Dante StefanoMais cedo, quando saí da empresa de Antonella, tive que ir para uma viajem a negócios, e levar junto comigo Sandra Savoia, minha noiva. Ela é uma mulher irritante. A viajem foi mais para nos aproximar — ideia do meu pai — já que eu tinha mesmo que ir, ela foi junto. A mulher é vazia, foi criada na máfia, uma mulher da máfia. Então vive para servir o homem. Elas não ligam, muito pelo contrário, gostam de suas vidas, não sabendo como é ser livre de verdade. Todas possuem a mente pequena e estão aqui para obedecer o marido. Assim é o casamento na máfia. Meu pai queria que eu seguisse conforme a tradição, o que traria mais respeito de todos.
Não vejo Antonella nesses padrões, é única, toda vez que a vejo meus sentimentos por ela aumentam, já estou muito envolvido. Com isso, estou ciente de todos os problemas que virão.
Agora com Antonella, dentro do carro, ela quer que eu a leve para sua casa, mas está tarde. Minha casa vem antes da dela, e tive a brilhante ideia de lava-la para conhecer minha mansão. Virei o carro em uma rua, saindo do caminho para sua casa, vendo mesma me olhar com o senho franzido.
– Não é para esse lado. – Ela diz. Não falo nada, e isso deixa a leoa mais irritada ainda. – Não finja que não me ouviu Stefano! Eu quero ir para casa! – termina.
Porra essa mulher mexe muito comigo, toda vez que ela usa esse tom autoritária me desperta algo diferente. Está me viciando. Se fosse qualquer outra mulher que soubesse quem realmente sou, com certeza estaria com medo, mas Antonella não. Lanço um sorriso sem mostrar os dentes e a mesma revira os olhos, ela sabe que eu não gosto. Quando chegamos em minha casa, ela não sai do carro, apenas cruza os braços e me olha.
– Onde você me trouxe? – Pergunta estreitando os olhos emburrada.
– Para minha casa, é mais perto que a sua, não vejo problemas de ficar aqui. – Digo saindo do carro e dando a volta para abrir sua porta.
– Não vou ficar aqui! Preciso ir para casa, amanhã eu trabalho. – diz e me olha assim que eu abro a porta.
– Se ficar no carro, eu te levo na marra. – Digo atiçando a fera que há dentro dela.
– Vai pra puta que pariu Dante! – Ela sai do carro batendo o pé.
– Gostosa! – Grito olhando seu andar sexy. Algo seu, natural. Fechei e tranquei a porta da sala. Depois fui em direção às escadas. – Vem, vou mostrar seu quarto. – Chamo ela, me virando para a mesma, que está parada como se fosse falar algo. Sua postura cansada, os ombros caídos como se carregasse um peso.
– Você podia facilitar as coisas, não faz ideia do quanto é doloroso para mim, saber que estou me apegando a alguém! – Ela fala de repente, parei ficando estático. Ela acabou de falar que está se apegando a mim? Porra isso seria gratificante de mais, saber que estou conseguindo entrar no coração de gelo da Antonella, se não tivesse todos esses problemas...
Ela percebe o que falou e abaixa a cabeça. Parece nervosa. Eu vou em sua direção, andando de vagar. Seus braços estão esticados ao redor de seu corpo, seu punho está fechado com força. Eu me aproximo mais e mais, coloco o braço em seu redor e levanto seu queixo.
– Minha intenção não é lhe fazer mal, minha pequena. – Olho dentro de seus olhos verdes perfeitos.
– O que você falou no carro, me assustou, não sou de me sentir assim por qualquer coisa. Não podemos ficar juntos. – Ela fala, me deixando com raiva, bem no fundo. Nunca ninguém me rejeitou mais que essa mulher, isso me deixa com raiva, mas nunca forçaria Antonella a fazer nada comigo que a mesma não queira. Ainda mais eu sabendo o motivo de fazer isso. Entretanto, não quer dizer que eu não vá tentar passar esses limites que ela impõe involuntariamente. Eu poderia quebrar toda essas barreiras que a impede de confiar em alguém, mas isso custaria.
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A CEO e o Mafioso
RomansaAntonella Clifford, com 25 anos herda a empresa de seu pai, tornando-se a nova CEO da empresa Clifford's, na Itália. Com a morte do mesmo, Antonella se vira com tudo o que foi ensinada para manter a empresa de pé, mas não deixando de se divertir com...