DANTE STEFANOSolto repentinamente o pescoço de Antonella, que dá passos desnorteados para trás, piscando várias vezes.
Com um sorriso maligno, olho para sua blusa manchada com o meu sangue, ela abaixa a cabeça percebendo e ficando um pouco assustada, levanta a mão olhando sua palma e notando que também está suja.Antonella, sem dizer nada, passa por mim indo em direção ao banheiro para, provavelmente, pegar algo para tirar o sangue, antes ela lava as mãos, se abaixa em frente a pia e abre o armário.
— Me dê somente algumas gazes pra eu parar o sangramento até chegar em casa. Não se preocupe mais.
— Por que veio? — indaga direta e estranha.
— Precisava te ver. — Confesso. — Quero dizer, saber como está... depois... depois daquilo...- Me atrapalho com as palavras.
Antonella se aproxima com um saquinho de gaze, álcool, algodão, e outras coisas para fazer um curativo, tudo em seus braços, ela vem toda desengonçada. Reviro os olhos e sorrio.
— Eu vou ficar bem. Obrigada por se preocupar. — diz me puxando para a cama e nos sentando. Tira sua blusa ficando apenas de sutiã e joga a peça perto da porta do banheiro. Ela começa limpando todo o sangue que escorria pelo meu peito, com algodão e álcool. — O que aconteceu? — Perguntou de novo.
— Fui resolver uns negócios, acabei tendo que ajudar um "amigo" com seus problemas. — Explico.
Ela limpa com cuidado para não me machucar, as vezes me olha para ver se sinto alguma dor, mas não paro de admirar seus olhos preocupados, ignorando totalmente a dor. Suas bochechas ficam rosadas ao perceber.
— Não arde? — pergunta.
— Arde. — Digo totalmente inexpressivo. Isso não é nada para mim. Ela levanta as sobrancelhas e afasta a mão.
— Me desculpe, você não parecia estar sentindo dor alguma... — Sorrio. Pego sua mão, que contém o algodão com álcool, ela percebe o que vou fazer e tenta puxar para longe, mas seguro seu pulso firme e pressiono o algodão na ferida da bala. Dói, mas com o tempo eu aprendi a esconder, a aguentar. Antonella ergue as sobrancelhas ao ver que eu não demonstro reação alguma de dor. Sorrio ainda mais.
— Isso não é nada, minha leoa. — Posso escutar seu coração batendo forte. Ela faz cara de brava e puxa o braço.
— Isso não é normal, você levou um tiro! — Reforça. Solto uma gargalhada.
— Você não sabe de nada.— Digo me levantando, pego uma gaze, um pedaço de fita e tapo de qualquer jeito a ferida, depois faço o mesmo com a outra na costela. — Quando te conheci, não era tão sensível. — Debocho me virando de costas e pegando minhas coisas para ir embora.
— Vai se foder Dante, sabe que não estou bem. — Diz. Me viro para ela e vejo tristeza em seu olhar. Automaticamente me preocupo, o coração aperta. Dou passos em sua direção e seguro seu rosto fazendo com que ela me olhe nos olhos, ainda sentada.
— Acho que não sou a pessoa que vai tranquilizar sua vida. Somos iguais. Eu só vou te estressar por não concordar com algumas coisas e no final, os dois acabam irritados como sempre. Somos fogo e gasolina, juntos podemos fazer um estrago em nós e em quem está à nossa volta, mas é por isso que eu te quero. Infelizmente quero o que não posso ter. O problema é que não pode existir um feliz para sempre com nós dois. Mas, eu prometo não deixar ninguém te machucar a partir de agora. — digo e depois deposito um beijo em sua testa. Solto uma risada nasal e completo: — Você continua sendo só minha, até resolvermos tudo o que temos de resolver.
![](https://img.wattpad.com/cover/273143384-288-k485890.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
A CEO e o Mafioso
RomanceAntonella Clifford, com 25 anos herda a empresa de seu pai, tornando-se a nova CEO da empresa Clifford's, na Itália. Com a morte do mesmo, Antonella se vira com tudo o que foi ensinada para manter a empresa de pé, mas não deixando de se divertir com...