue.

Shayene que observava a estranha movimentação deles se levantou e os seguiu após entrarem no quarto. A menina observou Beatrice retirar a tesoura do pescoço do homem. Ele estava deitado ao lado de sua esposa com os olhos arregalados, sua mão esquerda segurava a de sua esposa. Era um cena lamentável.

Shayene voltou rapidamente para a sala e sussurrou no ouvido de sua irmã. Nara ficou surpresa com a notícia, seus olhos logo foram de encontro aos de Stevan que observava o estranho comportamento da mais nova.

Ele soube no mesmo instante que algo estava errado. Já prevendo seu estresse foi até o quarto, abriu logo a porta toda para verem sua presença. O homem morto não o chocou, era compreensível o desespero dele, mas o achava mais egoista que qualquer um por abandonar sua própria filha.

— Iriam esconder isso até quando? Estavam pensando em esconder o cadáver embaixo da cama?— Stevan perguntou com ironia.

— Isso é sua culpa.— Beatrice falou sem nem olhar para ele.

— Que eu saiba não fui eu quem atirei, muito menos quem quis parar para ajudar e dizia saber fazer um parto.— ele alfinetou.

Rafael pegou sua arma, porém rapidamente a guardou ao receber um olhar repreensível de Beatrice.

— Vocês são mais chatos que eu.— Shayene falou parando na porta.

Nara que estava atrás da mais nova, acompanhada de Kyon, somente observou os corpos com tristeza.

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⏰ Última atualização: Nov 05, 2023 ⏰

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