Capítulo 27 - Hora do treino

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Alguns dias já haviam se passado e, como fora prometido, Wendy receberia um treinamento mais completo e explicativo sobre o Hing.

Estava pessoalmente intrigada sobre o Modo Relâmpago, principalmente. Se pudesse aprender a controlá-lo, sem sentir uma extrema fadiga e indisposição após usá-lo, já seria uma grande guinada aos seus poderes.

Demétrius pediu para que Wendy esperasse até o tal dia para que ele a treinasse devidamente, pois seria feriado e eles poderiam treinar o dia inteiro. Wendy anuiu, esperando ansiosamente até o dia seguinte.

No mesmo dia que fizera o pedido, Wendy decidiu esperar o tempo até a volta para casa lendo um livro. Mesmo não sendo o mesmo livro que queimara, decidiu lê-lo. Sua aparência, como a capa azul-celeste viva, atraiu a sua atenção.

Segundo Demétrius, todos aqueles livros naquela estante foram escritos em Aardeius, e foram disponibilizados para os membros de Esquadrão, afim de terem mais informações daquele mundo para melhorarem as atuações nas missões.

Como agora eu sou uma deles, não faz mal aprender um pouco.

Informações como nicho dos animais, geografia e relevo de Aardeius sempre eram bem úteis. Mas, surpreendentemente, a quantidade de livros eram limitadas e tinham poucas páginas, contendo poucas informações de outras tribos de Aardeius.

Demétrius uma vez dissera que Hans mencionou que muitos livros foram perdidos em uma guerra de 10 anos atrás, em que muitas tribos de Aardeius conheceram sua extinção, contendo poucas informações das tais atualmente. No entanto, havia informações o suficiente de uma tribo em específico, que atraiu a atenção da ruiva.

Honnous são uma raça de guerreiros poderosos e astutos. São gênios na arte da guerra, considerando também seu enorme poderio militar. Especialistas também em combates corpo-a-corpo, eles são uma das raças mais importantes da segunda era Aardeiana. Depois dos dragões, são também os seres mais sensíveis e habilidosos no que se refere ao controle do Hing.

Hing.

Não era de se estranhar que aquilo ainda a pegava de surpresa.

E pensar que meu poder tinha um nome. Mas acho que já falei isso antes, alguns capítulos atrás.

Ao menos se acostumou com a sua vida como uma dimensional. Conseguia falar com os outros com mais vontade e conforto, jogava videogame com Ben e até conseguia arrancar uns sorrisos de San quando conversavam.

Foi realmente um choque para ela conseguir achar um local que se sentiria a vontade, mas era verdade. Ela achou. E se surpreendeu do quão bem se sentia no meio deles.

Se seus pais a pudessem ver assim, ficariam tão felizes. Talvez até mais quando a tiveram.

...............

Quando chegou em casa, só fez seu dever de casa e jogou um pouco de videogame, fora, é claro, jantar. Se aproximando da meia-noite, Wendy pôs o seu pijama, que tinha uma leve semelhança a uma armadura de cavaleiro, fez sua oração e deitou na sua cama para dormir. Teria um dia puxado quando acordar.

Ela se viu correndo quando abriu os olhos, na mesma floresta do seu sonho, a névoa mais densa, pronta para surpreendê-la.

Diferente das outras vezes, nesse sonho tinha 10 anos, ao invés de 8. Seus cabelos ruivos um pouco abaixo dos ombros dançavam com os passos ligeiros e esquivadas das árvores que surgiram de surpresa por entre aquela névoa acinzentada. Vestia uma roupa casual, e não um vestido branco estranho de trapos que sempre vestia.

Tribos da Luz: O Retorno InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora