Decidiram, por unanimidade, fazer uma boquinha na cozinha da base antes de voltarem para as suas respectivas casas e iniciarem seus estudos para as não tão esperadas provas.
Ficaram os quatro (Demétrius, Ben, Martha e San) comendo na mesa da cozinha, discutindo a respeito da melhor forma que todos poderiam estudar.
Wendy, por outro lado, ainda selecionava meticulosamente qual comida colocaria em seu prato. Como de praxe, a única coisa que ocupada seu prato era carne.
— Eu não me importo onde e nem como a gente vai estudar — comentou brevemente Martha, após pôr uma batata na boca —, desde que a gente chegue a estudar.
— É, não queremos uma reprise de nós tentando estudar e, de alguma forma completamente bizarra, acabar ou em briga ou em uma sessão de videogame — retrucou Demétrius, após engolir uma porção de arroz. — Ou os dois.
— Eu não me importo em jogar na sua casa, Dem — como sempre, Ben sempre optava pela opção que escapasse da responsabilidade de aluno.
— Só se for para sua avó te jogar para fora de casa, depois de você ficar de recuperação — retrucou, estreitando o olhar para o amigo.
— É melhor a gente começar a se organizar — repreendeu Martha. — As provas já estão batendo na porta e a gente nem consegue escolher um simples lugar?
Mas não podia julga-los. Após sucessivos fracassos em encontrar o inimigo, e com a última busca não dando em nada, seria difícil os 5 conseguirem se concentrar em algo que não fosse em como eles poderiam lidar com o "fracasso monumental" que era o trabalho deles.
Ben coçou a cabeça, impaciente.
— Porque a gente não visita todas as ilhas flutuantes logo? Vai que a gente acha alguma coisa?
— Não é tão simples — após cortar um pedaço meio duro de carne com a faca, Demétrius levou a comida à boca. — Existem dezenas de ilhas na região. Procurar uma de cada vez já levaria semanas, além de que nos deixaríamos expostos para qualquer ataque inimigo que espere que formos investigar esse tipo de lugar. Sem contar que isso seria literalmente um passe livre para os Honnous atacarem tanto as Vilas Livres quanto a nossa cidade.
— Então o que? — perguntou impaciente. — Vamos esperar numa boa e torcer que os Honnous cometam outro erro?
— Não, mas não podemos atacar às cegas — respondeu Demétrius contido. Naquele tipo de situação, precisaria ser aquele a pensar com cabeça fria, apesar de estar tão indeciso quanto.
San reduziu-se a comer sua refeição em silêncio. Jamais gostara de discussões e estava tão indecisa quanto eles sobre o assunto.
— Então é só procurar com os olhos bem abertos.
— Olhos abertos no escuro valem tanto quanto estão fechados.
— Tá bom, e o que você sugere? — perguntou logo Ben, já querendo saber que rumo eles tomariam.
— Eu.... — Demétrius lutou para achar alguma resposta.
— Gente — irrompeu Martha, pondo ambas as mãos sobre a mesa, um som capaz de atrair a atenção de todos na mesa. — 'Tá na cara que a gente não 'tá no melhor momento pra decidir alguma coisa — os dois não puderam retrucar quanto aquilo. — Já são coisas demais passando pelas nossas cabeças: Provas, trabalho de Dimensional e agora a procura pelo inimigo. A gente vai acabar se sobrecarregando — se ajeitou na cadeira, uma vez que detinha toda a atenção dos integrantes da sala. Levou um pedaço da sua salada à boca. — Que tal se a gente se focar em uma coisa de cada vez? Primeiro a gente vê esse negócio das provas e, assim que elas terminarem, a gente vai ter a cabeça mais leve pra pensar nisso — esboçou um leve sorriso. — Quem sabe? Talvez as coisas já tenham se resolvido até esse momento ou a gente já vai ter espairecido a mente pra pensar melhor nisso. Ninguém consegue pensar direito quanto 'tá estressado.
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Tribos da Luz: O Retorno Inesperado
FantasyWendy Tordenvaer, 14 anos, nunca foi a pessoa mais passível a socializar. Sejam por suas habilidades ou personalidade, era uma realidade distante. Mas algo mudou. Um chamado? Uma curiosidade? Um ataque? Ela se viu subitamente jogada numa jornada em...