O resto da semana para Wendy foi relativamente normal, comparado ao primeiro dia.
Bom considerando que o primeiro dia pode ser comparado a uma história super bizarra, qualquer coisa pode ser considerada normal.
Durante as aulas, aqueles 4 jovens que conhecera agiam como adolescentes normais, com suas vidas normais e problemas diários normais.
Wendy ficou literalmente todo o tempo observando a rotina deles, de uma distância que ela consideraria confortável, chamavam de "vida normal".
— É bem simples — falou-lhe Ben, que parecia ser o mais amigável dentre os quatro. — Você vai se acostumar rapidinho por aqui.
Normalmente, eles se dirigiam ao Poço Prateado para monitorar todo o colégio. Algumas câmeras foram colocadas nos corredores e em algumas salas, conectadas com o Poço, afim deles poderem ver quando algum ataque ocorrer e responder no mesmo instante.
Será que isso faz parte da mensalidade escolar?
Quando não estavam fazendo nada de "super heroico", pareciam até adolescentes normais. Conversavam sobre assuntos corriqueiros que qualquer um da idade deles falaria. Por um instante, toda aquela história de "adolescentes super poderosos" quase lhe parecera uma mera ilusão, do modo como conseguiam atuar para parecerem os mais normais possível. Ou somente fosse uma outra parte deles.
Parte....
Mas quando o sinal tocava ou recebiam uma chamada de seu diretor que veio de uma dimensão alternativa (tinha muita dificuldade de digerir essa parte ainda), eles tiravam a camada de "jovens normais" e colocavam a de "agentes super poderosos", indo em direção ao lugar que se situava abaixo do corredor abandonado. Quanto ao outro mundo paralelo, Aardeius, eles não falavam muito a respeito. O máximo de informação que davam era que era completamente diferente desse mundo. Diziam como se nunca tivessem ido para lá.
Wendy passou também a semana explorando o Poço Prateado, tentando conhecer melhor o seu novo "local de trabalho" (algo que a irritou um pouco). Talvez uma familiaridade do lugar a ajudaria a não estranhar a tudo aquilo, mesmo ela também tendo poderes como os outros. Como temia: Só porque era algo que supostamente fazia parte de um mundo que era para ela se sentir a vontade, não era necessariamente correto presumir que ela se sentiria assim.
A sala oval, aparentemente, era só uma pequena parte da base. Havia também banheiro, uma sala de descanso (que também havia poltronas e um videogame, para o prazer de Wendy), uma sala de treinamento — que consistia em uma sala quadrada ampla, feito de um material realmente resistente desconhecido —, uma cozinha, um banheiro e uma ala hospitalar. Todas as salas eram conectadas a um extenso corredor esbranquiçado, igualmente iluminado como grande salão principal.
Mas não podia simplesmente ficar olhando para tudo que ocorria ao seu redor.
— Se quiser realmente fazer parte da equipe — falou a ela Demétrius —, vai ter que receber o treinamento adequado.
— Ok — assentiu Wendy, quando foi abordada pelo garoto enquanto explorava o lugar, como se estivesse em uma Dungeon do The Legend of Zelda. — Mas, só para avisar, eu já sei controlar bem os meus poderes.
Demétrius encolheu os ombros.
— É como dizem, é sempre bom aprender um pouco mais.
Acabou por aderir a essa sugestão de treino.
Ele parecia ser o mais responsável e com um ar mais maduro do grupo. Logo após isso, foi revelado a Wendy que ele era o líder daquele "grupo heróico".
Desde que eu não use roupa colada, tô no lucro.
...............
Durante os treinamentos, Wendy aprendeu a controlar melhor os seus poderes. Com a ajuda de Demétrius, ela conseguia liberar pequenas rajadas de raio pelas mãos, algo que ela considerou bem útil, uma vez que as rajadas pela boca que costumava lançar quando mais nova a deixavam muito incapacitada.
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Tribos da Luz: O Retorno Inesperado
FantasyWendy Tordenvaer, 14 anos, nunca foi a pessoa mais passível a socializar. Sejam por suas habilidades ou personalidade, era uma realidade distante. Mas algo mudou. Um chamado? Uma curiosidade? Um ataque? Ela se viu subitamente jogada numa jornada em...