Capítulo 46

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 - Vem, vamos jantar. 

 Dante pegou a minha mão e me puxou para dentro da sua casa. Me deixei ser puxada, enquanto admirava suas belas costas e seu andar másculo. Caramba, o quanto esse homem é lindo...

- Vamos ter que pedir algo rápido, preciso descansar.

- Não, está tudo bem! Posso ir pra casa e conversamos outra hora.

- Fica! - seu tom insistente, as sobrancelhas juntas. Cada expressão sua era intensa e um pouco tensa. Parecia que ele precisava de mim ao seu lado. Ponderei em ir embora e sair desse clima, mas eu estaria fugindo mais uma vez. Senti o frio na barriga, senti a branda vontade de ter seus toques e seu cheiro bem pertinho de mim.

- Uma pizza então? - sugeri, paramos de frente um para o outro, e Dante abriu um sorriso sem mostrar os dentes, aparentemente gostando da ideia.

 Ficamos ali no sofá depois de pedir a pizza, para esperar enquanto bebíamos vinho. Meus pensamentos estavam longe, no que vou fazer depois dali e no que vou fazer agora que assumi para mim mesma estar apaixonada por Dante. De fato eu tinha uma grande admiração por este homem, além de toda a excitação que sentia pela sua postura tão firme.

- Precisamos conversar. - Dante começou.

- Sim precisamos.

Coloquei a taça sobre a mesinha e me virei de frente para ele. Então o esperei falar.

— Vamos sempre ter problemas, mas você não vai mais sair da minha vista, antes de qualquer coisa.

Ele começou. Eu reparava em seus lábios enquanto falava; respirava mais devagar e profundamente para sentir seu cheiro e ficava difícil querer continuar a conversa.

— Eu quero você. — falei.

— Eu também quero você, mas não é algo momentâneo. — terminou e eu ri. Eu ri porque era disso que eu estava falando. Quero dizer...

— Dante, eu sei.

Ele ficou me olhando confuso, paralisado nos gestos que fazia enquanto falava. Então, me aproximei e coloquei um braço sobre o encosto do sofá, acariciando sua nuca e os cabelos macios. Continuei:

— Eu posso estar me precipitando, mas não sou burra. Te quero, e muito. Sendo assim, estou disposta a acordar com você na manhã seguinte de uma noite bem longa e ardente, para termos um café da manhã doce, quero praticar o simples ato de carinho (que quase desconheço), quero matar essa necessidade de passar horas apenas sentindo seu cheiro e seu calor, de simplesmente estar com você.

— Porra — Dante me encarava fixamente sério, seu peito subia e descia um pouco mais rápido. O vi fechar uma mão com força. O vi apertar o maxilar.

— Parece clichê, mas senti muito a sua falta e não quero ficar longe mais. Não estou falando de relacionamento sério... ou coisa do tipo, só vou parar de evitar tanto. — fui perdendo a confiança e ficando nervosa. Mas as expressões de Dante foram suavizando e ele apanhou minha taça de vinho e me entregou.

— Eu sei, minha leoa. Olha que sorte a sua de me ter a hora que quiser, e mais ninguém tem esse privilégio. — ele ria, os olhos ficando pequenos e as rugas no canto aparecendo.

— Idiota. — dei um tapa estalado em sua cabeça, que o fez rir mais ainda.

A pizza chegou, e comemos enquanto ele me atualizava de tudo que aconteceu quando eu não estava aqui e ele ainda estava; falou de como meu irmão cuidou da empresa, o que me aliviou muito; falou de como ele ficou e das coisas que passava em sua mente - o que eram bem assustadoras, quando me contou sobre o que fez no dia do vídeo. Fora essa parte, pensei se podia me acostumar com momentos assim, se isso poderia virar uma rotina e o que seria daqui pra frente, mas a única coisa que realmente virou meu foco foi: que homem gostoso, e vou sim me permitir curtir enquanto durar. Sem perder tempo.

A CEO e o MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora