Capítulo 32 - Que bola de pelos esquisita

4 3 0
                                    

Martha passou as semanas seguintes cuidando do seu novo animalzinho.

Foi deixado dentro Poço Prateado até crescer um pouco. Notaram que ele não era muito mais do que um recém-nascido.

Martha ficou dias fissurada em seu bichinho, dando frutas já mascadas originadas de Aardeius para ele, até que suas presas começassem a crescer adequadamente. Parecia que ele era a única coisa do mundo na sua visão.

Fora colocado em uma espécie de câmara para morar nesse meio período.

No entanto, em meio de tudo isso, ainda se levantava a dúvida sobre o que era Zipp. Que tipo de animal era ele?

Demétrius e San ficaram examinando Zipp, com o auxílio dos computadores, enquanto que os outros quatro membros estavam sentados no sofá, que tinha uma coloração rubra-escura, e bebericando uma xícara de chocolate quente.

— Mas ainda não sabemos o que o "Zipp" realmente é — observou Wendy.

— Agora vamos saber — anunciou Demétrius, chamando a atenção dos outros.

Imprimiram nos computadores o papel que continha toda a informação que precisariam, com San pegando e o arrancando assim que acabou a impressão.

— Que bom que colocamos algumas informações nos computadores da base, até as mais obscuras e desconhecidas, por que assim não ia dar para conseguir alguma informação cabível do Zipp.

— Como assim? — indagou Ben.

San entregou o papel para Demétrius, que já iniciava a sua leitura.

— Porque nem os livros têm informações suficientes a respeito dessa bola de pelos. As únicas informações conhecidas dela até o momento é o nome de sua espécie, Philopholyum, o fato delas serem extremamente raras, estarem ameaçadas em extinção, que podem crescer até atingirem os 20 metros de altura, se expostos a uma luz solar muito intensa por muito tempo e que o seu habitat mais natural ou são florestas cujas árvores tem copas muito densas ou as ilhas que flutuam no céu.

— Tudo bem, agora sabemos "alguma" coisa sobre ele — concluiu Wendy.

Encima da mesa do computador, Zipp deu um grande salto, parando bem em cima das pernas de Martha, que o abraçou logo em seguida.

Ela o olhava como se tivesse um filhotinho de cachorro em seus braços, algumas pontas de presas já começando a brotar de sua boca.

— Legal, agora só falta decidir aonde é que vamos deixá-lo — disse Ben.

— O que? — vociferou Martha, indignada, ao ouvir a frase de Ben. Apertou mais forte a pequena bola de pelos. — Como assim deixá-lo? Ainda é muito cedo. Ele é só um bebê. Se o largarmos em Aardeius, ele não vai durar muito tempo naquele mundo cruel... frio... sem abraços... Por acaso eu já disse frio?

— Nossa, às vezes a Martha sabe bem como usar a palavra "exagero" — falou Demétrius em tom baixo, inclinando a cabeça para San.

San, que coçava o olho coberto pela franja, concordou com um balançar de cabeça.

— O Zipp é um animal, acho que ele pode muito bem saber se cuidar na natureza — respondeu Ben. — Sabe? Natureza. Um lugar conhecido por ser o habitat natural de animais.

Martha se levantou, batendo os pés. Esticou ambas as mãos na direção de Ben, para que ele pudesse ter uma visão melhor de Zipp.

— Acha que essa coisa linda iria saber como pegar frutas e caçar animais nessa pouca idade e sem quaisquer dentes?

— Ele é um ANIMAL — Ben também se levantou. — Já está no instinto dele saber como sobreviver nesse tipo de ambiente.

— Está tentando explicar algo sobre a natureza para mim? Alguém que LITERALMENTE cujo poder é chamado de atributo da Natureza?

Tribos da Luz: O Retorno InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora