A CEO e o Mafioso

Capítulo 32

                               Dante Stefano

Um dia depois

- Está lembrado que no nosso último encontro viramos inimigos novamente, não é? A dívida que eu tinha com você já foi paga.- Diz Matteo de Luca, Don da Sacra Corona Unita, ao me ver chegando numa das cafeterias mais visitadas da Itália em Úmbria, onde ele já estava. Quando eu soube que estaria aqui, liguei para marcar um encontro.

É um tremendo risco eu apenas entrar em contato com ele, nós não somos muito amigáveis. Na última vez que nos vimos, foi há muito tempo quando me ajudou contra a máfia albanesa, um outro trato que fizemos juntos. Alí nossas dívidas um com o outro acabaram, portanto, não tínhamos motivos de entrar em contato um com o outro e se entrássemos em guerra seria por negócios. Mas hoje, vim até ele pois além de ser a única máfia que não tem interesse em Antonella, é mais confiável que as outras. Não somos amigos, mas temos palavra e quando realmente precisamos nos aliar, somos imbatíveis. É uma boa jogada.

- Preciso de mais um favor...- Com a descoberta de Antonella, não é novidade que outras máfias se interessariam por ela para me atingir e até para se vingar do pai dela ou de mim. Então preciso disso, preciso saber que na guerra terei aliados mesmo que haja um conflito com os mesmos depois.

- Tem certeza? - Indaga.

Conto tudo para ele. Vai ser difícil, isso é pedir para o mesmo ir contra todas as máfias que virão para cima de mim. Antes era apenas meus pais, agora uma mulher, talvez mãe do meu futuro filho (como eles pensam). Por mais que eu não tenha planos do tipo com Antonella, eles não sabem disso. E os que já descobriram quem é o pai dela, muito provavelmente, espalharam a notícia.

- Está pedindo para que eu ajude evitar a impedirem que você tenha um herdeiro?! O que eu ganho com isso?- Diz Matteo, não é burro.

- Sabe que eu ficaria com uma dívida enorme, sabe também que eu, como seu aliado, poderia ser de muita ajuda para os seus negócios. Assim é mais seguro para seus próximos filhos.

- Isso é uma ameaça?- Indaga tranquilamente. Sempre frio.

- Minhas ameaças são bem claras, e eu não coloco crianças no meio.

- Muito bem, vou colaborar. Acertaremos sua dívida em breve. - Finalmente aceita, depois pega seu menino de 5 anos no colo ao mesmo vir correndo em sua direção.

- E, Matteo?! Não tenho planos de formar uma família nem tão cedo. - Pontuo me levantando ajeitando a cadeira.

- Tem certeza de que faz isso por você e não pela mulher? - Indaga ainda brincando com seu filho.

Me viro, sem dar uma resposta. Quando passo pela porta da cafeteria, vejo a mulher de Matteo subindo na calçada com o carrinho de bebê e um pequenino dentro. Mais ao longe vejo um grande carro preto chegando. Viro ao lado contrário e continuo andando. Há homens meus nesse momento vigiando todos os cantos dessa quadra, logo à frente um carro me esperando para que nada dê errado. Logo ouço uma voz no ponto de ouvido que uso.

- Chefe, entre no carro agora! Avistamos um carro preto com cinco homens suspeitos dentro e com sua velocidade, irá parar na cafeteria.- Diz um dos meus soldados que está num prédio.

Entro no carro que me esperava, levanto o acento do banco e pego duas Glock com silenciadores e espero o carro deles parar em frente a cafeteria. Logo, cinco homens pulam para fora, dois ficam no lado de fora da loja e três entram.

Coloco ambas as armas na parte de trás da calça e saio do carro, um deles olha para mim e eu tiro a carteira do bolso fingindo contar o dinheiro, no momento ele não me reconhece, passo rápido por eles e entro, vendo que os três estão sentados três mesas depois de Matteo, que me lança um olhar sério e alerta. Ele já sabe.